Actualmente são raras as uniões que duram mais de 10 anos. Nas relações modernas é normal acabar, começar, acabar, começar. Aliás, a maioria só se envolve fisicamente e nem começa e acaba nada. Este frenesim irrita-me. As relações renderam-se ao “sistema” do consumismo e os “bens” têm um prazo de validade encurtado.
Que merda! Apanharam-me na corrente. Tudo o que quero preservar escorre-se pelas mãos como se de água tratasse.
Depois de uma relação de 11 anos, e ao contrário do que seria de esperar, fatiga-me a perspectiva de ter que começar tudo de novo. A perspectiva de ter que passar novamente pela check list de aprovação e conseguir corresponder às expectativas do outro, expectativas sempre idealizadas e, por isso, falsas.
Que paradoxo brutal que me imponho. Não querer ficar e também não ter vontade de ir.
Mas como sou a fonte deste problema, que remédio terei eu senão resolve-lo.
Devagar, devagarinho, que me cansa tudo o que é fugaz.
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