13 junho 2011

Sobre a utilidade do Mal

À partida podem dizer que o Mal não tem sentido de ser, nem razão para existir, perante um Deus do Bem. Muitos põem em causa a existência de Deus porque não lhes parece justo que, sendo nosso pai e bondoso, nos abandone nas garras do Mal.

Mas aqui é que jaz a questão, grande parte dos humanos ainda não percebeu o que anda aqui a fazer e quem é afinal o tal Deus. Para piorar, as religiões, principalmente a Católica que é a que melhor conheço, criaram crenças limitadoras. A Católica criou uma entidade que nasceu de um golpe político com vista ao poder, onde os Deuses foram fundidos num Deus que se afigura a uma entidade quase humana mas com poderes sobrenaturais. Essa é a crença católica, um pai forte que nos protege. Alegórico. Não admira que muitos ponham em causa e existência de Deus.

Este Deus poderia ter qualquer nome e tem, consoante as culturas, mas para mim não interessa o nome que lhe dão, para mim basta saber que ele É. E como ele é? É tudo, é eu e tu, é a composição química física e energética que eternamente se mistura, cria, recria, descobre, destrói, mistura, cria, recria, infinitamente. De onde viemos e para onde vamos? O que isso interessa? Onde estamos é a oportunidade de viver de onde viemos e para onde vamos. O aqui, o ser aqui é a expressão do corpo divino em manifestação. Somos parte deste universo sem tempo, sem fim, e com leis muito simples como a causa e efeito, a criação e destruição.

Ah, seu eu conseguisse explicar o que sinto…

Mas e o Mal? Ora o mal é a alegoria necessária à evolução da história da humanidade. A história da consciencialização. Pegando no pensamento Darwinista, o ser humano é uma manifestação sempre em adaptação, recriação, descoberta. O ser humano não é um produto acabado, é uma criação em mutação que só através do Mal tem a oportunidade de evoluir para a vivência da suprema consciência do Bem.

Um buraco negro tem consciência? Ou uma estrela? Têm uma composição químico física específica e a energia que anima tudo o que existe, mas não têm consciência da sua existência. Como somos abençoados… ah se soubessem como somos abençoados… Sermos filhos deste pai sem limites, sem verdades eternas, sem tempo. Um pai que nos dá todos os recursos e oportunidades para viver na consciência da essência de ser parte deste magnânimo “plano” em constante criação e descoberta.

08 junho 2011

Praticar a tolerância

“It requires less character to discover the faults of others than it does to tolerate them.”
J. Petit Senn

06 junho 2011

Sobre a utilidade da crítica

A crítica só é útil se o seu objectivo for o melhoramento. Uma sociedade acrítica nunca teria a oportunidade de melhorar as suas práticas (técnicas e morais).
Agora, a crítica dos egos, essa sim, é completamente inútil.  Mas para mal dos pecados é o "estilo" de crítica que prevalece nas sociedades humanas. Esta crítica é o mote para a destruição, manipulação e atrofiamento de uma das mais belas capacidades humanas - a busca da perfeição (a excelência).

02 junho 2011

Crise existencial

Socorro!!!
Tirem-me deste filme!
Salvem Portugal!
Estamos no lodo total!
O que é que eu faço com o meu voto?
Passos Coelho é bem intencionado, mas a minha intuição diz que não está à altura.
sócrates está totalmente fora de questão.
Portas, só com uma porta no nariz.
Bloco, vão bloquear.
Outros, com boa vontade, mas coitados…
Abstinência, só por força maior.
Socorro!!!
Tirem-me deste filme!
Salvem Portugal!

São gostos!

Há alturas em que se chega ao fim do dia tão cansado que nada mais se consegue fazer senão cair no sofá e ligar a tv. Após um breve zapping, apanhei a Bo Dereck em pleno acto sexual. Não foi o acto em si que me chamou a atenção, foram os planos próximos dos seus pêlos púbicos. Mas depois do êxtase dos personagens o filme tornou-se básico demais e mudei de canal. Começava outro sobre uma estrela de rock. Fixe! Sexo, drogas e rock’roll, parece comédia, bom filme para não pensar. É claro que ao longo do filme perguntava-me porque ainda o continuava a assistir, mas fui-me deixando ficar. Até que aparece uma cena (como disse, muito sexo e drogas) em que um dos personagens vai fazer carícias numa parede de pêlos e comenta algo do género: - as vaginas eram assim nos anos 70, que saudade!

Resultado, acabei de ver o filme e fui para a cama a pensar na questão dos pêlos púbicos. Esta reflexão não é de agora, tenho verificado que no século XXI é prática comum, ou moda, ou sei lá o quê, tirar todos os pêlos púbicos (e não só). Muitos alegam ser mais higiénico (facto totalmente refutado por especialistas); nessa lógica de pensamento, porque não rapar também os cabelos? Imaginem as mulheres carecas, ficariam todas lindas como a Sinead O’Connor?

Não deixa de ser opinião pessoal, e embora sendo boas e fontes de grande prazer, acho as vaginas estranhas enquanto carecas. Então o tal bigode de Hitler, só o nome tira-me logo o tesão.

Mas há gostos para tudo e ainda bem, senão seria a ditadura das vaginas carecas e ficariam desgraçados aqueles que apreciam a floresta amazónica, o matagal, o bosque encantado, a cortina da gruta, o serrado, a tundra, a mata atlântica, o pinhal, o musgo, a relva, a seara… como que perdidos no deserto.