02 junho 2011

São gostos!

Há alturas em que se chega ao fim do dia tão cansado que nada mais se consegue fazer senão cair no sofá e ligar a tv. Após um breve zapping, apanhei a Bo Dereck em pleno acto sexual. Não foi o acto em si que me chamou a atenção, foram os planos próximos dos seus pêlos púbicos. Mas depois do êxtase dos personagens o filme tornou-se básico demais e mudei de canal. Começava outro sobre uma estrela de rock. Fixe! Sexo, drogas e rock’roll, parece comédia, bom filme para não pensar. É claro que ao longo do filme perguntava-me porque ainda o continuava a assistir, mas fui-me deixando ficar. Até que aparece uma cena (como disse, muito sexo e drogas) em que um dos personagens vai fazer carícias numa parede de pêlos e comenta algo do género: - as vaginas eram assim nos anos 70, que saudade!

Resultado, acabei de ver o filme e fui para a cama a pensar na questão dos pêlos púbicos. Esta reflexão não é de agora, tenho verificado que no século XXI é prática comum, ou moda, ou sei lá o quê, tirar todos os pêlos púbicos (e não só). Muitos alegam ser mais higiénico (facto totalmente refutado por especialistas); nessa lógica de pensamento, porque não rapar também os cabelos? Imaginem as mulheres carecas, ficariam todas lindas como a Sinead O’Connor?

Não deixa de ser opinião pessoal, e embora sendo boas e fontes de grande prazer, acho as vaginas estranhas enquanto carecas. Então o tal bigode de Hitler, só o nome tira-me logo o tesão.

Mas há gostos para tudo e ainda bem, senão seria a ditadura das vaginas carecas e ficariam desgraçados aqueles que apreciam a floresta amazónica, o matagal, o bosque encantado, a cortina da gruta, o serrado, a tundra, a mata atlântica, o pinhal, o musgo, a relva, a seara… como que perdidos no deserto.

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