25 junho 2009

O Livro do Chá

“Relatam os Taoístas que, no grande começo do Não-Começo, o Espírito e Matéria se encontraram em combate mortal. Por fim, o Imperador Amarelo, o Sol do Céu, triunfou sobre Shuhyung, o demónio da escuridão e da terra. O Titã, na sua agonia de morte, bateu com a cabeça contra a abóbada solar e despedaçou em fragmentos a cúpula azul de jade. As estrelas perderam os seus ninhos, a lua errou sem destino por entre os abismos agrestes da noite.
Desesperado, o Imperador Amarelo procurou por onde pôde pelo consertador dos céus. Não teve de procurar em vão. Do mar oriental ergueu-se uma rainha, a divina Niuka, de cornos coroada e cauda de dragão, resplandecente na sua armadura de fogo. Foi ela quem soldou o arco-íris de cinco cores no seu caldeirão mágico e reconstruí o céu chinês.
Mas também se conta que Niuka se esqueceu de preencher duas pequenas fendas no firmamento azul. Assim principiou o dualismo do amor – duas almas rolando pelo espaço e nunca em sossego até se unirem para completar o universo. Cada um tem de construir de novo o seu céu de esperança e de paz.”
Deliciosamente poético.
Mas isso era dantes…
Em tempos modernos (e o autor ainda nem sabia que iam rebentar duas guerras mundiais): “O céu da humanidade moderna está de facto despedaçado na luta ciclópica pela riqueza e pelo poder. O mundo anda às cegas na sombra do egoísmo e da vulgaridade. O conhecimento compra-se com uma má consciência, a benevolência pratica-se por amor à utilidade. O Oriente e o Ocidente, como dois dragões lançados num mar fermentoso, esforçam-se em vão por voltar a merecer a jóia da vida. Precisamos novamente de uma Niuka que conserte a grandiosa devastação; aguardamos um Avatar. Entretanto, tomemos um gole de chá. … Sonhemos com a evanescência, e demoremo-nos na bela tolice das coisas.” O Livro do Chá Kakuzo Okakura (1906)

18 junho 2009

A semente

Uma semente fertilizada pelo ímpeto da paixão, cavalo de fogo. Largada, acabou perdida nas folhas do Outono melancólico ao pôr-do-sol. Depois chegou a geada de Inverno. Um Inverno chuvoso, nebuloso, nevoso e frio. A semente aconchegou-se no ventre da mãe terra. A Primavera chegou, águas mil. Transformou-se num rebento verde, tenro, vulnerável. Vento…muito vento…o fustigou. Final de estação, a flor chega, linda! Sobreviveu á intempérie! Daqui a 3 dias é o solstício de Verão! O fruto chega verde. Haja sol para o aquecer e torna-lo doce!

09 junho 2009

Idiot Prayer

They're taking me down, my friend
And as they usher me off to my end
Will I bid you adieu?
Or will I be seeing you soon?
If what they say around here is true
Then we'll meet again
Me and you
My time is at hand, my dove
They're gunna pass me to that house above
Is Heaven just for victims, dear?
Where only those in pain go?
Well it takes two to tango
We will meet again, my love I know
If you're in Heaven then you'll forgive me, dear
Because that's what they do up there
If you're in Hell, then what can I say
You probably deserved in anyway
I guess I'm gunna find out any day
For we'll meet again
And there'll be
Hell to pay
Your face comes to me from the depths, dear
Your silent mouth mouths, 'Yes", dear
Dark red and big with blood
They're gunna shut me down, my love
They're gunna launch me into the stars
Well, all things come to pass Glory hallelujah
This prayer is for you, my love
Sent on the wings of a dove
An idiot prayer of empty words
Love, dear, is strictly for the birds
We each get what we deserve
My little snow white dove
Rest assured

Nick cave

Encontrar na Simplicidade a Felicidade

"Uma pessoa superficial apenas terá relações superficiais. O verdadeiro amor não é uma pessoa agarrar-se a outra; este somente pode ser construído entre duas pessoas fortes, seguras da sua individualidade. Antoine de Saint- Exupery, autor de O Principezinho, escreveu num livro intitulado Vento, Areia e Estrelas: “O amor não é duas pessoas a olharem uma para a outra, mas sim duas pessoas a olharem juntas, em frente, na mesma direcção”. "A vida é para todos uma batalha contra os sofrimentos do nascimento, da velhice, da doença e da morte. A felicidade não é a ausência de problemas ou preocupações; é, antes, não se ser derrotado, independentemente dos problemas ou preocupações que possamos confrontar. E esta felicidade não está focada apenas em nós próprios. Verdadeiramente felizes são aqueles que podem ajudar os outros a tornarem-se felizes." Daisaku Ikeda