27 setembro 2017

Baroque Pop


Fui adolescente nos anos 80 e detestava quase toda a música dessa época. Não apreciava os folhos e os cabelos emproados.
Mas a Kate Bush é uma diva intemporal.
A Tina é a Rainha do Rock
E a Kate a Princesa do Pop
Para mim, claro

20 setembro 2017

Adoro!

"Quando dois mestres se encontram – mestres do seu ser, da sua solidão – a felicidade não é apenas acrescentada: é multiplicada."
Osho

16 setembro 2017

Síndrome de Estocolmo


Dizem alguns que me conhecem que tenho Síndrome de Estocolmo.
Começou com a minha mãe, as imposições dela toldaram a minha liberdade, afastou-me da escola para servir a família.
O padrão repetiu-se com as relações de amizade e amorosas um tanto opressivas, terminando num casamento  tirano e violento, tanto a nível psicológico como físico.
Durante anos estive no limbo entre o ressentimento, a revolta, o sentimento de impotência, a vitimização por um lado e o sentido de missão em servir a família e o próximo e o espírito de liberdade por outro.
Depois destas experiências, descobri que sou livre, livre de escolher o sentido de missão e o espírito de liberdade. O que está à minha volta deixa de ter força,  já não me perturba, escolhi cultivar um carácter humilde e meigo,  o perdão, a solidariedade, a aceitação serena em relação ao que não posso mudar, a apoiar os mais fracos (pois quem oprime está oprimido) e a colher da experiência as coisas úteis, como o espírito de sacrifício, a vontade de estudar, a força de quem resiste às tempestades, a determinação em construir uma vida bela, como se de um oásis se tratasse no meio da miséria, doença e violência.
Claro que perdoo e amo a minha mãe
Claro que perdoo e amo o pai dos meus filhos
A alegria interior é tão mais bela que a mágoa raivosa e frustrada.
Não tenho Síndrome de Estocolmo, não sou uma vítima de maus tratos que compactua com o opressor.
Sou uma alma livre, risonha e linda,
mas muitos não me compreendem, são de opinião que devia contra-atacar, esfolar, prender.
Da última vez que uma prima médica me diagnosticou o tal síndrome, pensei: quiçá tenho é um Síndrome de Seychelles, uma espécie de disfunção que sente a vida mais bela do que de facto ela é.

14 setembro 2017

Nice and slow, go with the flow

Andei a tirar umas fotografias e a testar uns filtros e mergulhei numa reflexão sobre envelhecer. Os papos debaixo dos olhos, as rugas revelam um corpo que já cá anda a algum tempo. A mente, bombardeada pelo mundo dos belos e jovens, demora a ver o corpo a mudar, ou quiçá, uma resistência insconsciente para não ver o óbvio. É parecido com a adolescência, o corpo muda e não se sabe muito bem como é estar naquela pele. Nesta relação de corpo maduro e experiência de vida, o corpo é arrastado pela beleza de ser maduro, uma maturidade alegre e agradecida que vê nas fotografias uma menina com brilho no olhar e com sorriso genuíno. A alma não tem idade e para a mente o tempo é relativo, pois tanto pode viajar pelo passado, presente ou pelo futuro, o corpo é mutante e finito, tem um tempo para funcionar. Daí o corpo poder apresentar-se uma ameaça à alma e à mente e gerar tormento àqueles que envelhecem.

Resta o coração, o que diz o meu coração é que me adoro independentemente do corpo, e esse amor transborda pelo corpo acabando por o amar também.  É tão bom estar comigo, brincar comigo, conversar comigo, envelhecer comigo.