29 setembro 2012

Lágrimas de ouro


Há diferentes tipos de mulheres. Aquelas que são materialmente dependentes e de alma aprisionada, a grande maioria, as materialmente independentes mas com uma alma dependente, em grande quantidade nas sociedades ditas modernas, as materialmente dependentes mas com alma independente, em minoria, e as materialmente independentes com alma independente, que são as mais raras.

Será que as últimas sofrem também como as outras todas?

23 setembro 2012

Natureza humana ou índole de um povo?

Irritou-me profundamente quando, na maior manifestação popular da história de Portugal, vi um jovem vestido de presidiário, aquele às riscas com boné e tudo, com correntes e algemas e a cara do nosso actual Primeiro Ministro. Não deveriam ser os outros presos? Aqueles que geriram mal o país, e que também obtiveram vantagens económicas no exercício dos seus cargos políticos? O que é que o actual Primeiro Ministro tem a ver com isso? O homem não é um mágico, muito menos um Deus capaz de realizar milagres e transformar Portugal em 7 dias.

O povo português tem memória curta e vive iludido. Talvez pela ignorância ou pelo total desprezo pela vida política e económica, portanto, mal informado e não esclarecido. Dêem-lhe pão e circo!

Mas pior que a memória curta é ficarem com os olhitos arregalados pelo brilho do ouro. Será herança da velha memória do colonialismo?  Mas “nem tudo que brilha é ouro” e “as aparências enganam” e já não há colónias, e o povo ofuscado pelo brilho dos carros prateados, deixou-se iludir pelas manhas do falso progresso. Assim foi ele a rejubilar com os mestres da lábia, os tais falsos profetas.

Porque se fosses agerrido e determinado como o touro ou como um galo, símbolo da tua nação, mesmo vaidoso e barulhento, lutarias até à morte por um ideal, o da causa nacional - a conquista da democracia e de maior justiça social. 

Mas não és... e por isso é que tens tido os governos que mereces e agora estás na falência, consequência da perda de dignidade!

Vidas


A tua vida não é melhor ou pior que a minha, é apenas diferente.

20 setembro 2012

Pontes sobre muros

Quando se fica focado nas falhas nunca se vive a perfeição, porque a perfeição é fruto da imaginação e as falhas são o concreto.
E o que é a vida, senão ilusão com um cenário de pedra?

19 setembro 2012

Sobre a vitimização

Errar é humano. Mas responsabilizar os outros pelos nossos erros é desumano.

11 setembro 2012

Coisas da vida!

Viver é tão bom
Porque te amo
Viver doi
Tanta injustiça...
Viver cansa
Quantos sacrifícios...
Viver vale a pena
Que admirável natureza!
Adoro viver!
Quero morrer!

08 setembro 2012

Sobre a cegueira


Quem pode aferir se é banal ou extraordinário? Quem pode legitimar o trágico em detrimento do mágico? Quem és tu para atribuir o absurdo? Quem sou eu para validar o sagrado?

Estamos perdidos, perdidos de desgosto, quando queremos ver com olhos de ver. 

07 setembro 2012

Êxodo Lusitano

Durante anos quis abandonar o meu país, nunca o vi como um país suficientemente bom para mim, tirando a comida, o vinho e a natureza, um país sem futuro. Mas quando desisti de tentar ir embora, veio a crise (a mais profunda, porque crise sempre a houve), e vejo aqueles que mais amo, um a um, a abandonar o país.
Não quero dizer que seja mau aquele que abandona, o que é mau são as razões que os levam a abandonar. Mau também para quem fica, que fica ainda pior, porque se já não há desenvolvimento económico, nem intelectual, começa a deixar de haver desenvolvimento afectivo, a única razão que me impediu de partir.