Depois de uma “partida que a vida me pregou” começo a pôr muita coisa em causa. Já nem sei se foi, se não foi. Ou porquê e para que foi. Muitas convicções desfazem-se como castelos de areia, tudo por terra, estaca zero.
Mas se passo a relativizar tudo o que não consigo compreender corro o risco de me perder num oceano de incertezas ou de vaguear num deserto sem rumo, sem caminho definido. Estas dúvidas talvez sejam resultado da minha resistência à mudança de atitude perante a vida. Passar de um ego cheio de convicções para um espírito livre de conceitos, preconceitos e crenças e com capacidade para ultrapassar o relativo, a ausência da verdade. Serei eu capaz de superar a dualidade entre verdadeiro - falso, certo - errado, lindo - feio, bom - mau, emoção - razão?
Para que serve a verdade? Para nada, nunca podemos saber o que realmente é verdadeiro, são tudo formas de interpretar e estar na vida. Diferentes parcelas de verdade. Somos todos seres inacabados e relativos a almejar verdades que toldam os espíritos. Ao Homem não é permitido acesso à verdade.
Será que vamos conseguir sobreviver livres de verdades sem nos sentirmos perdidos?
Se quisermos...
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