A minha filha de 8 anos perguntou-me o que era o Natal.
-como assim? Perguntei eu.
-sim, porque existe o Natal. Quem inventou o Natal, o Pai Natal ou Jesus? – perguntou com firmeza.
Há altura para todas as coisas, e julgava que estava na altura de lhe dizer que o que permanece no tempo é o espírito de Natal e que as origens são uma mistura de realidade e imaginação.
Depois desta explicação, talvez vaga, não rogada, pergunta:
- Mas a turma do 4º ano está a fazer um trabalho sobre isto. Quem inventou o Natal, Jesus ou o Pai Natal?
Respondi:
- Meu amorzinho, antes de Jesus nascer, as pessoas comemoravam o Solstício de Inverno no dia 25 de Dezembro para pedir à natureza que abençoasse as sementes que tinham sido plantadas para que tivessem boas colheitas no Verão. Chamavam-se as festas pagãs. Depois de Jesus nascer, a Igreja Católica transformou as festas pagãs em festas Cristãs e o dia 25 de Dezembro passou a ser Natal, o dia para lembrar o nascimento de Jesus. Em relação ao Pai Natal, não se sabe muito bem se existiu e como era, mas reza a lenda que era um senhor muito querido, que vivia perto do pólo Norte, fazia brinquedos e dava às crianças nesta altura, como o Saint Nicklaus da Bélgica. O capitalismo veio e aproveitou a ideia do Pai Natal para manter o espírito de Natal, que é de partilhar, por isso é que agora dá-se muitas prendas, e também por isso existem muitos Pais Natais para que as crianças de todo o mundo fiquem felizes e para que os adultos nunca se esqueçam do espírito de Natal.
E ela remata:
- Então foi o espírito do amor que fez o Natal.
Minha filha querida, do meu coração…
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