27 abril 2012

Vamos brincar?

O outro não é mais que um trampolim que amplia o salto e me faz rir.

Porque se eu não tivesse pernas, nem um espírito brincalhão de nada me valeria o tal trampolim.

O retorno


Nasci num seio familiar fora do normal. Tive uma infância e adolescência a viver experiências fora do normal. Mas no fim da adolescência, a idade das certezas, decidi que iria ser normal. Empreendi uma cruzada para me encaixar, para ajustar as ideias e o discurso ao socialmente aceite. Fiz tudo o que eles também faziam. Estudei, entrei no mercado de trabalho, constituí família e tornei-me num cidadão próspero, exemplar e normal. Acontece que esta não é a minha natureza. Sou um louco alegre e não um cordeiro bem integrado no sistema, ou seja lá o que isto de viver em sociedade for. O bom da maturidade é ter a coragem de assumir o que se é com serenidade. E o que sou? Sou loucura, alegria e liberdade. E mais nada, mas mesmo nada, vai voltar a conseguir afastar-me me mim.

25 abril 2012

A verdadeira revolução!



Sempre ouvi dizer que a vida começava aos 40 e foi com grande entusiasmo que comemorei o quadragésimo aniversário e empreendi uma peregrinação para que, simbolicamente, se desse início à nova vida. Acontece que nada parecia mudar, até que, inusitadamente, ao comemorar os 41 anos se deu algo quase mágico que confirmou o que sempre ouvi dizer. Por incrível que pareça nunca me senti tão bem fisicamente como agora. Emocionalmente e psicologicamente sinto que alcancei um ponto de maturidade que me traz tranquilidade e autoconfiança e ao mesmo tempo mantendo a jovialidade necessária para continuar a sonhar. Até a determinação que foi uma das minhas características mais marcantes e que muitas vezes levava-me aos limites das minhas capacidades, transformou-se em capacidade para relativizar e, principalmente, perceber que de nada vale essa determinação quando algo não depende de mim. O mundo doente em que vivo já não me atormenta ao ponto de provocar tristeza profunda e desassossego, deixei de carregar às costas as dores da humanidade. Quando olho para o passado, sinto que fiz quase tudo o que o meu coração pediu e por isso experimento a realização e a gratidão. Olhando para o futuro, sinto confiança e aceitação de tudo o que a vida me quiser oferecer. No presente, vivo um misto de alegria e paz.

Resumindo, nunca me senti tão bem na minha vida!

23 abril 2012

Ser desajustado é saudável

“Não é sinal de saúde estar bem ajustado a uma sociedade profundamente doente.”
J. Krishnamurti

17 abril 2012

Não sei se percebi, Chaplin

“Atender a quem te chama é belo. Lutar por quem te rejeita é quase chegar à perfeição.”
 Charles Chaplin

16 abril 2012

Democracia, a utopia!

"Uma sociedade só é democrática quando:
- ninguém for tão rico que possa comprar alguém;
- ninguém for tão pobre que tenha de se vender a alguém."

Jean-Jacques Rousseau

Nada mudou desde Platão!

"O preço que tens a pagar pela tua não participação na política é seres governado por quem é inferior."

Platão

Perdoai-os, que eles não sabem o que fazem!

"Os homens fazem a História, mas não sabem a História que fazem."

Carl Marx

14 abril 2012

Lago

"Num único beijo, saberás tudo aquilo que tenho calado."

Pablo Neruda

11 abril 2012

O maior veneno dos venenos

O maior veneno inventado pela raça humana é o preconceito. O preconceito dá origem à intolerância, à arrogância, à crendice e à injustiça.

É o veneno mais amargo que já provei e todos os dias, mas todos os dias, esforço-me para não o voltar a beber, embora não consiga evitar que me inunde até ao pescoço porque vivemos num oceano com águas contaminadas pelo veneno do preconceito.

Que flagelo…

07 abril 2012

Em nome do progresso

Trocaram as quotas da pesca para construírem estradas e o povo, todo contente, foi comprar carros para ir passear, em vez de as utilizar como vias para o desenvolvimento! Sim, houve desenvolvimento, dos restaurantes e ofertas de lazer, seguros e concessionárias de automóveis, imposto automóvel, gasolineiras, agências funerárias, vestuário e estética (não cai bem ir passear mal vestido e com as unhas por fazer).

O país não é só feito de políticos, é feito também pelo povo. E a maioria dita as tendências.
E que ricas tendências!
A superficialidade grotesca e o completo desinteresse pelas fundações que sustentam uma casa, neste caso, que suportam o país.

Faz lembrar a estória dos 3 Porquinhos!

Não admira que nos chamem de “Pigs”.

“Mais vale tarde que nunca”

“Portugal tem 2 milhões de hectares de terra completamente ao abandono”- Green Savers.

Há mais de 20 anos que falo das terras abandonadas do território português e da necessidade em criar oportunidades de desenvolvimento rural, evidência negligenciada pela classe responsável por decidir os desígnios do país.

Mas poucos têm a capacidade de ver além, de forma a prevenir males maiores, só passando a ver quando as dificuldades lhes vêm bater à porta. Aí acordam, e obviamente são obrigados a agir.

Bendita crise!

06 abril 2012

Pata de elefante

Só é legítimo pôr a “pata em cima” de alguém, quando esse assim o desejar.

De outra forma, seria tirania.

05 abril 2012

Esforços e diligências em vão


Qual não foi a surpresa da razão e do bom senso quando lhes apareceu à frente a emoção sorridente. Mas afinal, como é possível depois de a terem enterrado viva?
A emoção contou que foi salva pelo coveiro, o cupido e o Santo António. O cupido explicou à emoção atordoada com tal improvável resgate que, por mais insensato que um amor possa parecer, é algo que não pode ser morto e que este só morre quando o ser que o sente morrer também. A capacidade de amar é algo inato nos seres humanos e o que morre é apenas a vontade de partilhar esse amor com determinado ser, para passar a partilha-lo com outro.
Há aqueles que vivem o seu amor através de muitas partilhas, há também aqueles que vivem o seu amor apenas com uma só.
- A razão nunca poderá compreender, nem o bom senso controlar a tua natureza e aventuras, disse o cupido à emoção. A razão e o bom senso têm outras finalidades e habilidades, sendo lógico e sensato não insistirem em imiscuir-se nos assuntos amorosos.