06 janeiro 2011

Lebres,

Uma das leis do universo é a causa e o efeito. Assim como um espermatozóide encontra um óvulo (causa) e fazem uma nova vida (efeito) através do acto sexual (sistema), o desequilíbrio do dito sistema é apenas o meio de manifestação da relação entre a causa e o efeito. E os efeitos estão à vista, conhecemo-los. Portanto, não se trata se o sistema é Democrático, Autocrático, Republicano, Comunista, não se trata de discutir se a foda é boa ou não, trata-se sim, de procurar as causas que são responsáveis pela doença, os filhos degenerados. E filhos degenerados certamente não nascem de um encontro de amor. (Atenção, não se trata de amor romântico, entre um homem e uma mulher).

Então, a solução é o amor, chega de lutas entre o bem e o mal, o Amor não é bom nem mau, o amor é global e universal, É e todos os seres humanos têm dentro de si potencial para amar. É inato. Como aquele rebelde que empunhava uma metralhadora e traficava cocaína que conheci no morro do papagaio. A sua maldade era a máscara que usava para combater o medo, para sobreviver, tornou-se vilão, um bandido, como forma de luta contra a injustiça da qual era vítima. Mas por detrás daquela máscara havia muito mais e vi-lhe amor nos olhos.

Precisamos de mais “trabalhadores” amorosos para contagiar os pessimistas e medrosos com o seu exemplo (pensamentos, sentimentos e acção) para a revolução que já começou, porque sinto-a e participo dela. E o efeito multiplicador acelera.

O que posso mais dizer? Dizer que não percam a esperança, não se deixem derrotar, que façam um pouco cada dia, uma ou duas boas acções, que tenham pensamentos bonitos, que partilhem, para que a vibração do amor penetre lentamente, suavemente, nos corações dos homens. Sei que lá chegaremos. Mesmo que não seja nesta minha curta vida.

Se só consumimos más notícias, se reclamamos do trânsito, dos políticos, se criamos pensamentos com cenários tétricos, essa vibração contagia. O nosso coração fica corroído pela dor, revolta, raiva e agonia.

Como diz o ditado, “longe dos olhos, longe do coração. Mudemos de foco. Aqueles mais conscientes que se sentem incomodados terão de pensar: o que posso fazer hoje para contribuir para um mundo mais equilibrado? Fico à espera do Messias, ou de um herói tipo Obama para me resolver o problema? Iludo-me que o meu direito de voto, numa falsa democracia, vai permitir escolher um líder menos mau. Assim será mais difícil lá chegar.

Então, enquanto continuarem as coisas assim, desequilibradas, o incómodo continuará, mas de certo não será tanto maior se cada dia fizermos algo que nos faça sentir bem a partilhar o amor para uma sociedade mais saudável. A realmente contribuir. Quanto mais não seja, para não deixar que se suceda a auto-destruição.

Estou a dar o meu melhor para vibrar nas ondas do amor, vejo pessoas a fazerem o mesmo numa escala cada vez maior, como a proliferação da meditação, do sexo tântrico, do yoga, das organizações de defesa dos todos os direitos, humanos, animais, culturais, ecológicos. Vejo jornalistas cansados de guerra a divulgarem boas notícias, jovens lindas ricas a dormirem no chão para ensinar órfãos do outro lado do mundo, cidadãos a separar o lixo, lojas com produtos de comércio justo, design social, o fim da comercialização do marfim, a fusão de vários conhecimentos, os esforços para acabar com as armas nucleares e muito mais. O micro reflectir-se-á no macro, mais cedo ou mais tarde. É a lei da causa e efeito.

Dirão os débeis e os medrosos - isso é um sonho utópico. E pergunto, quantas utopias tornaram-se realidade?

Lá chegaremos. Junta-te a nós.

Sem comentários: