A razão e o bom senso já manifestaram as suas conjecturam lógicas com intenção de demover a insensata emoção, ou sentimento, ou algo do género, do seu intento. Mas tal emoção não acatou os conselhos dados com tanta sapiência e amizade.
O concelho da racionalidade reuniu-se e, depois de longas dissertações, a sentença foi ditada: - Morte por asfixia. Antes que a esperança se torne erva daninha e o amor numa doença crónica.
Pazadas de racionalidade e sensatez cavaram a cova e já atiram com terra à criatura, ainda viva, coberta por um véu de eterna saudade daquilo que nunca chegou a viver.
E a razão hipócrita e o arrogante bom senso sabem que, embora cruel, foi a melhor coisa a fazer.
Mais tarde, dedicar-lhe-ão um memorial, porque morrer de amor é considerado belo.
30 dezembro 2011
17 dezembro 2011
A origem do Natal
A minha filha de 8 anos perguntou-me o que era o Natal.
-como assim? Perguntei eu.
-sim, porque existe o Natal. Quem inventou o Natal, o Pai Natal ou Jesus? – perguntou com firmeza.
Há altura para todas as coisas, e julgava que estava na altura de lhe dizer que o que permanece no tempo é o espírito de Natal e que as origens são uma mistura de realidade e imaginação.
Depois desta explicação, talvez vaga, não rogada, pergunta:
- Mas a turma do 4º ano está a fazer um trabalho sobre isto. Quem inventou o Natal, Jesus ou o Pai Natal?
Respondi:
- Meu amorzinho, antes de Jesus nascer, as pessoas comemoravam o Solstício de Inverno no dia 25 de Dezembro para pedir à natureza que abençoasse as sementes que tinham sido plantadas para que tivessem boas colheitas no Verão. Chamavam-se as festas pagãs. Depois de Jesus nascer, a Igreja Católica transformou as festas pagãs em festas Cristãs e o dia 25 de Dezembro passou a ser Natal, o dia para lembrar o nascimento de Jesus. Em relação ao Pai Natal, não se sabe muito bem se existiu e como era, mas reza a lenda que era um senhor muito querido, que vivia perto do pólo Norte, fazia brinquedos e dava às crianças nesta altura, como o Saint Nicklaus da Bélgica. O capitalismo veio e aproveitou a ideia do Pai Natal para manter o espírito de Natal, que é de partilhar, por isso é que agora dá-se muitas prendas, e também por isso existem muitos Pais Natais para que as crianças de todo o mundo fiquem felizes e para que os adultos nunca se esqueçam do espírito de Natal.
E ela remata:
- Então foi o espírito do amor que fez o Natal.
Minha filha querida, do meu coração…
-como assim? Perguntei eu.
-sim, porque existe o Natal. Quem inventou o Natal, o Pai Natal ou Jesus? – perguntou com firmeza.
Há altura para todas as coisas, e julgava que estava na altura de lhe dizer que o que permanece no tempo é o espírito de Natal e que as origens são uma mistura de realidade e imaginação.
Depois desta explicação, talvez vaga, não rogada, pergunta:
- Mas a turma do 4º ano está a fazer um trabalho sobre isto. Quem inventou o Natal, Jesus ou o Pai Natal?
Respondi:
- Meu amorzinho, antes de Jesus nascer, as pessoas comemoravam o Solstício de Inverno no dia 25 de Dezembro para pedir à natureza que abençoasse as sementes que tinham sido plantadas para que tivessem boas colheitas no Verão. Chamavam-se as festas pagãs. Depois de Jesus nascer, a Igreja Católica transformou as festas pagãs em festas Cristãs e o dia 25 de Dezembro passou a ser Natal, o dia para lembrar o nascimento de Jesus. Em relação ao Pai Natal, não se sabe muito bem se existiu e como era, mas reza a lenda que era um senhor muito querido, que vivia perto do pólo Norte, fazia brinquedos e dava às crianças nesta altura, como o Saint Nicklaus da Bélgica. O capitalismo veio e aproveitou a ideia do Pai Natal para manter o espírito de Natal, que é de partilhar, por isso é que agora dá-se muitas prendas, e também por isso existem muitos Pais Natais para que as crianças de todo o mundo fiquem felizes e para que os adultos nunca se esqueçam do espírito de Natal.
E ela remata:
- Então foi o espírito do amor que fez o Natal.
Minha filha querida, do meu coração…
12 dezembro 2011
F***-** o fugaz!
Actualmente são raras as uniões que duram mais de 10 anos. Nas relações modernas é normal acabar, começar, acabar, começar. Aliás, a maioria só se envolve fisicamente e nem começa e acaba nada. Este frenesim irrita-me. As relações renderam-se ao “sistema” do consumismo e os “bens” têm um prazo de validade encurtado.
Que merda! Apanharam-me na corrente. Tudo o que quero preservar escorre-se pelas mãos como se de água tratasse.
Depois de uma relação de 11 anos, e ao contrário do que seria de esperar, fatiga-me a perspectiva de ter que começar tudo de novo. A perspectiva de ter que passar novamente pela check list de aprovação e conseguir corresponder às expectativas do outro, expectativas sempre idealizadas e, por isso, falsas.
Que paradoxo brutal que me imponho. Não querer ficar e também não ter vontade de ir.
Mas como sou a fonte deste problema, que remédio terei eu senão resolve-lo.
Devagar, devagarinho, que me cansa tudo o que é fugaz.
Que merda! Apanharam-me na corrente. Tudo o que quero preservar escorre-se pelas mãos como se de água tratasse.
Depois de uma relação de 11 anos, e ao contrário do que seria de esperar, fatiga-me a perspectiva de ter que começar tudo de novo. A perspectiva de ter que passar novamente pela check list de aprovação e conseguir corresponder às expectativas do outro, expectativas sempre idealizadas e, por isso, falsas.
Que paradoxo brutal que me imponho. Não querer ficar e também não ter vontade de ir.
Mas como sou a fonte deste problema, que remédio terei eu senão resolve-lo.
Devagar, devagarinho, que me cansa tudo o que é fugaz.
Sobre as Afrodites
“É bem conhecido de todos nós que não há Afrodite sem Amor. Se houvesse, portanto, uma só Afrodite teríamos também um só Amor. Mas o facto é que há duas e, como tal, necessariamente dois Amores… Uma, a mais antiga e que não teve mãe, é filha do céu – e eis a Afrodite que designamos também de celeste; a outra, a mais recente, é filha de Zeus e de Dione – e eis a Afrodite a que chamamos popular…
…nenhum acto, considerado em si e por si mesmo, é belo ou vil… - beber, cantar, conversar…- nenhuma delas tem por si mesmas qualquer beleza. O que determina essa qualidade num acto é o seu modo de realização: se o realizamos de forma bela e digna, ele resulta belo; em caso contrário, vil. Assim acontece quando amamos: nem toda a espécie de amor é bela e digna de elogios, mas aquela que nos incita a amar com nobreza…
… E por indigno entendemos justamente esse amante popular, que prefere o amor do corpo ao amor da alma, e não guarda constância porque o objecto a que se prende não é também constante: logo ao passar a flor da juventude, objecto da sua paixão, «evola-se e desaparece»… Pelo contrário, aquele que ama alguém pela beleza do seu carácter, esse permanece fiel pela vida fora, porque se funde com o que é constante.”
Platão, O Banquete
…nenhum acto, considerado em si e por si mesmo, é belo ou vil… - beber, cantar, conversar…- nenhuma delas tem por si mesmas qualquer beleza. O que determina essa qualidade num acto é o seu modo de realização: se o realizamos de forma bela e digna, ele resulta belo; em caso contrário, vil. Assim acontece quando amamos: nem toda a espécie de amor é bela e digna de elogios, mas aquela que nos incita a amar com nobreza…
… E por indigno entendemos justamente esse amante popular, que prefere o amor do corpo ao amor da alma, e não guarda constância porque o objecto a que se prende não é também constante: logo ao passar a flor da juventude, objecto da sua paixão, «evola-se e desaparece»… Pelo contrário, aquele que ama alguém pela beleza do seu carácter, esse permanece fiel pela vida fora, porque se funde com o que é constante.”
Platão, O Banquete
09 dezembro 2011
Porto seguro
Sou estável. Por isso, posso dar-me ao luxo de provocar a instabilidade porque sei que nunca me vou perder, mas reencontrar.
06 dezembro 2011
"A Cidade e as Serras"
Difundo (quase) na íntegra um excelente ensaio que, tirando a qualidade da escrita e alguns factos que desconhecia, poderia ter sido escrito por mim. Há anos que faço reflexões sobre a importância da agricultura e das pescas, principalmente em Portugal. Há anos que me questiono porque é que os nossos governos abandonam os seus recursos naturais consecutivamente desde D. Dinis ou exploraram-nos inadequadamente. Há anos que quero voltar a viver no campo e contribuir, de alguma forma, para o desenvolvimento rural deste país.
Portanto, para mim, este ensaio nada me diz de novo, apenas reforça uma antiga convicção e legitima a opinião de um leigo.
Sem mais delongas, com os meus agradecimentos.
Ensaio
de Viriato Soromenho-Marques
"As nações que são governadas por líderes e estadistas, a agricultura nunca é encarada como uma mera atividade económica, mas sim como um tema de segurança nacional. É por isso que o Japão continua a produzir arroz, apesar de o poder compràr no mercado mundial a um terço do preço do arroz doméstico. Uma das questões fundamentais que nos conduziram à atual indigência nacional foi a ignorância e a leviandade com que as nossas pouco esclarecidas elites lidaram com o problema essencial da relação entre o mundo rural e as áreas urbanas. Estado Novo tentou que o campo alimentasse a cidade, não hesitando em lançar uma «épica» campanha do trigo, que conseguiu uma efémera auto suficiência de cereais, com um preço que ainda todos pagamos: a desertificação de milhares de hectares, esgotados por culturas inadequadas, sem respeito dos limites impostos pela ecologia dos solos. Mas Salazar poderia alegar em sua defesa o facto de Portugal não ter nessa altura (1929 e anos seguintes) acesso a recursos financeiros no mercado internacional (ficámos áfastados deles durante seis décadas pela bancarrota de 1892). A isso acresce também a queda a pique das trocas comerciais provocada pela Grande Depressão.
Em Abril de 1971, José Correia da Cunha, então deputado, da «ala liberal», da Assembleia Nacional, surpreendeu à Câmara com um «aviso prévio» em que traçava uma premonitória projeção das tendências do{des)ordenamento do território entre 1971 e 2000. O discípulo e colega de Arlando Ribeiro antecipava a migração interna de mais dez milhões de portugueses das zonas rurais para as metrópoles do litoral. Esse maremoto demográfico obrigaria -advertia o orador - a rigoroso planeamento e execução de políticas públicas, que garantissem o alimento, a qualidade de vida e a preservação do ambiente, sob pena de se cair numa situação de caos urbanístico e entropia de recursos.
Mas a terceira República não deu ouvidos nem a Correia da Cunha nem a Gonçalo Ribeiro Telles. Pelo contrário, tomou boa nota da lei de1965, que garantia a privatização das mais-valias urbanísticas, abrindo o caminho para uma miríade de danos públicos à custa de sórdidos lucros particulares. O que aconteceu nas cidades portuguesas a partir de 1960, intensificando-se pós 1974; foi como que o regresso a um estado de natureza, em sentido hobbesiano. Bairros inteiros semeados sem uma ideia de harmonia, sem espaços verdes, sem a sinalilzação, sequer, de uma aparência de beleza, construídos em função dos interesses mais mesquinhos e da cupidez de promotores imobiliários e seus cúmplices nas administrações r~lunicir -is (?), sem qualquer preocupação com o direito ao conforto e à segurança por parte dos futuros moradores.
Milhares de hectares de ricos solos agrícolas foram pavimentados e impermeabilizados, muitos recursos hídricos subterrâneos foram contaminados e degradados já sem contar com as enormes perdas de água nas deficientes redes de abastecimento para consumo hunano. A enorme distância entre os dormitórios e os locais de trabalho provocam congestionamentos rodoviários, poluição e gastos energéticos totalmente irracionais.
Os votos piedosos de regresso aos campos por parte do mais alto magistrado da Nação não nos fazem esquecer que durante a década em que ele foi responsável pelo Executivo, Portugal viveu como se a agricultura fosse uma atividade económica dispensável. Quem conheça os solos portugueses sabe que dificilmente poderíamos ser autónomos do ponto de vista alimentar. Mas temos todas as condições para produzir mais para o mercado interno, e para proteger zelosamente, em especial nas zonas periurbanas, os solos da Reserva Agrícola Nacional. Trata-se de um imperativo ecológico e estratégico.
Agora, se o sonho europeu se desmoronar num pesadelo, Portugal não tem plano de emergência para substituir as importações agrícolas.
O País terá de se agarrar a Espanha, não pelos ideais de um iberismo federalista, mas, simplesmente, para não morrer à fome.”
In VISÃO 3 de Novembro 2011
Portanto, para mim, este ensaio nada me diz de novo, apenas reforça uma antiga convicção e legitima a opinião de um leigo.
Sem mais delongas, com os meus agradecimentos.
Ensaio
de Viriato Soromenho-Marques
"As nações que são governadas por líderes e estadistas, a agricultura nunca é encarada como uma mera atividade económica, mas sim como um tema de segurança nacional. É por isso que o Japão continua a produzir arroz, apesar de o poder compràr no mercado mundial a um terço do preço do arroz doméstico. Uma das questões fundamentais que nos conduziram à atual indigência nacional foi a ignorância e a leviandade com que as nossas pouco esclarecidas elites lidaram com o problema essencial da relação entre o mundo rural e as áreas urbanas. Estado Novo tentou que o campo alimentasse a cidade, não hesitando em lançar uma «épica» campanha do trigo, que conseguiu uma efémera auto suficiência de cereais, com um preço que ainda todos pagamos: a desertificação de milhares de hectares, esgotados por culturas inadequadas, sem respeito dos limites impostos pela ecologia dos solos. Mas Salazar poderia alegar em sua defesa o facto de Portugal não ter nessa altura (1929 e anos seguintes) acesso a recursos financeiros no mercado internacional (ficámos áfastados deles durante seis décadas pela bancarrota de 1892). A isso acresce também a queda a pique das trocas comerciais provocada pela Grande Depressão.
Em Abril de 1971, José Correia da Cunha, então deputado, da «ala liberal», da Assembleia Nacional, surpreendeu à Câmara com um «aviso prévio» em que traçava uma premonitória projeção das tendências do{des)ordenamento do território entre 1971 e 2000. O discípulo e colega de Arlando Ribeiro antecipava a migração interna de mais dez milhões de portugueses das zonas rurais para as metrópoles do litoral. Esse maremoto demográfico obrigaria -advertia o orador - a rigoroso planeamento e execução de políticas públicas, que garantissem o alimento, a qualidade de vida e a preservação do ambiente, sob pena de se cair numa situação de caos urbanístico e entropia de recursos.
Mas a terceira República não deu ouvidos nem a Correia da Cunha nem a Gonçalo Ribeiro Telles. Pelo contrário, tomou boa nota da lei de1965, que garantia a privatização das mais-valias urbanísticas, abrindo o caminho para uma miríade de danos públicos à custa de sórdidos lucros particulares. O que aconteceu nas cidades portuguesas a partir de 1960, intensificando-se pós 1974; foi como que o regresso a um estado de natureza, em sentido hobbesiano. Bairros inteiros semeados sem uma ideia de harmonia, sem espaços verdes, sem a sinalilzação, sequer, de uma aparência de beleza, construídos em função dos interesses mais mesquinhos e da cupidez de promotores imobiliários e seus cúmplices nas administrações r~lunicir -is (?), sem qualquer preocupação com o direito ao conforto e à segurança por parte dos futuros moradores.
Milhares de hectares de ricos solos agrícolas foram pavimentados e impermeabilizados, muitos recursos hídricos subterrâneos foram contaminados e degradados já sem contar com as enormes perdas de água nas deficientes redes de abastecimento para consumo hunano. A enorme distância entre os dormitórios e os locais de trabalho provocam congestionamentos rodoviários, poluição e gastos energéticos totalmente irracionais.
Os votos piedosos de regresso aos campos por parte do mais alto magistrado da Nação não nos fazem esquecer que durante a década em que ele foi responsável pelo Executivo, Portugal viveu como se a agricultura fosse uma atividade económica dispensável. Quem conheça os solos portugueses sabe que dificilmente poderíamos ser autónomos do ponto de vista alimentar. Mas temos todas as condições para produzir mais para o mercado interno, e para proteger zelosamente, em especial nas zonas periurbanas, os solos da Reserva Agrícola Nacional. Trata-se de um imperativo ecológico e estratégico.
Agora, se o sonho europeu se desmoronar num pesadelo, Portugal não tem plano de emergência para substituir as importações agrícolas.
O País terá de se agarrar a Espanha, não pelos ideais de um iberismo federalista, mas, simplesmente, para não morrer à fome.”
In VISÃO 3 de Novembro 2011
05 dezembro 2011
Teoria e Prática
Dois politólogos – Mark Hallenberg, da Hertie School de Berlim e Jaochim Wehner, da London School of Economics, investigaram entre 1973 e 2010 os dirigentes de 27 Estados e constataram que os ministros mais instruídos em economia, ou seja, com doutoramentos, são aqueles que “operam” nos países que actualmente enfrentam os maiores problemas financeiros, como Grécia, Portugal e Espanha. Citado por Irish Examiner “países economicamente mais estáveis, como a Alemanha e o Reino Unido, terem especialistas em economia pode ser visto como algo menos importante do que terem políticos qualificados”.
O problema dos especialistas é que são tão "especiais", que vivem numa esfera à parte do comum, da diversidade, do bem-comum.
E em política económica e social, isso é a morte do artista e do seu público.
O problema dos especialistas é que são tão "especiais", que vivem numa esfera à parte do comum, da diversidade, do bem-comum.
E em política económica e social, isso é a morte do artista e do seu público.
29 novembro 2011
Mentira
"mentira lo que dice
mentira lo que da
mentira lo que hace
mentira lo que va
(la mentira….)
mentira la mentira
mentira la verdad
mentira lo que cuece
bajo la oscuridad
(mentira, mentira, la mentira…)
mentira el amor
mentira el sabor
mentira la que manda
mentira comanda
(mentira, mentira, la mentira…)
mentira la tristeza
cuando empieza
mentira no se va
(mentira, mentira, la mentira…)
mentira no se borra
mentira no se olvida
mentira, la mentira
mentira cuando llega
mentira nunca se va
mentira la mentira
mentira la verdad...
todo es mentira en este mundo
todo es mentira la verdad
todo es mentira yo me digo
todo es mentira ¿por que sera?
(mentira, mentira, la mentira…)"
Manu Chao
mentira lo que da
mentira lo que hace
mentira lo que va
(la mentira….)
mentira la mentira
mentira la verdad
mentira lo que cuece
bajo la oscuridad
(mentira, mentira, la mentira…)
mentira el amor
mentira el sabor
mentira la que manda
mentira comanda
(mentira, mentira, la mentira…)
mentira la tristeza
cuando empieza
mentira no se va
(mentira, mentira, la mentira…)
mentira no se borra
mentira no se olvida
mentira, la mentira
mentira cuando llega
mentira nunca se va
mentira la mentira
mentira la verdad...
todo es mentira en este mundo
todo es mentira la verdad
todo es mentira yo me digo
todo es mentira ¿por que sera?
(mentira, mentira, la mentira…)"
Manu Chao
27 novembro 2011
Desintegrados
Em Portugal não existe espírito coletivo, ou melhor, até existe, para o Futebol, os Santos Populares e os Festivais.
Já não se canta o fado de corpo e alma
No dia 24 de Novembro de 2011, dia de Greve Geral, acordei cedo, trabalhei 4h e às 14h fui para o Marquês de Pombal juntar-me ao povo que sou. Como observador activo fui testemunhar a história de Portugal. A luta dos trabalhadores, estudantes e indignados por um sistema mais justo.
Que história triste, tanto zombie, tanta estupidez e ignorância. Não houve união, os grevistas não se juntaram aos estudantes, indignados e a um punhado de apoiantes bem-intencionados (“categoria” em que me incluía).
Foi um movimento enfraquecido pelos interesses individuais e não potenciado por objectivos colectivos, a prova disso, os trabalhadores de diferentes categorias fraccionaram-se por grupos, todos movidos, simplesmente, pelos seus interesses pessoais. Nem têm a mínima consciência de que é através do colectivo que nos podemos desenvolver e florir como seres individuais, não ao contrário.
Falava-se muito de Liberdade, os líricos relembram sempre a Revolução dos Cravos.
Liberdade, ahahahahahhahah, que otários, sabem lá o que isso é? Pensam que vivem numa democracia, coitados, são escravos das leis do Estado, das leis do capitalismo, da sua ignorância e preguiça, e as únicas oportunidades de materializar o seu poder, exercer os seus direitos consagrados na Instituição, o direito ao voto e o direito à manifestação pública, são usados em vão ou completamente desperdiçados. Quando é hora de votar estão na praia, quando é hora para se manifestar, não se organizam com espírito de união ou aproveitam o mote da greve para não ir trabalhar e curtir mais um feriadito para ir almoçar fora (o restaurante do meu amigo à beira mar estava a abarrotar).
Para um povo medíocre, um governo medíocre, estão feitos um para o outro. Um povo sem consciência do colectivo, sem noção da responsabilidade que a liberdade acarreta, é um povo fraco. Um povo sem cultura de mérito, disciplina, empenho e sentido de união, é um povo sem força. Um povo em águas de bacalhau.
Emoções marcantes; passar os sinais vermelhos na avenida da Liberdade e uma dor no peito provocada pela desilusão.
Que história triste, tanto zombie, tanta estupidez e ignorância. Não houve união, os grevistas não se juntaram aos estudantes, indignados e a um punhado de apoiantes bem-intencionados (“categoria” em que me incluía).
Foi um movimento enfraquecido pelos interesses individuais e não potenciado por objectivos colectivos, a prova disso, os trabalhadores de diferentes categorias fraccionaram-se por grupos, todos movidos, simplesmente, pelos seus interesses pessoais. Nem têm a mínima consciência de que é através do colectivo que nos podemos desenvolver e florir como seres individuais, não ao contrário.
Falava-se muito de Liberdade, os líricos relembram sempre a Revolução dos Cravos.
Liberdade, ahahahahahhahah, que otários, sabem lá o que isso é? Pensam que vivem numa democracia, coitados, são escravos das leis do Estado, das leis do capitalismo, da sua ignorância e preguiça, e as únicas oportunidades de materializar o seu poder, exercer os seus direitos consagrados na Instituição, o direito ao voto e o direito à manifestação pública, são usados em vão ou completamente desperdiçados. Quando é hora de votar estão na praia, quando é hora para se manifestar, não se organizam com espírito de união ou aproveitam o mote da greve para não ir trabalhar e curtir mais um feriadito para ir almoçar fora (o restaurante do meu amigo à beira mar estava a abarrotar).
Para um povo medíocre, um governo medíocre, estão feitos um para o outro. Um povo sem consciência do colectivo, sem noção da responsabilidade que a liberdade acarreta, é um povo fraco. Um povo sem cultura de mérito, disciplina, empenho e sentido de união, é um povo sem força. Um povo em águas de bacalhau.
Emoções marcantes; passar os sinais vermelhos na avenida da Liberdade e uma dor no peito provocada pela desilusão.
23 novembro 2011
Should I stay or should I go
Os meus bisavós, avós, pais, tios, primos e amigos foram ou são emigrantes. Casei com um. Eu fui outro. Com esta herança só tenho vontade de voltar a partir.
Estou neste limbo há anos. Se fico ou se vou. Já fui e voltei. Mas agora já não sei se volto a ir ou se fico para que a terra que me pariu não fique estéril de gente com mente e coração, com consciência e integridade. Gente boa, como eu.
Por outro lado, o espírito aventureiro, o ímpeto da peregrinação está-me nos genes e no nome. Sinto-me do mundo.
Mas a minha terra, será sempre a minha terra, por pior que seja, há uma ligação que se sente nas entranhas, uma ligação histórica, cultural, conceptual, emocional, simbólica, espiritual.
Gostava de me abstrair, mas não consigo habituar-me à mediocridade entranhada nas rotinas inconscientes e obsoletas de muitas gentes do meu país. Temo a contaminação. Para mim tem que haver mais vontade, dedicação e mérito, mais ética e consciência colectiva. Preciso de ter oportunidade para realizar, todos os dias, a acção de contribuir, quanto mais não seja, simplesmente, pelo trabalho, reciclar o lixo ou fazer companhia a um idoso no comboio. Por outro lado, sem oportunidades, com a acção abafada pela estupidez, o provincianismo, a injustiça, o preconceito e a pobreza de espírito, fica difícil vingar.
O que posso fazer por ti, meu país?
País invadido pela peste da ganância e do deboche, onde as suas poucas riquezas naturais foram trocadas pelo progresso e agora estão ao Deus dará, onde os seus recursos humanos ou fogem, ou parasitam ou se conformam refugiando-se nas suas zonas de conforto.
Como posso continuar aqui e fazer por mim para ti, meu Portugal?
Estou neste limbo há anos. Se fico ou se vou. Já fui e voltei. Mas agora já não sei se volto a ir ou se fico para que a terra que me pariu não fique estéril de gente com mente e coração, com consciência e integridade. Gente boa, como eu.
Por outro lado, o espírito aventureiro, o ímpeto da peregrinação está-me nos genes e no nome. Sinto-me do mundo.
Mas a minha terra, será sempre a minha terra, por pior que seja, há uma ligação que se sente nas entranhas, uma ligação histórica, cultural, conceptual, emocional, simbólica, espiritual.
Gostava de me abstrair, mas não consigo habituar-me à mediocridade entranhada nas rotinas inconscientes e obsoletas de muitas gentes do meu país. Temo a contaminação. Para mim tem que haver mais vontade, dedicação e mérito, mais ética e consciência colectiva. Preciso de ter oportunidade para realizar, todos os dias, a acção de contribuir, quanto mais não seja, simplesmente, pelo trabalho, reciclar o lixo ou fazer companhia a um idoso no comboio. Por outro lado, sem oportunidades, com a acção abafada pela estupidez, o provincianismo, a injustiça, o preconceito e a pobreza de espírito, fica difícil vingar.
O que posso fazer por ti, meu país?
País invadido pela peste da ganância e do deboche, onde as suas poucas riquezas naturais foram trocadas pelo progresso e agora estão ao Deus dará, onde os seus recursos humanos ou fogem, ou parasitam ou se conformam refugiando-se nas suas zonas de conforto.
Como posso continuar aqui e fazer por mim para ti, meu Portugal?
22 novembro 2011
Trocar a espada pela varinha mágica
“Uma das coisas importantes da não-violência é que não procura destruir a pessoa, mas transforma-la.”
Martin Luther King
Martin Luther King
17 novembro 2011
Processo de aprendizagem
“Experience is what you get when you didn’t get what you wanted”
Randy Pausch
Randy Pausch
Déjà Vu
Há 14 anos o meu 1º amor mudou-se de país, deixando-me para trás.
Há 3 anos o meu 2º amor mudou-se de país, deixando-me para trás.
Há 2 anos o meu 1º amor voltou preparado para me amar e não lhe prestei atenção porque estava à espera que o 2º amor voltasse.
Há uns meses o meu 2º amor voltou para me experimentar, mas não ficou, deixando-me novamente para trás.
Há uns dias o meu 1º amor voltou a contactar a dizer que ia mudar de país e se eu queria ir com ele.
O que é esta merda?!?
Há 3 anos o meu 2º amor mudou-se de país, deixando-me para trás.
Há 2 anos o meu 1º amor voltou preparado para me amar e não lhe prestei atenção porque estava à espera que o 2º amor voltasse.
Há uns meses o meu 2º amor voltou para me experimentar, mas não ficou, deixando-me novamente para trás.
Há uns dias o meu 1º amor voltou a contactar a dizer que ia mudar de país e se eu queria ir com ele.
O que é esta merda?!?
14 novembro 2011
Faz a diferença!
"Se pensas que és muito pequeno para fazer a diferença, tenta dormir num quarto fechado com um mosquito."
Provérbio Africano
Provérbio Africano
04 novembro 2011
Baptismo
Quero tirar estas roupas. Despir-me de tudo. Ficar nua sem frio nem pudor e lavar-me na chuva.
Super homem
Depois de uma “partida que a vida me pregou” começo a pôr muita coisa em causa. Já nem sei se foi, se não foi. Ou porquê e para que foi. Muitas convicções desfazem-se como castelos de areia, tudo por terra, estaca zero.
Mas se passo a relativizar tudo o que não consigo compreender corro o risco de me perder num oceano de incertezas ou de vaguear num deserto sem rumo, sem caminho definido. Estas dúvidas talvez sejam resultado da minha resistência à mudança de atitude perante a vida. Passar de um ego cheio de convicções para um espírito livre de conceitos, preconceitos e crenças e com capacidade para ultrapassar o relativo, a ausência da verdade. Serei eu capaz de superar a dualidade entre verdadeiro - falso, certo - errado, lindo - feio, bom - mau, emoção - razão?
Para que serve a verdade? Para nada, nunca podemos saber o que realmente é verdadeiro, são tudo formas de interpretar e estar na vida. Diferentes parcelas de verdade. Somos todos seres inacabados e relativos a almejar verdades que toldam os espíritos. Ao Homem não é permitido acesso à verdade.
Será que vamos conseguir sobreviver livres de verdades sem nos sentirmos perdidos?
Se quisermos...
Mas se passo a relativizar tudo o que não consigo compreender corro o risco de me perder num oceano de incertezas ou de vaguear num deserto sem rumo, sem caminho definido. Estas dúvidas talvez sejam resultado da minha resistência à mudança de atitude perante a vida. Passar de um ego cheio de convicções para um espírito livre de conceitos, preconceitos e crenças e com capacidade para ultrapassar o relativo, a ausência da verdade. Serei eu capaz de superar a dualidade entre verdadeiro - falso, certo - errado, lindo - feio, bom - mau, emoção - razão?
Para que serve a verdade? Para nada, nunca podemos saber o que realmente é verdadeiro, são tudo formas de interpretar e estar na vida. Diferentes parcelas de verdade. Somos todos seres inacabados e relativos a almejar verdades que toldam os espíritos. Ao Homem não é permitido acesso à verdade.
Será que vamos conseguir sobreviver livres de verdades sem nos sentirmos perdidos?
Se quisermos...
"More than this"
"i woke up and the world outside was dark
all so quiet before the dawn
opened up the door and walked outside
the ground was cold
i walked until i couldn't walk any more
to a place i'd never been
there was something stirring in the air
in front of me, i could see
more than this
more than this
so much more than this
there is something else there
when all that you had has all gone
and more than this
i stand
feeling so connected
and i'm all there
right next to you
it started when i saw the ship go down
i saw them struggle in the sea
and suddenly the picture disappears
in front of me
now we're busy making all our busy plans
on foundations built to last
but nothing fades as fast as the future
and nothing clings like the past, until we can see
more than this
more than this
so much more than this
there is something out there
more than this
it's coming through
and more than this
i stand alone and so connected
and i'm all there
right next to you
oh then it's alright
when with every day another bit falls away
oh but its still alright, alright, alright
and like words together we can make some sense
much more than this
way beyond imagination
much more than this
beyond the stars
with my head so full
so full of fractured pictures
and i'm all there
right next to you
so much more than this
there is something else there
when all that you had has all gone
and more than this
i'm alone
feeling so connected
and i'm all there right next to you
more than this
more than this
more than this
more than this"
Peter Gabriel
all so quiet before the dawn
opened up the door and walked outside
the ground was cold
i walked until i couldn't walk any more
to a place i'd never been
there was something stirring in the air
in front of me, i could see
more than this
more than this
so much more than this
there is something else there
when all that you had has all gone
and more than this
i stand
feeling so connected
and i'm all there
right next to you
it started when i saw the ship go down
i saw them struggle in the sea
and suddenly the picture disappears
in front of me
now we're busy making all our busy plans
on foundations built to last
but nothing fades as fast as the future
and nothing clings like the past, until we can see
more than this
more than this
so much more than this
there is something out there
more than this
it's coming through
and more than this
i stand alone and so connected
and i'm all there
right next to you
oh then it's alright
when with every day another bit falls away
oh but its still alright, alright, alright
and like words together we can make some sense
much more than this
way beyond imagination
much more than this
beyond the stars
with my head so full
so full of fractured pictures
and i'm all there
right next to you
so much more than this
there is something else there
when all that you had has all gone
and more than this
i'm alone
feeling so connected
and i'm all there right next to you
more than this
more than this
more than this
more than this"
Peter Gabriel
29 outubro 2011
"Capitão romance"
"Não vou procurar quem espero
Se o que eu quero é navegar
Pelo tamanho das ondas
Conto não voltar
Parto rumo à Primavera
Que em meu fundo se escondeu
Esqueço tudo do que eu sou capaz
Hoje o mar sou eu
Esperam-me ondas que persistem
Nunca param de bater
Esperam-me homens que resistem
Antes de morrer
Por querer mais do que a vida
Sou a sombra do que eu sou
E ao fim não toquei nem nada
Do que em mim tocou
Eu vi,mas não agarrei
Eu vi,mas não agarrei
Parto rumo à maravilha
Rumo à dor que houver p'ra vir
Se eu encontrar uma ilha
Paro p'ra sentir
E dar sentido à viagem
A sentir que eu sou capaz
Se o meu peito diz "Coragem!"
Volto a partir em paz
Eu vi,mas não agarrei
Eu vi,mas não agarrei"
Ornatos Violeta
Se o que eu quero é navegar
Pelo tamanho das ondas
Conto não voltar
Parto rumo à Primavera
Que em meu fundo se escondeu
Esqueço tudo do que eu sou capaz
Hoje o mar sou eu
Esperam-me ondas que persistem
Nunca param de bater
Esperam-me homens que resistem
Antes de morrer
Por querer mais do que a vida
Sou a sombra do que eu sou
E ao fim não toquei nem nada
Do que em mim tocou
Eu vi,mas não agarrei
Eu vi,mas não agarrei
Parto rumo à maravilha
Rumo à dor que houver p'ra vir
Se eu encontrar uma ilha
Paro p'ra sentir
E dar sentido à viagem
A sentir que eu sou capaz
Se o meu peito diz "Coragem!"
Volto a partir em paz
Eu vi,mas não agarrei
Eu vi,mas não agarrei"
Ornatos Violeta
25 outubro 2011
E quando é que se sabe?
"Metade dos nossos erros na vida nascem do facto de sentirmos quando deviamos pensar e pensar quando devíamos sentir"
J. Collins
J. Collins
24 outubro 2011
Nada se perde, tudo se transforma!
Acabo de perder algo especial, um tesouro que guardava com muito zelo. Normalmente não é agradável perder o que amamos, mas sinto uma tranquilidade inexplicável. Que estranho!
23 outubro 2011
Parcelas de ignorância
"O caminho é perfeito e completo como um espaço sem fronteiras; nada falta, nada é redundante, mas, porque a mente continua a fazer distinções, a sua percepção fica obscurecida."
Mestre Seng-T'San
Ano 606 d.C.
Mestre Seng-T'San
Ano 606 d.C.
A morte do desejo
O desejo é a fonte de todo o sofrimento. É uma das máximas do Budismo. Pensei sempre que esta postura era limitadora, pois eliminando o desejo tornaria a vivência insípida. De certa forma considerava esta filosofia um tanto covarde, como se estivessem a fugir da vida na sua plenitude. Sempre quis sentir o coração acelerado, ter emoções fortes. Os humanos comprovam que são viciados em realizar desejos e em emoções fortes, como estar loucamente apaixonado, muito “high” com drogas, álcool e festa, assistir a um jogo de futebol ou ver um filme de sexo explícito ou cheio de efeitos especiais, possuir status e honrarias, ter um carro veloz, saltar de pára-quedas ou enfrentar um touro, ser agente do FBI ou um soldado numa guerra, estas e muitas mais emoções fortes são uma constante desejável.
Mas começo a chegar à conclusão que não há emoção forte que supere a tranquilidade e a paz de espírito. O reverso dos desejos não satisfeitos, como a angústia, a frustração, a ansiedade, a insatisfação, a desilusão, o acidente, a dor não compensa. O tormento não compensa. Esta procura incessante não nos leva a lado nenhum.
Chego a uma etapa em que o que menos quero sentir são emoções fortes, quero viver cada dia como se fosse o último, não numa fobia em ser feliz agora e de acções inconsequentes, mas com a atitude de aceitação, sintonia com o fluxo do universo e confiança (isto já é um desejo). Será isto possível, abandonar o desejo? Será que deixarei de ser humano? Tornar-me-ei num ser transcendente, longe das agonias dos sofredores?
Mas começo a chegar à conclusão que não há emoção forte que supere a tranquilidade e a paz de espírito. O reverso dos desejos não satisfeitos, como a angústia, a frustração, a ansiedade, a insatisfação, a desilusão, o acidente, a dor não compensa. O tormento não compensa. Esta procura incessante não nos leva a lado nenhum.
Chego a uma etapa em que o que menos quero sentir são emoções fortes, quero viver cada dia como se fosse o último, não numa fobia em ser feliz agora e de acções inconsequentes, mas com a atitude de aceitação, sintonia com o fluxo do universo e confiança (isto já é um desejo). Será isto possível, abandonar o desejo? Será que deixarei de ser humano? Tornar-me-ei num ser transcendente, longe das agonias dos sofredores?
19 outubro 2011
Mudança
"Quando mudas a forma como olhas para as coisas, as coisas para as quais olhas começam a mudar."
Lao Tse
Lao Tse
10 outubro 2011
3º Aviso
Estimados leitores, este blog é um espaço de reflexão muito pessoal. Não vos impeço, pois são livres de o ler, mas posso avisar-vos: - pensem bem antes de gastar o vosso precioso tempo.
Glória, glória, aleluia!
Só se chega à glória através do sacrifício.
Nas sociedades modernas já não sabem bem o que isto é, fogem de qualquer sacrifício como o diabo da cruz. Vive-se na era da vida fácil, do menor esforço. É por isso que é uma sociedade medíocre, medrosa, egocêntrica e insatisfeita, a qualquer dificuldade desistem e perdem a oportunidade de experimentar a glória.
Sou um ser em extinção, capaz de sacrificar o meu ego, privar-me da minha liberdade por um bem comum ou um bem maior. Capaz de ouvir a critica e o julgamento daqueles que pouco ou nada se sacrificam. Capaz de continuar a seguir o coração - felling, fé, amor, aceitação, compaixão - para salvaguardar a minha integridade.
Se é fácil? Não, não é nada fácil, mas vale a pena.
Ah! Como sabe bem, depois do sacrifício, viver a glória!
Nas sociedades modernas já não sabem bem o que isto é, fogem de qualquer sacrifício como o diabo da cruz. Vive-se na era da vida fácil, do menor esforço. É por isso que é uma sociedade medíocre, medrosa, egocêntrica e insatisfeita, a qualquer dificuldade desistem e perdem a oportunidade de experimentar a glória.
Sou um ser em extinção, capaz de sacrificar o meu ego, privar-me da minha liberdade por um bem comum ou um bem maior. Capaz de ouvir a critica e o julgamento daqueles que pouco ou nada se sacrificam. Capaz de continuar a seguir o coração - felling, fé, amor, aceitação, compaixão - para salvaguardar a minha integridade.
Se é fácil? Não, não é nada fácil, mas vale a pena.
Ah! Como sabe bem, depois do sacrifício, viver a glória!
05 outubro 2011
Maçã de Adão
Embora a racionalidade seja a consciência da existência, ainda ou jamais conseguirá explicar, “provar”, formular os desígnios de Deus.
Mas o que o coração sente, ah! o que o coração sente… a dita fé irracional.
Dizemos coração porque é algo que bate, bate e não deixa em paz a mente que insiste em ser sapiente, mas que não reconforta, nem nos guia a casa.
Coração, concretização da vontade, materialização do amor, que bate a um ritmo instintivo, de forma misteriosa, em harmonia com a música do universo. Coração fogo, fogo clarividência, o centro do nosso sistema, dentro do sistema solar, incorporando o divino.
O nosso coração está ligado a Deus.
A racionalidade também, mas peca pela soberba. E por isso, é mais pequena.
Deus dá-nos o que precisamos e não o que queremos.
Mas o que o coração sente, ah! o que o coração sente… a dita fé irracional.
Dizemos coração porque é algo que bate, bate e não deixa em paz a mente que insiste em ser sapiente, mas que não reconforta, nem nos guia a casa.
Coração, concretização da vontade, materialização do amor, que bate a um ritmo instintivo, de forma misteriosa, em harmonia com a música do universo. Coração fogo, fogo clarividência, o centro do nosso sistema, dentro do sistema solar, incorporando o divino.
O nosso coração está ligado a Deus.
A racionalidade também, mas peca pela soberba. E por isso, é mais pequena.
Deus dá-nos o que precisamos e não o que queremos.
29 setembro 2011
Diálogo entre o ali ir e o aqui estar
“- Que estás aí fazer?
- Estou aqui.
- Sim, claro que estás aí, mas o que fazes?
- Estou à espera.
- À espera de quê?
- À espera que o destino se faça.
- E não fazes nada?
- Não faço nada? Claro que sim, espero. Esperar não é exercício fácil, exige que se desenvolva a aceitação e a calma.
- E porque não deixas de esperar e fazes por guiar o teu destino?
- Sempre acreditei nisso, mas a vida tem vindo a ensinar-me que é o destino que me vai guiando. O que depende de mim é tirar melhor proveito daquilo que o destino me dá: “Quem se contenta com a sorte, é feliz até à morte." Por isso, resta-me esperar.
- Se começas com ditados, também tenho um para ti: “Quem espera desespera”.
- Isso é para quem espera pelo autocarro ou por alguém que está atrasado. A minha espera é uma espera esperançada. Espero somente que o destino se vá revelando e eu possa usufruir das coisas nos tempos certos.
- E quando é que são os tempos certos?
- Agora não sei, mas quando forem, saberei porque vou estar aqui à espera.”
- Estou aqui.
- Sim, claro que estás aí, mas o que fazes?
- Estou à espera.
- À espera de quê?
- À espera que o destino se faça.
- E não fazes nada?
- Não faço nada? Claro que sim, espero. Esperar não é exercício fácil, exige que se desenvolva a aceitação e a calma.
- E porque não deixas de esperar e fazes por guiar o teu destino?
- Sempre acreditei nisso, mas a vida tem vindo a ensinar-me que é o destino que me vai guiando. O que depende de mim é tirar melhor proveito daquilo que o destino me dá: “Quem se contenta com a sorte, é feliz até à morte." Por isso, resta-me esperar.
- Se começas com ditados, também tenho um para ti: “Quem espera desespera”.
- Isso é para quem espera pelo autocarro ou por alguém que está atrasado. A minha espera é uma espera esperançada. Espero somente que o destino se vá revelando e eu possa usufruir das coisas nos tempos certos.
- E quando é que são os tempos certos?
- Agora não sei, mas quando forem, saberei porque vou estar aqui à espera.”
28 setembro 2011
“Look at the train”
Nasci numa casa perto de uma estação de comboios. Costumava sentar-me no banquinho do muro a vê-los passar. O meu primo pequenino quando vinha de Inglaterra nas férias de verão, também lá passava horas, fascinado a dizer: look at the train!
Há muito não andava de comboio e numa recente pequena deslocação entre Lisboa e Porto, senti um entusiasmo inusitado na viagem e ao mesmo tempo, uma sensação de nostalgia. Entrei numa viagem no tempo. Lembrei-me daqueles filmes antigos com despedidas intensas por entre vapores que cobrem quem fica. Relembrei as loucas viagens entre o Barreiro e Olhão, nas sextas de madrugada com cantoria, cerveja, fumos e soldados. Entre outras imagens e memórias, voltei a sentir o desejo de realizar um sonho de adolescente, o de fazer a viagem de comboio entre Lisboa e Moscovo.
Fez-me questionar o presente, porque não é o comboio o transporte mais comum? Um transporte tão rápido, seguro, confortável e menos poluente? Não faz sentido.
Oh, individualista arcaico! Levanta lá esse cu do teu veículo movido a petróleo! Oh! Fanáticos do poder! Vão lá arder nos vossos poços do inferno!
Há muito não andava de comboio e numa recente pequena deslocação entre Lisboa e Porto, senti um entusiasmo inusitado na viagem e ao mesmo tempo, uma sensação de nostalgia. Entrei numa viagem no tempo. Lembrei-me daqueles filmes antigos com despedidas intensas por entre vapores que cobrem quem fica. Relembrei as loucas viagens entre o Barreiro e Olhão, nas sextas de madrugada com cantoria, cerveja, fumos e soldados. Entre outras imagens e memórias, voltei a sentir o desejo de realizar um sonho de adolescente, o de fazer a viagem de comboio entre Lisboa e Moscovo.
Fez-me questionar o presente, porque não é o comboio o transporte mais comum? Um transporte tão rápido, seguro, confortável e menos poluente? Não faz sentido.
Oh, individualista arcaico! Levanta lá esse cu do teu veículo movido a petróleo! Oh! Fanáticos do poder! Vão lá arder nos vossos poços do inferno!
27 setembro 2011
Porque levo a vida tão a sério?
"Para que levar a vida tão a sério se ela é uma incansável batalha da qual jamais sairemos vivos ?!"
Bob Marley
Bob Marley
25 setembro 2011
Ode à minha essência!
Perdi-me, é do álcool. Elemento fogo que transforma. Mas há certas coisas que nunca se perdem. Durante a deturpação, depois da ressaca, permanecem. Eu. Ser único. Ser terra. Cheia de nutrientes, a mãe da semente, a protectora. A pedra. Terá sentimentos, a pedra? Será um ser vivo, a pedra? Todos acreditam que não. Mas a terra, a montanha, a pedra, o que prevalece através dos conceitos, da cultura, das subjectividades, a pedra, é um ser completo, complexo, cheio de nutrientes e capaz de criar, a estrutura da criação, o porto seguro, o que resiste através dos tempos. Petra, ruínas, terrenos de plantio, terramoto, deixa marca concreta. A mãe da natureza, a terra, o berço da cultura, a referência da crença, o impulso da aventura… o estável que incita ao instável. Instável protegido, pelos braços de mãe complacente, conivente, que lança os seus frutos na descoberta do novo, novo que se tornará velho e volverá à essência da criação.
22 setembro 2011
Meu querido amigo Mike!
"- Sinto-me a crescer, muito mais que a envelhecer."
Testemunho de um homem nascido em 1961
Testemunho de um homem nascido em 1961
Ceifeira
Acaba de constatar que está em guerra há 4 anos. Entrou nela logo que foi obrigada a defender-se do inimigo. E pensava que andava a evita-la! Sabe-o somente agora porque sente que está a terminar.
A guerra que está a travar é uma “guerra santa”, no sentido em que os interesses individuais e egoístas, a conquista do poder, a opressão do adversário e a vitória a todo o custo não são nem o mote nem o objectivo dela. É uma guerra pela salvaguarda do respeito mútuo e pela defesa da liberdade, onde uma vitória nobre somente poderá ser conquistada através do sacrifício, da aceitação e do amor.
A guerra está a chegar ao fim e em breve a ceifeira viverá tempos de paz consigo própria porque, embora tivesse ferido para se defender, não teve que fazer rolar cabeças com a sua gadanha.
A guerra que está a travar é uma “guerra santa”, no sentido em que os interesses individuais e egoístas, a conquista do poder, a opressão do adversário e a vitória a todo o custo não são nem o mote nem o objectivo dela. É uma guerra pela salvaguarda do respeito mútuo e pela defesa da liberdade, onde uma vitória nobre somente poderá ser conquistada através do sacrifício, da aceitação e do amor.
A guerra está a chegar ao fim e em breve a ceifeira viverá tempos de paz consigo própria porque, embora tivesse ferido para se defender, não teve que fazer rolar cabeças com a sua gadanha.
15 setembro 2011
Dos verbos
Eu quero fugir
Tu queres fugir?
Ele quer fugir
Nós queremos fugir
Vós quereis fugir de quê?
Para onde querem eles fugir?
Tu queres fugir?
Ele quer fugir
Nós queremos fugir
Vós quereis fugir de quê?
Para onde querem eles fugir?
Banquete II
Umas vezes está tão amargo que preciso de doce, outras tão salgado que fico com sede, tão picante que lacrimejo. Às vezes vomito…
Ser um pássaro e não poder voar
Nem a morte de um ente querido, nem um tsunami ou um terramoto, nem a crise financeira, nem um amor não correspondido, causam dor tão grande como não ter liberdade de escolha.
13 setembro 2011
Banquete
Sentir-se nutrido, pleno e belo faz com que a relação com o caos da existência seja o doce, o ácido, o picante, o amargo e o sal da vida, os vários sabores que temperam a minha experiência nesta viagem.
Paz d’alma
Não interessa se aquilo que acreditamos esteja certo ou errado. Interessa-me sim, que o resultado dessa crença me traga paz.
15 agosto 2011
11 agosto 2011
Pena cumprida
Diz o ditado que “cá se fazem, cá se pagam”. Ok, se parti corações é justo que alguém me partisse o meu.
I love you baby
Ei Romeirinho, não te deixes ir abaixo. Não sabes que é nos momentos de crise que nascem novas civilizações, novos paradigmas, novas oportunidades? Vá lá, coragem!
Esta é a oportunidade para te reinventares!
Esta é a oportunidade para te reinventares!
07 agosto 2011
Tão bom reler-te!
"...Eu não tenho filosofia: tenho sentidos…
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar…
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar…"
Alberto Caeiro
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar…
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar…"
Alberto Caeiro
Refresh
Desde que nasci, estive sempre rodeada de pessoas, uma grande família, muitos irmãos, muitos amigos e alguns inimigos, muitos fãs do meu pai, também alguns homens e filhos. Uma vida repleta de convívio e partilha. Uma vida em que dar fazia sentido.
Estou exausta… de mãos vazias.
Desejo ir para uma casa de pedra e madeira na montanha com um bosque de castanheiros à volta. Teria internet, uma lareira, livros, música, vinho e castanhas no Outono. Talvez tivesse um cão ou um gato, ou os dois. Talvez fosse à cidade ver as luzes e visitar familiares e amigos de vez em quando, mas viveria só, sozinha, comigo.
Estou exausta… de mãos vazias.
Desejo ir para uma casa de pedra e madeira na montanha com um bosque de castanheiros à volta. Teria internet, uma lareira, livros, música, vinho e castanhas no Outono. Talvez tivesse um cão ou um gato, ou os dois. Talvez fosse à cidade ver as luzes e visitar familiares e amigos de vez em quando, mas viveria só, sozinha, comigo.
Conquilha
Querem estar comigo, convidam-me para conviver, verão, praia, jantares, festas, festivais, convidam-me e querem a minha companhia. Gosto muito de vós, mas não me apetece, não quero ir, nem deambular debaixo das luzes a inalar pó, nem ouvir o som dos risos ou o estremecer das baterias electrónicas.
Larguem-me da mão! Deixem-me estar aqui na concha.
Larguem-me da mão! Deixem-me estar aqui na concha.
26 julho 2011
The power of now!
Voltei a ler “The power of now” de Eckhart Tolle e seria bom que muitos mais o lessem, relessem, para nos lembrarmos que ainda estamos a viver, ora nas memórias do passado, ora no medo ou anseios do futuro. E eu, infelizmente, não sou excepção.
Back to Black
Tive sempre a convicção de que tínhamos o poder de criar o nosso próprio destino, mas à medida que vou envelhecendo começo a chegar à conclusão de que isso é uma ilusão. Sinto-me como se fosse uma marioneta à mercê das leis dum país, das leis do universo, das vontades daqueles que vão passando na minha vida. Até o meu próprio coração me atraiçoou. O sentimento de impotência é tão grande que não sei se vale a pena continuar a viver. Para quê viver na escravidão?
Estou num breu total, não sei o que aqui estou a fazer, nem para onde ir, já não tenho objectivos, mataram os meus sonhos.
Será que a minha avó tem razão? Que o nosso destino já está traçado à nascença? E a chave da felicidade é, simplesmente, aceitar o que a vida nos traz?
Estou num breu total, não sei o que aqui estou a fazer, nem para onde ir, já não tenho objectivos, mataram os meus sonhos.
Será que a minha avó tem razão? Que o nosso destino já está traçado à nascença? E a chave da felicidade é, simplesmente, aceitar o que a vida nos traz?
21 julho 2011
Verão 2011
One step ahead
"I'm only one step ahead of heartbreak
one step ahead of misery
one step is all I have to take
backwards, to be the same old fool for you
I used to be
I'm only one step ahead of your arms
one kiss away from your sweet lips
I know I can't afford to stop for one moment
Cos I'm just out of reach of your fingertips
Your warm breath on my shoulder
Keeps reminding me
That it's too soon to forget you
It's too late to be free, can't you see?
I'm only one step ahead of your love
I try and yet I can't take two
Seems like I'll have to take that one step backwards
Cos one step ahead is a step too far away from you.
Cos one step ahead is a step too far away from you.
Just one step ahead is a step too far away from you."
Aretha Franklin
"I'm only one step ahead of heartbreak
one step ahead of misery
one step is all I have to take
backwards, to be the same old fool for you
I used to be
I'm only one step ahead of your arms
one kiss away from your sweet lips
I know I can't afford to stop for one moment
Cos I'm just out of reach of your fingertips
Your warm breath on my shoulder
Keeps reminding me
That it's too soon to forget you
It's too late to be free, can't you see?
I'm only one step ahead of your love
I try and yet I can't take two
Seems like I'll have to take that one step backwards
Cos one step ahead is a step too far away from you.
Cos one step ahead is a step too far away from you.
Just one step ahead is a step too far away from you."
Aretha Franklin
20 julho 2011
Sugar wife
"Sugar wife
Sugar wife
Sugar wife
Can you make me a man
Baby doll can you make me a dad
I'm no butterfly [repeat]
If you tried to make a miracle
You never shoulda tried
If you tried to make a miracle
Sugar wife
Baby doll
Can you make me a man
Can you make me a dad
Can you make me a man
Can you make me a dad"
Sugar wife
The National
Sugar wife
Sugar wife
Can you make me a man
Baby doll can you make me a dad
I'm no butterfly [repeat]
If you tried to make a miracle
You never shoulda tried
If you tried to make a miracle
Sugar wife
Baby doll
Can you make me a man
Can you make me a dad
Can you make me a man
Can you make me a dad"
Sugar wife
The National
18 julho 2011
17 julho 2011
Sobre a perfeição
A perfeição é a capacidade de, por momentos, captar, viver o equilíbrio. Se nem a Natureza o consegue na sua plenitude, muito menos o Homem. A perfeição humana nasce da experimentação, da aventura da descoberta, da fé nos nossos poderes, da vontade de dar valor e sentido à vida. É uma combinação de mérito e acaso.
A perfeição não é um estado absoluto e constante, é um conjunto de estados relativos que vão acontecendo com maior ou menor frequência ao longo da existência pessoal.
É venturoso buscar e ser-se obreiro da perfeição, é perigoso ser-se escravo do sonho da perfeição. Os sonhadores são aqueles que mais lhe dão valor, pois aqueles que sabem que não é possível viver em plena perfeição, já não se atormentam se esta nem sempre está presente ou, por outro lado, conseguem captar a perfeição onde muitos não a conseguem ver ou, melhor, têm a destreza de tornar perfeito o que à partida, tinha tudo para ser imperfeito.
Se fôssemos perfeitos não haveria razão para a busca da perfeição. Se tudo fosse perfeito é certo que estaríamos longe de ser os humanos que somos. Seríamos Deuses, talvez… se é que os há, e perfeitos.
A perfeição não é um estado absoluto e constante, é um conjunto de estados relativos que vão acontecendo com maior ou menor frequência ao longo da existência pessoal.
É venturoso buscar e ser-se obreiro da perfeição, é perigoso ser-se escravo do sonho da perfeição. Os sonhadores são aqueles que mais lhe dão valor, pois aqueles que sabem que não é possível viver em plena perfeição, já não se atormentam se esta nem sempre está presente ou, por outro lado, conseguem captar a perfeição onde muitos não a conseguem ver ou, melhor, têm a destreza de tornar perfeito o que à partida, tinha tudo para ser imperfeito.
Se fôssemos perfeitos não haveria razão para a busca da perfeição. Se tudo fosse perfeito é certo que estaríamos longe de ser os humanos que somos. Seríamos Deuses, talvez… se é que os há, e perfeitos.
Tic-tac
“Há quatro coisas que não voltam: a pedra depois de lançada; a palavra depois de proferida; a ocasião depois de perdida e o tempo depois de passado.”
Provérbio chinês
Provérbio chinês
"A Arte da Guerra"
“… aquele que conhece o inimigo e a si mesmo , lutará cem batalhas sem perigo de derrota; para aquele que não conhece o inimigo, mas conhece a si mesmo, as chances para a vitória ou para a derrota serão iguais; aquele que não conhece nem o inimigo nem a si próprio será derrotado em todas as batalhas.”
Sun Tzu
Sun Tzu
03 julho 2011
...
"It would be a mistake to say that there is no ruler of the Universe; but on the other hand, there is not a gentelman in heaven judging our moral transgressions."
Chu Hsi
Chu Hsi
13 junho 2011
Sobre a utilidade do Mal
À partida podem dizer que o Mal não tem sentido de ser, nem razão para existir, perante um Deus do Bem. Muitos põem em causa a existência de Deus porque não lhes parece justo que, sendo nosso pai e bondoso, nos abandone nas garras do Mal.
Mas aqui é que jaz a questão, grande parte dos humanos ainda não percebeu o que anda aqui a fazer e quem é afinal o tal Deus. Para piorar, as religiões, principalmente a Católica que é a que melhor conheço, criaram crenças limitadoras. A Católica criou uma entidade que nasceu de um golpe político com vista ao poder, onde os Deuses foram fundidos num Deus que se afigura a uma entidade quase humana mas com poderes sobrenaturais. Essa é a crença católica, um pai forte que nos protege. Alegórico. Não admira que muitos ponham em causa e existência de Deus.
Este Deus poderia ter qualquer nome e tem, consoante as culturas, mas para mim não interessa o nome que lhe dão, para mim basta saber que ele É. E como ele é? É tudo, é eu e tu, é a composição química física e energética que eternamente se mistura, cria, recria, descobre, destrói, mistura, cria, recria, infinitamente. De onde viemos e para onde vamos? O que isso interessa? Onde estamos é a oportunidade de viver de onde viemos e para onde vamos. O aqui, o ser aqui é a expressão do corpo divino em manifestação. Somos parte deste universo sem tempo, sem fim, e com leis muito simples como a causa e efeito, a criação e destruição.
Ah, seu eu conseguisse explicar o que sinto…
Mas e o Mal? Ora o mal é a alegoria necessária à evolução da história da humanidade. A história da consciencialização. Pegando no pensamento Darwinista, o ser humano é uma manifestação sempre em adaptação, recriação, descoberta. O ser humano não é um produto acabado, é uma criação em mutação que só através do Mal tem a oportunidade de evoluir para a vivência da suprema consciência do Bem.
Um buraco negro tem consciência? Ou uma estrela? Têm uma composição químico física específica e a energia que anima tudo o que existe, mas não têm consciência da sua existência. Como somos abençoados… ah se soubessem como somos abençoados… Sermos filhos deste pai sem limites, sem verdades eternas, sem tempo. Um pai que nos dá todos os recursos e oportunidades para viver na consciência da essência de ser parte deste magnânimo “plano” em constante criação e descoberta.
Mas aqui é que jaz a questão, grande parte dos humanos ainda não percebeu o que anda aqui a fazer e quem é afinal o tal Deus. Para piorar, as religiões, principalmente a Católica que é a que melhor conheço, criaram crenças limitadoras. A Católica criou uma entidade que nasceu de um golpe político com vista ao poder, onde os Deuses foram fundidos num Deus que se afigura a uma entidade quase humana mas com poderes sobrenaturais. Essa é a crença católica, um pai forte que nos protege. Alegórico. Não admira que muitos ponham em causa e existência de Deus.
Este Deus poderia ter qualquer nome e tem, consoante as culturas, mas para mim não interessa o nome que lhe dão, para mim basta saber que ele É. E como ele é? É tudo, é eu e tu, é a composição química física e energética que eternamente se mistura, cria, recria, descobre, destrói, mistura, cria, recria, infinitamente. De onde viemos e para onde vamos? O que isso interessa? Onde estamos é a oportunidade de viver de onde viemos e para onde vamos. O aqui, o ser aqui é a expressão do corpo divino em manifestação. Somos parte deste universo sem tempo, sem fim, e com leis muito simples como a causa e efeito, a criação e destruição.
Ah, seu eu conseguisse explicar o que sinto…
Mas e o Mal? Ora o mal é a alegoria necessária à evolução da história da humanidade. A história da consciencialização. Pegando no pensamento Darwinista, o ser humano é uma manifestação sempre em adaptação, recriação, descoberta. O ser humano não é um produto acabado, é uma criação em mutação que só através do Mal tem a oportunidade de evoluir para a vivência da suprema consciência do Bem.
Um buraco negro tem consciência? Ou uma estrela? Têm uma composição químico física específica e a energia que anima tudo o que existe, mas não têm consciência da sua existência. Como somos abençoados… ah se soubessem como somos abençoados… Sermos filhos deste pai sem limites, sem verdades eternas, sem tempo. Um pai que nos dá todos os recursos e oportunidades para viver na consciência da essência de ser parte deste magnânimo “plano” em constante criação e descoberta.
08 junho 2011
Praticar a tolerância
“It requires less character to discover the faults of others than it does to tolerate them.”
J. Petit Senn
J. Petit Senn
06 junho 2011
Sobre a utilidade da crítica
A crítica só é útil se o seu objectivo for o melhoramento. Uma sociedade acrítica nunca teria a oportunidade de melhorar as suas práticas (técnicas e morais).
Agora, a crítica dos egos, essa sim, é completamente inútil. Mas para mal dos pecados é o "estilo" de crítica que prevalece nas sociedades humanas. Esta crítica é o mote para a destruição, manipulação e atrofiamento de uma das mais belas capacidades humanas - a busca da perfeição (a excelência).
Agora, a crítica dos egos, essa sim, é completamente inútil. Mas para mal dos pecados é o "estilo" de crítica que prevalece nas sociedades humanas. Esta crítica é o mote para a destruição, manipulação e atrofiamento de uma das mais belas capacidades humanas - a busca da perfeição (a excelência).
02 junho 2011
Crise existencial
Socorro!!!
Tirem-me deste filme!
Salvem Portugal!
Estamos no lodo total!
O que é que eu faço com o meu voto?
Passos Coelho é bem intencionado, mas a minha intuição diz que não está à altura.
sócrates está totalmente fora de questão.
Portas, só com uma porta no nariz.
Bloco, vão bloquear.
Outros, com boa vontade, mas coitados…
Abstinência, só por força maior.
Socorro!!!
Tirem-me deste filme!
Salvem Portugal!
Tirem-me deste filme!
Salvem Portugal!
Estamos no lodo total!
O que é que eu faço com o meu voto?
Passos Coelho é bem intencionado, mas a minha intuição diz que não está à altura.
sócrates está totalmente fora de questão.
Portas, só com uma porta no nariz.
Bloco, vão bloquear.
Outros, com boa vontade, mas coitados…
Abstinência, só por força maior.
Socorro!!!
Tirem-me deste filme!
Salvem Portugal!
São gostos!
Há alturas em que se chega ao fim do dia tão cansado que nada mais se consegue fazer senão cair no sofá e ligar a tv. Após um breve zapping, apanhei a Bo Dereck em pleno acto sexual. Não foi o acto em si que me chamou a atenção, foram os planos próximos dos seus pêlos púbicos. Mas depois do êxtase dos personagens o filme tornou-se básico demais e mudei de canal. Começava outro sobre uma estrela de rock. Fixe! Sexo, drogas e rock’roll, parece comédia, bom filme para não pensar. É claro que ao longo do filme perguntava-me porque ainda o continuava a assistir, mas fui-me deixando ficar. Até que aparece uma cena (como disse, muito sexo e drogas) em que um dos personagens vai fazer carícias numa parede de pêlos e comenta algo do género: - as vaginas eram assim nos anos 70, que saudade!
Resultado, acabei de ver o filme e fui para a cama a pensar na questão dos pêlos púbicos. Esta reflexão não é de agora, tenho verificado que no século XXI é prática comum, ou moda, ou sei lá o quê, tirar todos os pêlos púbicos (e não só). Muitos alegam ser mais higiénico (facto totalmente refutado por especialistas); nessa lógica de pensamento, porque não rapar também os cabelos? Imaginem as mulheres carecas, ficariam todas lindas como a Sinead O’Connor?
Não deixa de ser opinião pessoal, e embora sendo boas e fontes de grande prazer, acho as vaginas estranhas enquanto carecas. Então o tal bigode de Hitler, só o nome tira-me logo o tesão.
Mas há gostos para tudo e ainda bem, senão seria a ditadura das vaginas carecas e ficariam desgraçados aqueles que apreciam a floresta amazónica, o matagal, o bosque encantado, a cortina da gruta, o serrado, a tundra, a mata atlântica, o pinhal, o musgo, a relva, a seara… como que perdidos no deserto.
Resultado, acabei de ver o filme e fui para a cama a pensar na questão dos pêlos púbicos. Esta reflexão não é de agora, tenho verificado que no século XXI é prática comum, ou moda, ou sei lá o quê, tirar todos os pêlos púbicos (e não só). Muitos alegam ser mais higiénico (facto totalmente refutado por especialistas); nessa lógica de pensamento, porque não rapar também os cabelos? Imaginem as mulheres carecas, ficariam todas lindas como a Sinead O’Connor?
Não deixa de ser opinião pessoal, e embora sendo boas e fontes de grande prazer, acho as vaginas estranhas enquanto carecas. Então o tal bigode de Hitler, só o nome tira-me logo o tesão.
Mas há gostos para tudo e ainda bem, senão seria a ditadura das vaginas carecas e ficariam desgraçados aqueles que apreciam a floresta amazónica, o matagal, o bosque encantado, a cortina da gruta, o serrado, a tundra, a mata atlântica, o pinhal, o musgo, a relva, a seara… como que perdidos no deserto.
14 maio 2011
Porra que é pesada!
Conhecem aquela história da cruz? Aquela em que alguém reclama do peso da sua cruz e que no fim chega a conclusão que afinal era a cruz que conseguia carregar?
Devo ser uma pessoa muito forte para conseguir carregar a minha cruz!
13 maio 2011
Percepções
Uns dizem que sou pessimista, outros acham-me optimista. Engraçado como as opiniões divergem. Esta divergência de juízos levou-me a pensar sobre o assunto, afinal o que sou? Depois de reflectir sobre o tema, chego à conclusão que não sou nem optimista nem pessimista. Embora a realidade seja subjectiva e fruto das percepções, penso que posso considerar-me realista.
Um realista com consciência da miséria e limitações humanas, mas com determinação, uma pitada de loucura (sonho) e muita esperança.
Mas esta é a minha percepção, pode estar tão certa ou errada como as outras.
11 maio 2011
Perversidade das prisões humanas
A dicotomia entre o tempo e o dinheiro, mas intricada e perversamente ligados. Quando combinados desequilibradamente são responsáveis pela escravidão disfarçada de liberdade.
Os que têm a liberdade para gerir, gastar, usufruir do seu tempo como lhes der na gana, ou nasceram ricos, têm quem os sustente ou são uns miseráveis nas sociedades modernas de consumo. Ter tempo é um privilégio, diria até - O luxo maior, no entanto, para aqueles que são sustentados ou nada possuem, terão sempre um preço a pagar: por falta de dinheiro, diminuem a sua liberdade de escolha ou tornam-se pobres, miseráveis, marginalizados ou mendigos.
Depois há os que estão a investir, gastar o seu tempo a fazer (ou roubar) dinheiro, uns para sobreviver, outros para enriquecer. Têm dinheiro, mas são escravos dos horários e perdem a liberdade de decidir sobre o seu tempo. Pelo dinheiro sacrificam o tempo que poderia ser investido a trabalhar menos e mais eficazmente, usufruído em família, partilhado com o próximo e/ou dedicado a si próprio. Mas por outro lado, ao terem dinheiro, aumentam a sua liberdade de escolha no mundo material.O pior, são todos aqueles que sacrificam o seu tempo para serem escravos do dinheiro ou aqueles que não ganham em proporção ao seu esforço e investimento de tempo, o mínimo de dinheiro para viver dignamente. Têm as suas liberdades sacrificadas.
Viver dignamente, diga-se, é conseguir o equilíbrio entre o tempo e o dinheiro. O que certamente é coisa rara.
08 maio 2011
I don’t have drugs to soul
Medo. Vivemos num mundo de medo. Num mundo medonho. Numa sociedade de terror! E o medo leva-nos a matar, mentir, coagir, ameaçar, destruir, injuriar, judiar…
Os países com as suas fronteiras, exércitos e bombas, as cidades cheias de polícias e bandidos, os governos com resmas de leis. Até a união entre um homem e uma mulher é celebrada com um contacto. Tanto medo.
Trancas à porta! Pode vir aí o lobo mau, a bruxa, o violador, o cobrador de fraque, o ladrão!Só vejo medo à minha volta. Medo de acreditar, de confiar, de amar.
Estamos todos, todos, todos a temer algo que não tem razão de existir. Tenho uma tristeza profunda… tão profunda que invade os meus pulmões e provoca dor ao respirar. Vivo tão fora de contexto! Sou ser tão paradoxal! Ter a alegria de viver e a tristeza de viver nesta terra do medo que escraviza as almas.
Ai Jesus! Será que os teus irmãos têm salvação! Será que um dia vamos viver sem medo?
06 maio 2011
Cruel to be kind!
Uma ceifeira. Mulher cheia de amor de mãe com uma foice.
Emergiria do atlântico e cavalgaria as costas, montes e vales a ceifar o país de maus costumes.
E muitos aprendizes de ceifeiros juntar-se-iam à cruzada. Convictos e invictos na mudança.
O certo é que seria um novo e especial paradigma de liderança.
Emergiria do atlântico e cavalgaria as costas, montes e vales a ceifar o país de maus costumes.
E muitos aprendizes de ceifeiros juntar-se-iam à cruzada. Convictos e invictos na mudança.
O certo é que seria um novo e especial paradigma de liderança.
…para ceifar os filhos degenerados de Portugal …
Gira, salta e grita!
Costumo comprar fichas a dobrar porque sei que vão querer repetir. Todos excitados, os meus meninos, lançam-se para o carrossel à procura de um animal, ou viatura, ou ainda, uma figura dos desenhos animados. Que difícil decidir em qual se vão sentar! A sirene soa e começa rodar o carrossel.
Fico ali a sorrir com a sua felicidade, acenando sempre que um e outro passam por mim, numa sequência repetitiva de afecto.
Acabadas as voltas, meio entorpecidos de prazer, mas mais barulhentos para se fazerem ouvir no meio da parafernália da feira – queremos ir outra vez!
Finjo-me de difícil mas acabo por ceder. Yeah! Saltam e iniciam a procura de outro bicho diferente com quem dar mais umas voltas.
Repete-se o ritual dos olhares, dos sorrisos, dos acenos. Chega a ser tão intenso que parece que estamos numa bolha longe de tudo e de todos.
Hummm...
Um trampolim?
Sim, uma montanha russa!
Fico ali a sorrir com a sua felicidade, acenando sempre que um e outro passam por mim, numa sequência repetitiva de afecto.
Acabadas as voltas, meio entorpecidos de prazer, mas mais barulhentos para se fazerem ouvir no meio da parafernália da feira – queremos ir outra vez!
Finjo-me de difícil mas acabo por ceder. Yeah! Saltam e iniciam a procura de outro bicho diferente com quem dar mais umas voltas.
Repete-se o ritual dos olhares, dos sorrisos, dos acenos. Chega a ser tão intenso que parece que estamos numa bolha longe de tudo e de todos.
Não me lembro de andar de carrossel quando era criança…
Se houvesse carrosséis para adultos, talvez fosse possível reencontrar a criança que há em nós.Hummm...
Um trampolim?
Sim, uma montanha russa!
04 maio 2011
A Sidade e as Cerras
“Na cidade (como notou Jacinto) nunca se olham, nem lembram os astros – por causa dos candeeiros de gás ou dos globos de electricidade que os ofuscam. Por isso (como eu notei) nunca se entra numa comunhão com o Universo que é a única glória e única consolação da vida. Mas a serra sem prédios disformes de 6 andares, (…) – um Jacinto, um Zé Fernandes, livres, bem jantados, fumando nos poiais duma janela, olham para os astros e os astros olham para eles.”
Eça de Queirós, A Cidade e as Serras
03 maio 2011
...
“I’m Jack Johnson, I’ black.
They will never let me forget it!
I’m black alright
I will never let them forget it!”
John Arthur Johnson (Galveston, 31 de Março de 1878 - Raleigh, 10 de Junho de 1946), primeiro pugilista negro campeão mundial de pesos-pesados.
22 abril 2011
“O mar enrola na areia”
Não interessa se pensam de forma diferente, porque isso não muda nada. Ele é céptico, mas porque tem medo de acreditar, não por ser cínico e frio. Ele tem dúvidas espirituais. Sente-se só. Ela tem dúvidas mundanas, mas é crente, acredita no amor e em Deus. Não nesse Deus que ensinaram a acreditar. Ela não tem um Deus, ela é parte de Deus. E por isso nunca se sente só.
Mas a lei da atracção não vê estas coisas de crenças e formas de estar, sentir e pensar a vida. É uma lei atómica, um elo de ligação entre seres diferentes como a água e a terra. Tudo deixa de importar, as dúvidas mundanas, as dúvidas espirituais.
A costa acolhe a onda ruidosa no seu regaço, sempre.
13 abril 2011
Pain in the ass
Estamos vivos, e temos que viver. A minha vida é pautada pela experiência e a emoção que nasce dessa experiência. Muito mais isso que a razão, a teoria, o abstracto. Pelo facto de viver intensamente as emoções que Deus me deu, tenho uma tendência a racionalizar para compreender melhor. Mas o que sinto é tão grande que não se adequa a explicações racionais. Não há imagens, não há palavras. Por isso, muitas vezes sinto-me “out of this picture”, longe da racionalidade dos meus irmãos. Tenho ainda que amadurecer a destreza de gerir a minha grande emoção com a raquítica razão circundante e a minha humilde razão. Se a preguiça der tréguas, talvez busque esse saber. Por agora, a emoção é quem toma conta do meu ser. Os prazeres da carne ainda são os meus preferidos, comer, beber, nadar, beijar, ouvir música e dançar, ter orgasmos, sentir o vento nos cabelos, ver o pôr-do-sol… e também os menos bons de sentir, a ansiedade, a raiva, as lágrimas, o medo, a dor.
E disse-me uma vez um médico, - “fumar não mata, tristeza é que mata”!
De certo que as emoções guiam os seres humanos, se observarmos bem a sociedade, é toda ela emocional (mesmo aqueles que tentam encontrar na racionalidade um refúgio, com as suas teorias, crenças e leis), a racionalidade é só o esqueleto, o resto é o batimento do coração, o sangue nas veias, os órgãos a vibrar, o sopro da vida a bombar. Somos a manifestação emocional do corpo divino. Ele quer sentir a experiência de viver, não ser Verbo somente.
Mas há uma pergunta que nunca me sai da cabeça - Se é assim tão bom viver, sentir, se Deus nos deu esta benção, porque é que tantos andam doentes, sós e vazios? Qual é o objectivo?
E eu, a levar com eles…sem escudo, nem armadura.
E disse-me uma vez um médico, - “fumar não mata, tristeza é que mata”!
De certo que as emoções guiam os seres humanos, se observarmos bem a sociedade, é toda ela emocional (mesmo aqueles que tentam encontrar na racionalidade um refúgio, com as suas teorias, crenças e leis), a racionalidade é só o esqueleto, o resto é o batimento do coração, o sangue nas veias, os órgãos a vibrar, o sopro da vida a bombar. Somos a manifestação emocional do corpo divino. Ele quer sentir a experiência de viver, não ser Verbo somente.
Mas há uma pergunta que nunca me sai da cabeça - Se é assim tão bom viver, sentir, se Deus nos deu esta benção, porque é que tantos andam doentes, sós e vazios? Qual é o objectivo?
E eu, a levar com eles…sem escudo, nem armadura.
04 abril 2011
Vozes do além
De que me serve a intuição, se quando chega a razão não consegue interpretá-la e já é tarde demais?
De que me servem os sonhos, os que sinto ao acordar que vão acontecer e que geralmente se tornam realidade, e não saber como e quando acontecerão?
Será que ainda tenho que desenvolver mais qualquer coisa ou viverei sempre neste inquietante saber cego?
De que me servem os sonhos, os que sinto ao acordar que vão acontecer e que geralmente se tornam realidade, e não saber como e quando acontecerão?
Será que ainda tenho que desenvolver mais qualquer coisa ou viverei sempre neste inquietante saber cego?
02 abril 2011
Falo fá-la fabular
“Tenho um amor por alguém. Esse alguém, não é ninguém, porque não existe em nós. O amor que tenho, só existe em mim. Será que poderei partilhar este amor comigo? Não faz muito sentido, é como masturbar-me. Um amor que não se pode partilhar, é um amor estéril.”
Mulher que pensava em experimentar um vibrador, mesmo sabendo que seria impossível vir a ama-lo.
Mulher que pensava em experimentar um vibrador, mesmo sabendo que seria impossível vir a ama-lo.
Comportamentos desviantes
Custa admitir, mas recentemente descobri que tenho uma mania e uma obsessão.
A mania de endireitar quadros seja onde for, nos restaurantes, nos escritórios, em casa dos amigos, dos clientes e familiares. Com quadros tortos, o horizonte declina.
A obsessão é em relação à música, quando gosto de uma, ouço-a vezes sem conta… gosto. A música é uma dádiva maravilhosa que os deuses e a natureza deram ao Homem. A ligação consciente, emocional, espiritual, instintiva, intuitiva dos humanos com o Universo, nosso berço.
Ok, não deixa de ser uma obsessão ouvir repetidamente determinada música.
A sorte é que existem boas razões (ou sou eu a desculpar-me?) por detrás destes distúrbios, a mania da busca do equilíbrio e obsessão em permanecer na viagem com as esferas do Universo.
Paradoxal, comportamentos desviantes motivados por ideais, se não nobres, com algum valor, pelos menos para mim. É, talvez seja a desculpa de todos os seres que têm manias e obsessões, acreditam sempre, que existe uma saída nobre para a sua depravação.
A mania de endireitar quadros seja onde for, nos restaurantes, nos escritórios, em casa dos amigos, dos clientes e familiares. Com quadros tortos, o horizonte declina.
A obsessão é em relação à música, quando gosto de uma, ouço-a vezes sem conta… gosto. A música é uma dádiva maravilhosa que os deuses e a natureza deram ao Homem. A ligação consciente, emocional, espiritual, instintiva, intuitiva dos humanos com o Universo, nosso berço.
Ok, não deixa de ser uma obsessão ouvir repetidamente determinada música.
A sorte é que existem boas razões (ou sou eu a desculpar-me?) por detrás destes distúrbios, a mania da busca do equilíbrio e obsessão em permanecer na viagem com as esferas do Universo.
Paradoxal, comportamentos desviantes motivados por ideais, se não nobres, com algum valor, pelos menos para mim. É, talvez seja a desculpa de todos os seres que têm manias e obsessões, acreditam sempre, que existe uma saída nobre para a sua depravação.
15 março 2011
Sayonara
Não posso evitar, estou triste. Não sei se pelas vítimas do Japão ou se estou mesmo triste e isso influencia a forma como vejo a tragédia.
Sinto uma onda de tristeza, talvez porque tenha irmãos na rua e muitos cadáveres que perderam as suas almas num momento derradeiro de pavor. A força da natureza, implacável. Tão pequenos que somos…, tristes pobres ignorantes.
Sinto uma onda de tristeza, talvez porque tenha irmãos na rua e muitos cadáveres que perderam as suas almas num momento derradeiro de pavor. A força da natureza, implacável. Tão pequenos que somos…, tristes pobres ignorantes.
13 março 2011
"He leaves you drowning in sorrow"
Ontem foi dia 12 de Março, dia da manifestação da “geração à rasca” que desceu a partir do Marquês de Pombal a avenida da Liberdade até ao Rossio. E também no Porto se juntaram mais enrascados.
Estive em Lisboa com os meus amigos a subir do Rossio aos Restauradores e vi. Estou aqui a ver nada.
De que valeu a manifestação? Não quero saber. Quero lá saber!
Eclipse.
De dor aperaltada está a minha água turva. Que importa? Há dias assim.
Vou continuar a dar o meu melhor e seja o que Deus quiser.
Justiça? Que se faça espontaneamente.
Amor? Trago-o comigo.
A razão? Essa é um instrumento para o dia-a-dia, mais uma responsabilidade.
Não durmo, mas acordo todos os dias.
Choro e quero viver assim a sorrir, no desassossego mundano e na paz espiritual.
Profissão: Malabarista
É a condição da busca da felicidade na terra Paraíso tornado Inferno.
Se sou feliz? O que isso importa?
Isto não tem preço. É uma viagem à borla.
Um dia irei para a casa no meio das oliveiras com vista para os castelos.
“Grow old with me!”
Estive em Lisboa com os meus amigos a subir do Rossio aos Restauradores e vi. Estou aqui a ver nada.
De que valeu a manifestação? Não quero saber. Quero lá saber!
Eclipse.
De dor aperaltada está a minha água turva. Que importa? Há dias assim.
Vou continuar a dar o meu melhor e seja o que Deus quiser.
Justiça? Que se faça espontaneamente.
Amor? Trago-o comigo.
A razão? Essa é um instrumento para o dia-a-dia, mais uma responsabilidade.
Não durmo, mas acordo todos os dias.
Choro e quero viver assim a sorrir, no desassossego mundano e na paz espiritual.
Profissão: Malabarista
É a condição da busca da felicidade na terra Paraíso tornado Inferno.
Se sou feliz? O que isso importa?
Isto não tem preço. É uma viagem à borla.
Um dia irei para a casa no meio das oliveiras com vista para os castelos.
“Grow old with me!”
06 março 2011
"Roma e Pavia não se fizeram num dia"
Acerca da demissão de toda a classe política já!
Dia 12 de Março é o dia em que o povo português se vai unir para lutar pelos seus direitos.
Isso é positivo, tão positivo que não posso deixar de me juntar à malta. Não foi o que desejava há uns meses atrás, quando me lamentava por não ter tido motivação para me juntar aos adeptos do futebol ou aos adoradores do Papa?
Mas só me junto a eles por solidariedade e porque não posso dar-me ao luxo de perder a oportunidade de lutar (força da intenção) por ideais que considero maiores.
No entanto, não posso partilhar da máxima “demissão de toda a classe política, já!” , simplesmente porque ainda ninguém capaz se apresentou ou apresentaram para “agarrar o touro pelos cornos” .
Portanto, não faz sentido demitir a actual classe política e sim, agir e apresentar alternativas para promover a mudança, quanto mais não seja, nas urnas. Se pensam que despedindo a classe política se vão resolver os nossos problemas, posso dizer que estão iludidos, e de ilusões está o mundo cheio. É possível sim, lutar afincadamente com propostas concretas, e para isso, é preciso muito mais do que irmos para a rua gritar como meninos insatisfeitos, não nos comparemos ao povo do Egipto e arredores! Somos uns filhinhos dos papás ao lado deles.
Seria bom que este movimento fosse a primeira pedra, para assumir o dever de contribuir para o país e para o mundo. É muito fácil culpar os outros e reclamar.
Sermos parte da mudança é o desafio, SER como desejaríamos que o nosso país ou mundo fosse.
Vamos para a rua sim, e depois?
Continuaremos a trabalhar sem perder o bom senso, a esperança e o foco?
"Portugal, Portugal! De que é que tu estás à espera!?..." canta Palma para nos inspirar...
Dia 12 de Março é o dia em que o povo português se vai unir para lutar pelos seus direitos.
Isso é positivo, tão positivo que não posso deixar de me juntar à malta. Não foi o que desejava há uns meses atrás, quando me lamentava por não ter tido motivação para me juntar aos adeptos do futebol ou aos adoradores do Papa?
Mas só me junto a eles por solidariedade e porque não posso dar-me ao luxo de perder a oportunidade de lutar (força da intenção) por ideais que considero maiores.
No entanto, não posso partilhar da máxima “demissão de toda a classe política, já!” , simplesmente porque ainda ninguém capaz se apresentou ou apresentaram para “agarrar o touro pelos cornos” .
Portanto, não faz sentido demitir a actual classe política e sim, agir e apresentar alternativas para promover a mudança, quanto mais não seja, nas urnas. Se pensam que despedindo a classe política se vão resolver os nossos problemas, posso dizer que estão iludidos, e de ilusões está o mundo cheio. É possível sim, lutar afincadamente com propostas concretas, e para isso, é preciso muito mais do que irmos para a rua gritar como meninos insatisfeitos, não nos comparemos ao povo do Egipto e arredores! Somos uns filhinhos dos papás ao lado deles.
Seria bom que este movimento fosse a primeira pedra, para assumir o dever de contribuir para o país e para o mundo. É muito fácil culpar os outros e reclamar.
Sermos parte da mudança é o desafio, SER como desejaríamos que o nosso país ou mundo fosse.
Vamos para a rua sim, e depois?
Continuaremos a trabalhar sem perder o bom senso, a esperança e o foco?
"Portugal, Portugal! De que é que tu estás à espera!?..." canta Palma para nos inspirar...
03 março 2011
21 fevereiro 2011
Lenda Chinesa sobre a Sorte e o Azar
Um pai mais velho vivia com o seu jovem filho. Esse filho sonhava um dia vir a ter um cavalo. Sabia que a sua família não tinha condições para comprar um, mas o rapaz não perdia a esperança. Um belo dia, passa um circo com muitos cavalos e instala-se na vila. O rapaz ficou fascinado e comentou com o tratador – Um dia ainda vou ter um cavalo! O homem sorriu e perguntou-lhe: -queres ajudar-me? O rapaz ficou com o circo durante o tempo em que este permaneceu nas redondezas. Não se sabe dizer porquê, mas o tratador deixou um cavalo ao rapaz quando o circo se foi. Os vizinhos comentaram com o pai, - que sorte teve o seu filho! O velho impávido, como se aquilo não tivesse importância, disse displicente: - pode ser sorte, pode ser azar.
O rapaz vivia feliz com o seu cavalo, até que um dia o cavalo desaparece. O rapaz fica de rastos, a vizinhança acorre – que azar, ganhaste um cavalo e agora ele foi-se! O velho não tinha a mesma opinião, e mais uma vez acalmou os ânimos e disse: - pode ser sorte ou azar.
Numa manhã, o rapaz vai ao alpendre da casa e vê o seu cavalo acompanhado de uma égua. Não se pode descrever a sua alegria. A vizinhança veio em peso a aclamar: - que sorte, que sorte! O velho não aparentava qualquer excitação. As pessoas não percebiam, mas mais uma vez disse: - pode ser sorte ou azar.
O rapaz passava horas a cavalgar e crescia feliz até que um dia deu um tombo do cavalo e ficou paralítico das pernas. A sombra da fatalidade cobria o rosto dos vizinhos que vieram cabisbaixos a murmurar – que azar, que azar! Mas o velho acabou por repetir a mesma lenga lenga. As pessoas olhavam-no atónitas sem perceber.
Certo dia, instala-se uma guerra no império e todos os jovens daquela vila são convocados para servir o Imperador. Tragicamente, todos morreram em combate e só sobreviveu o rapaz paralítico que ficou a contemplar o seu casal de cavalos com um potro.
O velho sentia-se feliz por ter seu filho consigo. Mas a aldeia correu a afirmar, o seu filho teve muita sorte em não ter ido para a guerra!
A moral da história é que a sorte e o azar podem ser relativos.
Ou se calhar nem existem.
Não será um mito que um feiticeiro inventou para nos iludir?
O rapaz vivia feliz com o seu cavalo, até que um dia o cavalo desaparece. O rapaz fica de rastos, a vizinhança acorre – que azar, ganhaste um cavalo e agora ele foi-se! O velho não tinha a mesma opinião, e mais uma vez acalmou os ânimos e disse: - pode ser sorte ou azar.
Numa manhã, o rapaz vai ao alpendre da casa e vê o seu cavalo acompanhado de uma égua. Não se pode descrever a sua alegria. A vizinhança veio em peso a aclamar: - que sorte, que sorte! O velho não aparentava qualquer excitação. As pessoas não percebiam, mas mais uma vez disse: - pode ser sorte ou azar.
O rapaz passava horas a cavalgar e crescia feliz até que um dia deu um tombo do cavalo e ficou paralítico das pernas. A sombra da fatalidade cobria o rosto dos vizinhos que vieram cabisbaixos a murmurar – que azar, que azar! Mas o velho acabou por repetir a mesma lenga lenga. As pessoas olhavam-no atónitas sem perceber.
Certo dia, instala-se uma guerra no império e todos os jovens daquela vila são convocados para servir o Imperador. Tragicamente, todos morreram em combate e só sobreviveu o rapaz paralítico que ficou a contemplar o seu casal de cavalos com um potro.
O velho sentia-se feliz por ter seu filho consigo. Mas a aldeia correu a afirmar, o seu filho teve muita sorte em não ter ido para a guerra!
A moral da história é que a sorte e o azar podem ser relativos.
Ou se calhar nem existem.
Não será um mito que um feiticeiro inventou para nos iludir?
19 fevereiro 2011
É mesmo isto!
"I seek not to know the answers, but to understand the questions."
in Rockers Hi Fi - DJ Kicks 1997
in Rockers Hi Fi - DJ Kicks 1997
15 fevereiro 2011
- Para lá da eira há fogo! diz o louco
Mesmo que quisesse, porque quis, que fizesse muita força para o conseguir, porque é o que tenho feito, volta sempre a tua imagem.
Imagem vaga, sem feições, sem sorriso, sem olhos, só a tua presença, como uma sombra. Consegui matar o meu sonho, já não sonho em realiza-lo, mas ficou-me algo de real, uma realidade presente em mim, nas minhas células, na minha energia, que me move, amassa e comove.
Não sei o que isto é. Será loucura? Só pode ser loucura, não encontro outra explicação para viver neste desajuste. Na época da inquisição morreria na fogueira, isso com certeza!
Resta-me deambular de alma vadia, sem lar, sem nada esperar…a não ser a morte, que dizem ser certa.
Imagem vaga, sem feições, sem sorriso, sem olhos, só a tua presença, como uma sombra. Consegui matar o meu sonho, já não sonho em realiza-lo, mas ficou-me algo de real, uma realidade presente em mim, nas minhas células, na minha energia, que me move, amassa e comove.
Não sei o que isto é. Será loucura? Só pode ser loucura, não encontro outra explicação para viver neste desajuste. Na época da inquisição morreria na fogueira, isso com certeza!
Resta-me deambular de alma vadia, sem lar, sem nada esperar…a não ser a morte, que dizem ser certa.
01 fevereiro 2011
Irodologia
Fiz recentemente uma consulta de Irodologia. Depois de fotografadas ambas as íris foram observadas num computador com uma imagem bastante ampliada.
Entre outras coisas, o terapeuta acabou por me dizer:
- Existem 5 tipos de “personalidades” que estão expressas nas íris, a Gema, diamante bruto, física, lógica, intelectual, detalhistas, pragmática, fúria e agressividade. A Flor, emoção, intuitivas, românticas, acreditam na magia, beleza, sensualidade, suavidade, alegria. O Agitador é uma união harmoniosa entre a Gema e a Flor – inteligência e dinamismo. A Corrente – medicina, serviço social, voluntariado, espírito protector, dedicado à família e ao próximo, união, “curva de rio” (tudo fica lá preso).E por último uma personalidade rara que tem em si todas as anteriores.
É claro que a curiosidade deu sinal e, embora me tivesse identificado com todas elas, perguntei:
- O que sou?
- Tenho uma boa e uma má notícia.
- Diga-me primeiro a má.
- Vou ter que lhe dizer primeiro a boa. Você é o 5º elemento, a sua personalidade engloba todas as que expliquei. E isso é muito especial.
A má notícia é que as pessoas com estas características têm muito mais dificuldades em manter o equilíbrio, não é fácil lidar com uma personalidade tão complexa. É preciso aprender a lidar com tantos poderes.
Fiquei a olhar para ele…a pensar: Só me faltava esta!
Entre outras coisas, o terapeuta acabou por me dizer:
- Existem 5 tipos de “personalidades” que estão expressas nas íris, a Gema, diamante bruto, física, lógica, intelectual, detalhistas, pragmática, fúria e agressividade. A Flor, emoção, intuitivas, românticas, acreditam na magia, beleza, sensualidade, suavidade, alegria. O Agitador é uma união harmoniosa entre a Gema e a Flor – inteligência e dinamismo. A Corrente – medicina, serviço social, voluntariado, espírito protector, dedicado à família e ao próximo, união, “curva de rio” (tudo fica lá preso).E por último uma personalidade rara que tem em si todas as anteriores.
É claro que a curiosidade deu sinal e, embora me tivesse identificado com todas elas, perguntei:
- O que sou?
- Tenho uma boa e uma má notícia.
- Diga-me primeiro a má.
- Vou ter que lhe dizer primeiro a boa. Você é o 5º elemento, a sua personalidade engloba todas as que expliquei. E isso é muito especial.
A má notícia é que as pessoas com estas características têm muito mais dificuldades em manter o equilíbrio, não é fácil lidar com uma personalidade tão complexa. É preciso aprender a lidar com tantos poderes.
Fiquei a olhar para ele…a pensar: Só me faltava esta!
31 janeiro 2011
Sistema digestivo, pulmões e rins
Incrível como as emoções nos podem matar. Isso já sabia, mas não sabia que poderia acontecer comigo. Sou tão arrogante, que me recusava admitir que os duros golpes que tenho levado não me iriam fazer mal.
Mas para se viver no agora e bem não posso guardar mágoas, traumas e desgostos. Se dramas aconteceram, não têm que viver comigo para o resto da vida. Não os quero na minha bagagem a pesar.
Se passei por isso, é porque algo tinha que aprender, ou morria ou aprendia. Ora, se quase consegui matar-me e “acordei a tempo”, devo com certeza, conseguir renascer. Se já aprendi como matar, aprenderei como viver.
E é hoje que vou começar!
Mas para se viver no agora e bem não posso guardar mágoas, traumas e desgostos. Se dramas aconteceram, não têm que viver comigo para o resto da vida. Não os quero na minha bagagem a pesar.
Se passei por isso, é porque algo tinha que aprender, ou morria ou aprendia. Ora, se quase consegui matar-me e “acordei a tempo”, devo com certeza, conseguir renascer. Se já aprendi como matar, aprenderei como viver.
E é hoje que vou começar!
29 janeiro 2011
A linda, a feia e a perfeita
Mulher linda,
Meu querido, achas que sou perfeita só porque sou linda maravilhosa? Claro que não, tenho defeitos e alguns muito feios, só que a minha beleza ilude-te. Mas porque gosto de ti, vou dizer-te que muitas vezes até sou mesmo feia quando invadida por maus sentimentos, de raiva, ciúme. Quando expresso arrogância nas minhas palavras. Diversas vezes penso que sou a melhor só porque todos me cobiçam. Tenho tanto medo da velhice que não raro, penso em morrer. Imagino que quando envelhecer e tiver muitas rugas, vão acabar por descobrir que afinal não sou tão linda quanto isso. E no fim, só me sobram os defeitos.
Mulher feia
Meu querido, achas que não tenho valor só porque sou feia? Porque não me olhas nos olhos? Nem imaginas o que te posso oferecer, sim nem sequer tentaste imaginar. A tua imaginação percorre as belas formas de uma linda mulher. Mas também sou mulher e sei que tenho beleza, outra beleza que os olhos não vêem, mas que o coração pode captar, a pele sentir e a emoção inebriar. Porque não me provas em vez de ficares aí a olhar?
Mulher perfeita
Meu querido, queria ser a tua mulher perfeita, ser bela e sem defeitos de personalidade, mas a perfeição não existe, ou melhor, não é estática ou permanente, ela expressa-se em momentos fugazes. Gostas da minha boca ou daquilo que ouves sair dela? Queres um corpo para te dar prazer, fazer companhia e transformar o teu espermatozóide num bebé? Queres umas mamas tesas ou um símbolo de protecção? Queres uma grande gargalhada para as tuas piadas sem sal? O que queres? Estou aqui para ti..., para te adular, picar, motivar, lamber, ralhar, apertar, ouvir, embalar, …a comer pão alentejano.
Meu querido, achas que sou perfeita só porque sou linda maravilhosa? Claro que não, tenho defeitos e alguns muito feios, só que a minha beleza ilude-te. Mas porque gosto de ti, vou dizer-te que muitas vezes até sou mesmo feia quando invadida por maus sentimentos, de raiva, ciúme. Quando expresso arrogância nas minhas palavras. Diversas vezes penso que sou a melhor só porque todos me cobiçam. Tenho tanto medo da velhice que não raro, penso em morrer. Imagino que quando envelhecer e tiver muitas rugas, vão acabar por descobrir que afinal não sou tão linda quanto isso. E no fim, só me sobram os defeitos.
Mulher feia
Meu querido, achas que não tenho valor só porque sou feia? Porque não me olhas nos olhos? Nem imaginas o que te posso oferecer, sim nem sequer tentaste imaginar. A tua imaginação percorre as belas formas de uma linda mulher. Mas também sou mulher e sei que tenho beleza, outra beleza que os olhos não vêem, mas que o coração pode captar, a pele sentir e a emoção inebriar. Porque não me provas em vez de ficares aí a olhar?
Mulher perfeita
Meu querido, queria ser a tua mulher perfeita, ser bela e sem defeitos de personalidade, mas a perfeição não existe, ou melhor, não é estática ou permanente, ela expressa-se em momentos fugazes. Gostas da minha boca ou daquilo que ouves sair dela? Queres um corpo para te dar prazer, fazer companhia e transformar o teu espermatozóide num bebé? Queres umas mamas tesas ou um símbolo de protecção? Queres uma grande gargalhada para as tuas piadas sem sal? O que queres? Estou aqui para ti..., para te adular, picar, motivar, lamber, ralhar, apertar, ouvir, embalar, …a comer pão alentejano.
26 janeiro 2011
Peregrino II
Continuo a receber “mensagens” do caminho de Santiago. Aliás, mais agora que antes, porque à medida que o tempo vai passando condensam-se símbolos que criam ideias e sentimentos que não pensei, nem senti enquanto fazia o caminho. É tipo uma digestão lenta daqueles 10 dias que acabo sempre por considerar loucos, mas ricos.
Sinto uma vibração de força, parece que depois daquele martírio aguentarei qualquer privação que por ai venha.
Retive da experiência do caminho que “a vida é abundância” e “os nossos limites são sempre maiores do que julgamos”.
Posso agora regozijar a ventura de Peregrino.
Sinto uma vibração de força, parece que depois daquele martírio aguentarei qualquer privação que por ai venha.
Retive da experiência do caminho que “a vida é abundância” e “os nossos limites são sempre maiores do que julgamos”.
Posso agora regozijar a ventura de Peregrino.
24 janeiro 2011
Sem título
Antigamente, as mulheres tinham cabelos compridos, usavam-nos presos durante o dia e soltavam-nos à noite na alcofa de amor.
Hoje, as mulheres usam coisas que magoam a natureza nos seus cabelos e fingem magia sem pudor.
- Vá lá meu amor, solta os teus cabelos e vem deitar-me a meu lado.
Hoje, as mulheres usam coisas que magoam a natureza nos seus cabelos e fingem magia sem pudor.
- Vá lá meu amor, solta os teus cabelos e vem deitar-me a meu lado.
20 janeiro 2011
Lá chegarão?
Se lá chegarem, será muito devagar.
Se não chegarem é porque não tinha que ser.
Eu já lá cheguei e não vou voltar porque vendi o meu carro.
Se não chegarem é porque não tinha que ser.
Eu já lá cheguei e não vou voltar porque vendi o meu carro.
Soltem-se os cabelos
Será que à medida que vamos envelhecendo vamos perdendo a esperança?
Já desconfiava que a generalidade dos seres humanos eram uns totós, mas tinha esperança ou ainda tenho, mas mais pequena, que pudessem ter potencial para se livrarem do elástico que os prende. Julgam eles que são livres porque o elástico estica, mas na realidade estão presos. Neste caso, não o cabelo, mas o espírito.
Eu lá tenho as minhas razões, que são razões com tanta legitimidade como outra razão qualquer, mas não posso deixar de me admirar com tamanha totice a deambular à minha volta. Se calhar eu é que sou totó por ainda me preocupar com eles, estes seres humanos que não consigo compreender como não compreendem a simplicidade do divino, as "leis" do universo, ou seja lá o nome que queiram dar. Eu cá não quero inventar um novo nome e muito menos uma nova teoria, pra quê? Para que seja aprisionada com um elástico, estrangulada até deixar marca e perder a sua magia?
Ficarei eu só? Serei eu um humano miserável porque não consigo ajuda-los a soltar os elásticos? Tornar-me-ei ser solitário por não ter mais seres humanos a fazer-me companhia?
Nem pensar, para que me servem os totós se já sou parte do mesmo "universo" das flores, dos animais, das maçãs, do mar, da lua e do sol?
Já desconfiava que a generalidade dos seres humanos eram uns totós, mas tinha esperança ou ainda tenho, mas mais pequena, que pudessem ter potencial para se livrarem do elástico que os prende. Julgam eles que são livres porque o elástico estica, mas na realidade estão presos. Neste caso, não o cabelo, mas o espírito.
Eu lá tenho as minhas razões, que são razões com tanta legitimidade como outra razão qualquer, mas não posso deixar de me admirar com tamanha totice a deambular à minha volta. Se calhar eu é que sou totó por ainda me preocupar com eles, estes seres humanos que não consigo compreender como não compreendem a simplicidade do divino, as "leis" do universo, ou seja lá o nome que queiram dar. Eu cá não quero inventar um novo nome e muito menos uma nova teoria, pra quê? Para que seja aprisionada com um elástico, estrangulada até deixar marca e perder a sua magia?
Ficarei eu só? Serei eu um humano miserável porque não consigo ajuda-los a soltar os elásticos? Tornar-me-ei ser solitário por não ter mais seres humanos a fazer-me companhia?
Nem pensar, para que me servem os totós se já sou parte do mesmo "universo" das flores, dos animais, das maçãs, do mar, da lua e do sol?
13 janeiro 2011
O hoje nunca foi igual a ontem
“Nunca subestimem o facto de um pequeno grupo de pessoas reflexivas e comprometidas poderem mudar o mundo. De facto, esta é a única forma como ele tem mudado.”
Margaret Mead, antropóloga cultural.
Margaret Mead, antropóloga cultural.
12 janeiro 2011
Sharing with love
Dear John,
My English is not the best, but I will share my point of view about your post.
Why people are afraid to love? Why some must struggle to have a balanced relationship? Why are so afraid to lose they’re "object" of love? Why people need to control each other in a relationships?
You say love is a feeling, for me “Love is not a feeling, is an –inner- ability” and manifests in attitudes. The good feelings that we call love can be passion, biological processes that gives you pleasure, excitement, dizziness and other feelings we relate to “being in love”. But love is more, much more than a feeling, is not only about your own pleasure and comfort, love is about to give, share the best we have.
So, I think, the real problem about romantic relationships, it’s because people don’t know what love is. People mix passion with love and when passion goes away, they feel frustrated. And then, they believe they need some other person. And another, and another, and another, over and over. Sometimes they give up.
Other reason of failing in relationships is because people don’t know themselves, rarely they question about their mission in this live, they’re essence, the inner self. Most of people search for fulfillment outside, in other persons, in "sex, drugs & Pock'nRoll", in a successful career, in certain conditions to fell comfort, pleasure, save and admired.
You will never find outside what is inside of you.
Are you running from you? Are you afraid of you?
Feeling “in love” (in Portuguese we say apaixonado) is not a condition for fulfillment, it’s only an effect of real love (not only the romantic love). Real love is the cause. Is the great potential you have inside desperately asking you to rise.
To be happy in a romantic relationship (and other relations), you first have to Know/love yourself and spirit (no fear) to share the best you have, then love will embrace your life.
With love,
Sz
My English is not the best, but I will share my point of view about your post.
Why people are afraid to love? Why some must struggle to have a balanced relationship? Why are so afraid to lose they’re "object" of love? Why people need to control each other in a relationships?
You say love is a feeling, for me “Love is not a feeling, is an –inner- ability” and manifests in attitudes. The good feelings that we call love can be passion, biological processes that gives you pleasure, excitement, dizziness and other feelings we relate to “being in love”. But love is more, much more than a feeling, is not only about your own pleasure and comfort, love is about to give, share the best we have.
So, I think, the real problem about romantic relationships, it’s because people don’t know what love is. People mix passion with love and when passion goes away, they feel frustrated. And then, they believe they need some other person. And another, and another, and another, over and over. Sometimes they give up.
Other reason of failing in relationships is because people don’t know themselves, rarely they question about their mission in this live, they’re essence, the inner self. Most of people search for fulfillment outside, in other persons, in "sex, drugs & Pock'nRoll", in a successful career, in certain conditions to fell comfort, pleasure, save and admired.
You will never find outside what is inside of you.
Are you running from you? Are you afraid of you?
Feeling “in love” (in Portuguese we say apaixonado) is not a condition for fulfillment, it’s only an effect of real love (not only the romantic love). Real love is the cause. Is the great potential you have inside desperately asking you to rise.
To be happy in a romantic relationship (and other relations), you first have to Know/love yourself and spirit (no fear) to share the best you have, then love will embrace your life.
With love,
Sz
06 janeiro 2011
Lebres,
Uma das leis do universo é a causa e o efeito. Assim como um espermatozóide encontra um óvulo (causa) e fazem uma nova vida (efeito) através do acto sexual (sistema), o desequilíbrio do dito sistema é apenas o meio de manifestação da relação entre a causa e o efeito. E os efeitos estão à vista, conhecemo-los. Portanto, não se trata se o sistema é Democrático, Autocrático, Republicano, Comunista, não se trata de discutir se a foda é boa ou não, trata-se sim, de procurar as causas que são responsáveis pela doença, os filhos degenerados. E filhos degenerados certamente não nascem de um encontro de amor. (Atenção, não se trata de amor romântico, entre um homem e uma mulher).
Então, a solução é o amor, chega de lutas entre o bem e o mal, o Amor não é bom nem mau, o amor é global e universal, É e todos os seres humanos têm dentro de si potencial para amar. É inato. Como aquele rebelde que empunhava uma metralhadora e traficava cocaína que conheci no morro do papagaio. A sua maldade era a máscara que usava para combater o medo, para sobreviver, tornou-se vilão, um bandido, como forma de luta contra a injustiça da qual era vítima. Mas por detrás daquela máscara havia muito mais e vi-lhe amor nos olhos.
Precisamos de mais “trabalhadores” amorosos para contagiar os pessimistas e medrosos com o seu exemplo (pensamentos, sentimentos e acção) para a revolução que já começou, porque sinto-a e participo dela. E o efeito multiplicador acelera.
O que posso mais dizer? Dizer que não percam a esperança, não se deixem derrotar, que façam um pouco cada dia, uma ou duas boas acções, que tenham pensamentos bonitos, que partilhem, para que a vibração do amor penetre lentamente, suavemente, nos corações dos homens. Sei que lá chegaremos. Mesmo que não seja nesta minha curta vida.
Se só consumimos más notícias, se reclamamos do trânsito, dos políticos, se criamos pensamentos com cenários tétricos, essa vibração contagia. O nosso coração fica corroído pela dor, revolta, raiva e agonia.
Como diz o ditado, “longe dos olhos, longe do coração. Mudemos de foco. Aqueles mais conscientes que se sentem incomodados terão de pensar: o que posso fazer hoje para contribuir para um mundo mais equilibrado? Fico à espera do Messias, ou de um herói tipo Obama para me resolver o problema? Iludo-me que o meu direito de voto, numa falsa democracia, vai permitir escolher um líder menos mau. Assim será mais difícil lá chegar.
Então, enquanto continuarem as coisas assim, desequilibradas, o incómodo continuará, mas de certo não será tanto maior se cada dia fizermos algo que nos faça sentir bem a partilhar o amor para uma sociedade mais saudável. A realmente contribuir. Quanto mais não seja, para não deixar que se suceda a auto-destruição.
Estou a dar o meu melhor para vibrar nas ondas do amor, vejo pessoas a fazerem o mesmo numa escala cada vez maior, como a proliferação da meditação, do sexo tântrico, do yoga, das organizações de defesa dos todos os direitos, humanos, animais, culturais, ecológicos. Vejo jornalistas cansados de guerra a divulgarem boas notícias, jovens lindas ricas a dormirem no chão para ensinar órfãos do outro lado do mundo, cidadãos a separar o lixo, lojas com produtos de comércio justo, design social, o fim da comercialização do marfim, a fusão de vários conhecimentos, os esforços para acabar com as armas nucleares e muito mais. O micro reflectir-se-á no macro, mais cedo ou mais tarde. É a lei da causa e efeito.
Dirão os débeis e os medrosos - isso é um sonho utópico. E pergunto, quantas utopias tornaram-se realidade?
Lá chegaremos. Junta-te a nós.
Então, a solução é o amor, chega de lutas entre o bem e o mal, o Amor não é bom nem mau, o amor é global e universal, É e todos os seres humanos têm dentro de si potencial para amar. É inato. Como aquele rebelde que empunhava uma metralhadora e traficava cocaína que conheci no morro do papagaio. A sua maldade era a máscara que usava para combater o medo, para sobreviver, tornou-se vilão, um bandido, como forma de luta contra a injustiça da qual era vítima. Mas por detrás daquela máscara havia muito mais e vi-lhe amor nos olhos.
Precisamos de mais “trabalhadores” amorosos para contagiar os pessimistas e medrosos com o seu exemplo (pensamentos, sentimentos e acção) para a revolução que já começou, porque sinto-a e participo dela. E o efeito multiplicador acelera.
O que posso mais dizer? Dizer que não percam a esperança, não se deixem derrotar, que façam um pouco cada dia, uma ou duas boas acções, que tenham pensamentos bonitos, que partilhem, para que a vibração do amor penetre lentamente, suavemente, nos corações dos homens. Sei que lá chegaremos. Mesmo que não seja nesta minha curta vida.
Se só consumimos más notícias, se reclamamos do trânsito, dos políticos, se criamos pensamentos com cenários tétricos, essa vibração contagia. O nosso coração fica corroído pela dor, revolta, raiva e agonia.
Como diz o ditado, “longe dos olhos, longe do coração. Mudemos de foco. Aqueles mais conscientes que se sentem incomodados terão de pensar: o que posso fazer hoje para contribuir para um mundo mais equilibrado? Fico à espera do Messias, ou de um herói tipo Obama para me resolver o problema? Iludo-me que o meu direito de voto, numa falsa democracia, vai permitir escolher um líder menos mau. Assim será mais difícil lá chegar.
Então, enquanto continuarem as coisas assim, desequilibradas, o incómodo continuará, mas de certo não será tanto maior se cada dia fizermos algo que nos faça sentir bem a partilhar o amor para uma sociedade mais saudável. A realmente contribuir. Quanto mais não seja, para não deixar que se suceda a auto-destruição.
Estou a dar o meu melhor para vibrar nas ondas do amor, vejo pessoas a fazerem o mesmo numa escala cada vez maior, como a proliferação da meditação, do sexo tântrico, do yoga, das organizações de defesa dos todos os direitos, humanos, animais, culturais, ecológicos. Vejo jornalistas cansados de guerra a divulgarem boas notícias, jovens lindas ricas a dormirem no chão para ensinar órfãos do outro lado do mundo, cidadãos a separar o lixo, lojas com produtos de comércio justo, design social, o fim da comercialização do marfim, a fusão de vários conhecimentos, os esforços para acabar com as armas nucleares e muito mais. O micro reflectir-se-á no macro, mais cedo ou mais tarde. É a lei da causa e efeito.
Dirão os débeis e os medrosos - isso é um sonho utópico. E pergunto, quantas utopias tornaram-se realidade?
Lá chegaremos. Junta-te a nós.
03 janeiro 2011
Palavras leva-as o vento
"Said the straight man to the late man
Where have you been
I've been here and
I've been there
And I've been in between.
I talk to the wind
My words are all carried away
I talk to the wind
The wind does not hear
The wind cannot hear.
I'm on the outside looking inside
What do I see
Much confusion
Disillusion
All around me.
You don't possess me
Don't impress me
Just upset my mind
Can't instruct me or conduct me
Just use up my time
I talk to the wind
My words are all carried away
I talk to the wind
The wind does not hear
The wind cannot hear."
King Crimson
Where have you been
I've been here and
I've been there
And I've been in between.
I talk to the wind
My words are all carried away
I talk to the wind
The wind does not hear
The wind cannot hear.
I'm on the outside looking inside
What do I see
Much confusion
Disillusion
All around me.
You don't possess me
Don't impress me
Just upset my mind
Can't instruct me or conduct me
Just use up my time
I talk to the wind
My words are all carried away
I talk to the wind
The wind does not hear
The wind cannot hear."
King Crimson
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