Finalmente posso dizer, de coração pleno, que me amo.
Pelas qualidades, por aceitar os meus defeitos, mas principalmente, por ter adquirido a capacidade de perdoar-me pelos meus erros.
31 dezembro 2009
30 dezembro 2009
Belo Timing Jeff
Gosto muito de música, talvez por ter nascido numa família de músicos, talvez por natureza. A música é para mim a banda sonora da minha vida. Já imaginaram um filme sem banda sonora? Imaginem então, uma vida sem música.
Assim como nos filmes, há músicas que condizem com o estado de espírito, ou a história do filme. E acabou de me acontecer algo que considero extraordinário.
No Natal de 2006 o meu primo ofereceu-me um cd do Jeff Buckley. Temos uma sintonia musical e muitos gostos em comum. Ele trazia-me sempre as novidades de Londres. Desta vez uma novidade antiga, música dos anos 90, a minha década de eleição, de um músico que não conhecia, que morreu jovem e que só agora, na década de 2000, eram lançados os seus trabalhos.
Fiquei um ano com o mesmo cd no carro, e cada nota, cada letra, cada acorde, há anos que não me apaixonava assim… o engraçado é que não vi um teledisco, ou capa de cd, ou artigo ou foto do Jeff Buckley até o Natal de 2007, quando ouvi uma das suas interpretações de uma música de Leonard Cohen – “Hallelujah” ( uma das poucas músicas que não gosto muito). Deu-se o momento em que o músico se personifica.
Durante 2008 continuei a ouvir o tal cd e no Natal de 2009, começo a fazer pesquisas no Youtube e encontro novas músicas. E uma que “condiz”, era mesmo a música que traduz o que sinto neste momento.
Haverá uma razão para isto? De ir á procura de Jeff Buckley em 2009? Neste preciso momento da minha vida? Porque se a tivesse ouvido antes, a tal música, não faria o sentido que faz agora. Neste momento em que aparece e parece que é feita para mim, estado de ser deste momento.
Isto é que é um perfeito timing!
Assim como nos filmes, há músicas que condizem com o estado de espírito, ou a história do filme. E acabou de me acontecer algo que considero extraordinário.
No Natal de 2006 o meu primo ofereceu-me um cd do Jeff Buckley. Temos uma sintonia musical e muitos gostos em comum. Ele trazia-me sempre as novidades de Londres. Desta vez uma novidade antiga, música dos anos 90, a minha década de eleição, de um músico que não conhecia, que morreu jovem e que só agora, na década de 2000, eram lançados os seus trabalhos.
Fiquei um ano com o mesmo cd no carro, e cada nota, cada letra, cada acorde, há anos que não me apaixonava assim… o engraçado é que não vi um teledisco, ou capa de cd, ou artigo ou foto do Jeff Buckley até o Natal de 2007, quando ouvi uma das suas interpretações de uma música de Leonard Cohen – “Hallelujah” ( uma das poucas músicas que não gosto muito). Deu-se o momento em que o músico se personifica.
Durante 2008 continuei a ouvir o tal cd e no Natal de 2009, começo a fazer pesquisas no Youtube e encontro novas músicas. E uma que “condiz”, era mesmo a música que traduz o que sinto neste momento.
Haverá uma razão para isto? De ir á procura de Jeff Buckley em 2009? Neste preciso momento da minha vida? Porque se a tivesse ouvido antes, a tal música, não faria o sentido que faz agora. Neste momento em que aparece e parece que é feita para mim, estado de ser deste momento.
Isto é que é um perfeito timing!
29 dezembro 2009
Meu querido diário
Para que serve um diário?
Para muitas coisas, claro! Diário de bordo, de viagens, de virgens, de pessoas que não têm nada melhor para fazer, diário de frustrados que gostariam de ser escritores, de viúvas desesperadas, de adolescentes escondidas de Hitler…
Tantos usos e abusos.
Mas servem para quê? Um instrumento de reencontro com o eu num presente que será memória, num presente que estará presente no futuro? Um fio de história...
Será uma fuga para o interior, a fuga do relacionamento com o outro, o nosso inferno?.
Porque há esta necessidade de registar o que se passa na nossa vida, na viagem e bagagem?
A sério?!? É o Ego em acto de masturbação?
A masturbação até que não é má, mas falta sempre qualquer coisa.
Para muitas coisas, claro! Diário de bordo, de viagens, de virgens, de pessoas que não têm nada melhor para fazer, diário de frustrados que gostariam de ser escritores, de viúvas desesperadas, de adolescentes escondidas de Hitler…
Tantos usos e abusos.
Mas servem para quê? Um instrumento de reencontro com o eu num presente que será memória, num presente que estará presente no futuro? Um fio de história...
Será uma fuga para o interior, a fuga do relacionamento com o outro, o nosso inferno?.
Porque há esta necessidade de registar o que se passa na nossa vida, na viagem e bagagem?
A sério?!? É o Ego em acto de masturbação?
A masturbação até que não é má, mas falta sempre qualquer coisa.
27 dezembro 2009
"Isolation"
"Be clear every day, every evening
It calls here aloud from above
Carefully watched for a reason
Mistaking devotion and love
Surrendered to self-preservation
From others who care for themselves
But life as it touches perfection
Appears just like anything else
Isolation
Mother, I tried, please believe me
I'm doing the best that I can
I'm ashamed of the things
I've been put through
I'm ashamed of the person I am
Isolation
But if you could just see the beauty
These things I could never describe
Pleasures and wayward distraction
Is this my wonderful prize?
Isolation"
Joy Division
It calls here aloud from above
Carefully watched for a reason
Mistaking devotion and love
Surrendered to self-preservation
From others who care for themselves
But life as it touches perfection
Appears just like anything else
Isolation
Mother, I tried, please believe me
I'm doing the best that I can
I'm ashamed of the things
I've been put through
I'm ashamed of the person I am
Isolation
But if you could just see the beauty
These things I could never describe
Pleasures and wayward distraction
Is this my wonderful prize?
Isolation"
Joy Division
19 dezembro 2009
Aviso
Este blog, na sua generalidade, tem pouco interesse.
Não vai muito além de um exercício de reflexão do eu para mim.
Por isso, pense bem antes de investir o seu precioso tempo a lê-lo.
Não vai muito além de um exercício de reflexão do eu para mim.
Por isso, pense bem antes de investir o seu precioso tempo a lê-lo.
“Nothing else matters”
Já me importei com o facto de não me levarem a sério. Agora o que quero, é exactamente o contrário.
“Vamos à janela, felizes a cantar”
Gosto do Natal, é uma altura em que as pessoas fazem um esforço por serem melhores seres humanos e preocupam-se em agradar. Uma altura de reunião familiar. Mesmo que seja por um ou dois dias. Deveria haver mais Natais. E de preferência Natais em que dar e receber não se centrasse no consumismo obrigatório imposto pelo capitalismo da ganância. Que haja pelo menos 1 dia em que as pessoas possam praticar a bondade, o amor, a celebração. Que haja um dia para aqueles que desejem ter a oportunidade de serem virtuosos, pelo menos um dia para abandonar a hipocrisia, a mentira, a inveja, o medo e a crueldade normalmente praticada durante o resto do ano. Um dia para a rendenção, para aliviar o peso que sentem, que embora não queiram admitir que o sentem. Sim, tirem as máscaras pelos menos um dia, que seja Natal.
Natal de paz e de esperança.
24 Dezembro 1996
É Natal! Sinto um alvoroço de alegria. Tenho vontade de sair pelas ruas a desejar Boas Festas a toda a gente. Seria muito bom se as pessoas conseguissem estar mais felizes para transmitir amor ao próximo, criando assim, uma corrente de aliança na busca da felicidade.
O dia está nublado, ventoso, chuvoso, lindo! Porque estou feliz e tudo está lindo! A beleza do mundo está ao nosso alcance. A Felicidade são os olhos para as coisas belas que nos rodeiam!…
…já é noite, noite de Natal, a lua está cheia, estiou.
Natal de paz e de esperança.
24 Dezembro 1996
É Natal! Sinto um alvoroço de alegria. Tenho vontade de sair pelas ruas a desejar Boas Festas a toda a gente. Seria muito bom se as pessoas conseguissem estar mais felizes para transmitir amor ao próximo, criando assim, uma corrente de aliança na busca da felicidade.
O dia está nublado, ventoso, chuvoso, lindo! Porque estou feliz e tudo está lindo! A beleza do mundo está ao nosso alcance. A Felicidade são os olhos para as coisas belas que nos rodeiam!…
…já é noite, noite de Natal, a lua está cheia, estiou.
14 dezembro 2009
O concerto ou a amiga?
Como é costume nesta época natalícia, as avenida e praças de Lisboa estávam decoradas com milhares de luzinhas e o frio húmido penetrava nos poros da minha pele, enquanto fazia a caminhada desde a meio da Av. da Liberdade , passando pelos Restauradores, Rossio, Chiado até ao Teatro S. Luís.
Ía ter com o meu pai, o artista com 62, e a minha avó, a mãe do artista com 90 anos, depois do concerto do S. Luís acabar, á meia-noite. Grandas Malucos! E com que artistas estávam o meu pai e a minha avó? Para quem não conheçe, são uma banda de culto aqui das redondezas da “horta” alfacinha, que de verde até tem pouco. Esta banda, com cerca de 20 anos é o ex-líbris das palavras feias e do deboche pitoresco, típico de ondas de cabaré jocoso. Mas desta vez mais estilizado, com uma teatralização soberba e num teatro a sério. E acima de tudo, com um elenco de grandes artistas.
Mas perdi o concerto, memorável segundo o público que lá esteve. É que entretanto, tive um apelo de uma amiga; sentia-se só e triste e fui ter com ela. A minha avó estava tão entusiasmada com o sucesso do seu filho que não conseguia perceber ? - porque perderam o concerto? Dizias á tua amiga para vir também! E seria a melhor proposta, sem dúvida, mas a minha amiga tem uma filha de 14 meses e ninguém para tomar conta dela naquela noite.
O que fariam, se tivessem no meu lugar? Não me interessa o que fariam. Eu fiquei com a minha amiga, sem pestanejar. Principalmente quando são eles, os amigos, a pedir o nosso carinho. Se os amamos, não os vamos abandonar, não é?
Amanhã haverá mais concertos...e quiçá, no próximo ela terá alguém a tomar conta da bebé linda e estará comigo, mais feliz?
Ía ter com o meu pai, o artista com 62, e a minha avó, a mãe do artista com 90 anos, depois do concerto do S. Luís acabar, á meia-noite. Grandas Malucos! E com que artistas estávam o meu pai e a minha avó? Para quem não conheçe, são uma banda de culto aqui das redondezas da “horta” alfacinha, que de verde até tem pouco. Esta banda, com cerca de 20 anos é o ex-líbris das palavras feias e do deboche pitoresco, típico de ondas de cabaré jocoso. Mas desta vez mais estilizado, com uma teatralização soberba e num teatro a sério. E acima de tudo, com um elenco de grandes artistas.
Mas perdi o concerto, memorável segundo o público que lá esteve. É que entretanto, tive um apelo de uma amiga; sentia-se só e triste e fui ter com ela. A minha avó estava tão entusiasmada com o sucesso do seu filho que não conseguia perceber ? - porque perderam o concerto? Dizias á tua amiga para vir também! E seria a melhor proposta, sem dúvida, mas a minha amiga tem uma filha de 14 meses e ninguém para tomar conta dela naquela noite.
O que fariam, se tivessem no meu lugar? Não me interessa o que fariam. Eu fiquei com a minha amiga, sem pestanejar. Principalmente quando são eles, os amigos, a pedir o nosso carinho. Se os amamos, não os vamos abandonar, não é?
Amanhã haverá mais concertos...e quiçá, no próximo ela terá alguém a tomar conta da bebé linda e estará comigo, mais feliz?
Até que a morte nos separe
Os amigos, os que são realmente amigos, são aqueles que conseguem ser mais verdadeiros connosco. Melhor que os pais e os filhos. Esses espelhos de nós pertencem á dimensão do amor incondicional. Os espelhos dos amantes é dúbio, pode ser como uma faca de dois gumes. Ora espelhos de verdade sensatos, ora deturpados pela loucura da paixão. Não me alongo mais com esta dos espelhos, o que queria dizer é que dou valor ao que os meus amigos dizem acerca de mim. Pelos menos penso sobre o que me tentam dizer.
Há uns tempos atrás uma amiga de longa data, disse-me com ar grave:
- Perdeste a tua criança!
Era um espelho de verdade assustadoramente verdadeiro, tinha mesmo perdido a minha criança. Desde então procuro reencontra-la. São já 3 anos de busca. Não há muito tempo parece que a vi, mas perdi-lhe o rastro.
O mundo exige e insiste que cresça e que me torne num adulto sério.
Quero ter rugas bem vincadas e continuar a surpreender-me com o por-do-sol, quero estar com artroses e ir às silvas saborear amoras, que fiquem presas as graínhas na dentadura, e recordar os momentos de quando era criança e as apanhava com as mãos e os braços riscados. Quero enterrar os mais velhos e ter quase um ataque cardíaco de alegria pelo nascimento de um neto.
Não, não quero ser adulto sério, muito importante e chato.
Criança, vem cá meu amor, vamos brincar, não me deixes, não te vás, vem ficar aqui comigo, até partirmos para a próxima viagem.
Há uns tempos atrás uma amiga de longa data, disse-me com ar grave:
- Perdeste a tua criança!
Era um espelho de verdade assustadoramente verdadeiro, tinha mesmo perdido a minha criança. Desde então procuro reencontra-la. São já 3 anos de busca. Não há muito tempo parece que a vi, mas perdi-lhe o rastro.
O mundo exige e insiste que cresça e que me torne num adulto sério.
Quero ter rugas bem vincadas e continuar a surpreender-me com o por-do-sol, quero estar com artroses e ir às silvas saborear amoras, que fiquem presas as graínhas na dentadura, e recordar os momentos de quando era criança e as apanhava com as mãos e os braços riscados. Quero enterrar os mais velhos e ter quase um ataque cardíaco de alegria pelo nascimento de um neto.
Não, não quero ser adulto sério, muito importante e chato.
Criança, vem cá meu amor, vamos brincar, não me deixes, não te vás, vem ficar aqui comigo, até partirmos para a próxima viagem.
03 novembro 2009
As nossas almas risonhas e lindas!
Sei o que se passa contigo, conheço a tua alma, embora pouco conheça da tua vida. Não sei o que fazes, mas sinto o que sentes. Se mentes, é a ti, não a mim. Se queres fazer da mentira a tua verdade, quem sou eu para te impedir.
O sol nasce todos os dias, e se realmente existe destino, ele trará o momento em que as nossas almas se reencontrarão.
Pensamentos
Sobre Timing
Costumo conseguir o que quero, mas algumas vezes quando alcanço o que queria, já não quero.
Será o timing a sorte? Como é que ainda não tinha pensado nisto? Sorte é acontecer algo que queremos no momento certo, certo? Então isso é timing! Será esse timing sinónimo de destino? Por mais que queiramos controlar as nossas escolhas, existe uma dimensão que não depende de nós, pois se tudo dependesse de nós, as coisas aconteciam conforme queríamos, na altura em que queríamos. E isso, nem sempre acontece, é preciso ter sorte.
Sobre a felicidade
Ser feliz é sorrir na dor e chorar de alegria, é aceitar a vida composta por noite e dia e todas as estações. Pobres daqueles que julgam que ser feliz é ter os seus caprichos realizados. Que vida medíocre seria se tudo fosse fácil, sem esforço. E quando teríamos a oportunidade de conhecer os nossos limites, os nossos potenciais, de dar valor ao que é bom, senão tivéssemos que passar por situações de tensão, ruptura, perda, medo e dor? A ilusão dos comuns mortais é achar que ser feliz é não ter problemas, é não viver situações que causam dor. Relacionam a felicidade com os estados eufóricos, de alegria, de prazer e fogem da dor, das dificuldades, dos desafios que metem medo, é a ilusão da vida pela metade. Depois andam por aí com a sensação de insatisfação. Ser feliz é a capacidade de viver a vida como pacote completo, só assim se vive plenamente.
Existe uma diferença entre ser feliz e estar feliz. Ser feliz é algo intrínseco, mesmo que se vivam tempos de agonia e tristeza. Estar feliz é um momento que está dependente de um estímulo externo.
Um dia estava a olhar um quadro pendurado numa casa de campo algures no planeta. Tinha dois cálices e entre eles uma pomba cheia de raios de luz. O dono da casa captou o meu interesse pela imagem e perguntou: - sabes o que significa? Respondi que não. - É uma metáfora. Um cálice tem um líquido amargo, o outro, um líquido doce. Só aqueles que provam os dois estão aptos para conhecer a luz. E quem conhece a luz é feliz.
Sobre os sonhos
Não tenho um sonho, tenho vários, que ao longo da vida vão nascendo e sendo realizados. Quando realizo um sonho, começo a sonhar novamente, e assim sucessivamente. A mestria deste processo é sonhar pequenos sonhos que se completam e desaguam num sonho maior. O sonho é o motor da minha vida, sem sonhos seria um ser sem graça nenhuma, sem eira nem beira. Sem o sonho a vida passaria por passar. Até o universo sonha com a perfeição…
De que me serve ser realista se a realidade que nos impingem é tão surreal? E quem me prova que a realidade não é um sonho e o meu sonho é que é real?
A realidade nem sempre é aquela que pensamos ser. Aliás nunca o é, é apenas fruto da nossa percepção. Depois entra a imaginação para apimentar, e logo a tendência para envolver os conceitos preconcebidos, e a realidade muda de forma e passa a ser outra coisa daquilo que ela realmente é. Então a realidade não existe, ou se existe, não sabemos como ela é. É pá, isto soa-me a Platão! Estão a ver? Eu aqui a divagar sobre a realidade e estava a dar uma interpretação Platónica á coisa. São os tais conceitos preconcebidos que estão entranhados nas nossas memórias sem darmos por isso. Mas o certo, é que a realidade continua a ser uma desconhecida para todos nós. Cada um vive a sua. E também há as realidades colectivas. As seitas. E cada pedaço de realidade da evolução das civilizações humanas, faz com que se construam castelos de areia de uma realidade que não é real. Em tempos correntes, os estudiosos descobriram mais dimensões paralelas á nossa dita realidade. Uoouuu! Isto é hilariante! Tão pequena que é a nossa vista sobre “a realidade”, tão triste o nosso espelho de verdade. Ainda há tanto para desvendar. Será que um dia, os seres da terra, vão alguma vez conhecer a verdadeira realidade? Se é que ela realmente existe. …Acreditem, a vida é um sonho.
Sobre o amor
A experiência diz-me que em matéria de amor não existe lugar para a razão. O amor faz parte do mistério. É algo que existe desvinculado do ser racional. A minha experiência não é muita, mas é suficiente para saber que sobre o amor nada se sabe. Ele acontece sem podermos escolher e perceber com as limitadas fórmulas do raciocínio. E acontece como um milagre. Sem planeamento, acontece somente, quando menos se espera. E às vezes em momentos em que não estamos preparados para o viver. Outras vezes, tudo parece que vai bem e chega a razão soberba e estraga tudo com a sua pequenez. E depois chega o medo, o melhor amigo da razão. E lá vai o amor para as urtigas.
Costumo conseguir o que quero, mas algumas vezes quando alcanço o que queria, já não quero.
Será o timing a sorte? Como é que ainda não tinha pensado nisto? Sorte é acontecer algo que queremos no momento certo, certo? Então isso é timing! Será esse timing sinónimo de destino? Por mais que queiramos controlar as nossas escolhas, existe uma dimensão que não depende de nós, pois se tudo dependesse de nós, as coisas aconteciam conforme queríamos, na altura em que queríamos. E isso, nem sempre acontece, é preciso ter sorte.
Sobre a felicidade
Ser feliz é sorrir na dor e chorar de alegria, é aceitar a vida composta por noite e dia e todas as estações. Pobres daqueles que julgam que ser feliz é ter os seus caprichos realizados. Que vida medíocre seria se tudo fosse fácil, sem esforço. E quando teríamos a oportunidade de conhecer os nossos limites, os nossos potenciais, de dar valor ao que é bom, senão tivéssemos que passar por situações de tensão, ruptura, perda, medo e dor? A ilusão dos comuns mortais é achar que ser feliz é não ter problemas, é não viver situações que causam dor. Relacionam a felicidade com os estados eufóricos, de alegria, de prazer e fogem da dor, das dificuldades, dos desafios que metem medo, é a ilusão da vida pela metade. Depois andam por aí com a sensação de insatisfação. Ser feliz é a capacidade de viver a vida como pacote completo, só assim se vive plenamente.
Existe uma diferença entre ser feliz e estar feliz. Ser feliz é algo intrínseco, mesmo que se vivam tempos de agonia e tristeza. Estar feliz é um momento que está dependente de um estímulo externo.
Um dia estava a olhar um quadro pendurado numa casa de campo algures no planeta. Tinha dois cálices e entre eles uma pomba cheia de raios de luz. O dono da casa captou o meu interesse pela imagem e perguntou: - sabes o que significa? Respondi que não. - É uma metáfora. Um cálice tem um líquido amargo, o outro, um líquido doce. Só aqueles que provam os dois estão aptos para conhecer a luz. E quem conhece a luz é feliz.
Sobre os sonhos
Não tenho um sonho, tenho vários, que ao longo da vida vão nascendo e sendo realizados. Quando realizo um sonho, começo a sonhar novamente, e assim sucessivamente. A mestria deste processo é sonhar pequenos sonhos que se completam e desaguam num sonho maior. O sonho é o motor da minha vida, sem sonhos seria um ser sem graça nenhuma, sem eira nem beira. Sem o sonho a vida passaria por passar. Até o universo sonha com a perfeição…
De que me serve ser realista se a realidade que nos impingem é tão surreal? E quem me prova que a realidade não é um sonho e o meu sonho é que é real?
A realidade nem sempre é aquela que pensamos ser. Aliás nunca o é, é apenas fruto da nossa percepção. Depois entra a imaginação para apimentar, e logo a tendência para envolver os conceitos preconcebidos, e a realidade muda de forma e passa a ser outra coisa daquilo que ela realmente é. Então a realidade não existe, ou se existe, não sabemos como ela é. É pá, isto soa-me a Platão! Estão a ver? Eu aqui a divagar sobre a realidade e estava a dar uma interpretação Platónica á coisa. São os tais conceitos preconcebidos que estão entranhados nas nossas memórias sem darmos por isso. Mas o certo, é que a realidade continua a ser uma desconhecida para todos nós. Cada um vive a sua. E também há as realidades colectivas. As seitas. E cada pedaço de realidade da evolução das civilizações humanas, faz com que se construam castelos de areia de uma realidade que não é real. Em tempos correntes, os estudiosos descobriram mais dimensões paralelas á nossa dita realidade. Uoouuu! Isto é hilariante! Tão pequena que é a nossa vista sobre “a realidade”, tão triste o nosso espelho de verdade. Ainda há tanto para desvendar. Será que um dia, os seres da terra, vão alguma vez conhecer a verdadeira realidade? Se é que ela realmente existe. …Acreditem, a vida é um sonho.
Sobre o amor
A experiência diz-me que em matéria de amor não existe lugar para a razão. O amor faz parte do mistério. É algo que existe desvinculado do ser racional. A minha experiência não é muita, mas é suficiente para saber que sobre o amor nada se sabe. Ele acontece sem podermos escolher e perceber com as limitadas fórmulas do raciocínio. E acontece como um milagre. Sem planeamento, acontece somente, quando menos se espera. E às vezes em momentos em que não estamos preparados para o viver. Outras vezes, tudo parece que vai bem e chega a razão soberba e estraga tudo com a sua pequenez. E depois chega o medo, o melhor amigo da razão. E lá vai o amor para as urtigas.
27 outubro 2009
Pecado é lhe deixar de molho
"Falados os segredos calam
E as ondas devoram léguas
Vou lhe botar num altar
Na certeza de não apressar o mundo
Não vou divulgar
Só do meu coração para o seu
Pecado é lhe deixar de molho
E isso lhe deixa louco
Não, eu não vou me zangar
Eu não vou lhe xingar
Lhe mandar embora
Eu vou me curvar
Ao tamanho desse amor
Só o amor sabe os seus
Não, eu não vou me vingar
Se você fez questão
De vagar o mundo
Não vou descuidar
Vou lembrar como é bom
E ao amor me render"
Tribalistas
E as ondas devoram léguas
Vou lhe botar num altar
Na certeza de não apressar o mundo
Não vou divulgar
Só do meu coração para o seu
Pecado é lhe deixar de molho
E isso lhe deixa louco
Não, eu não vou me zangar
Eu não vou lhe xingar
Lhe mandar embora
Eu vou me curvar
Ao tamanho desse amor
Só o amor sabe os seus
Não, eu não vou me vingar
Se você fez questão
De vagar o mundo
Não vou descuidar
Vou lembrar como é bom
E ao amor me render"
Tribalistas
Dasaiko Ikeda
"Os nossos esforços pelo diálogo, para que possam verdadeiramente ser descritos como diálogo, devem ser levados até ao fim. Recusar um diálogo pacífico e escolher a força é fazer uma concessão e ceder à fraqueza humana; é admitir a derrota do espírito humano. Sócrates encoraja os seus jovens discípulos a treinarem e a fortalecerem-se espiritualmente, a manterem a esperança e o auto-domínio, e a avançarem corajosamente, escolhendo a virtude em vez da riqueza material, a verdade em vez da fama."
"A tendência do ser humano é a de tentar escapar-se aos desafios e procurar um ambiente de conforto e paz. Mas a felicidade não se encontra noutro lugar – ela encontra-se dentro de nós. Uma forma de viver genuína consiste em transformar o local onde estamos agora num paraíso supremo."
26 outubro 2009
A menina dança mais um Tango?
Tenho uma amiga que costuma dançar o tango fora do tempo. Tem por hábito apaixonar-se em timings errados. Porque a vida, neste caso amorosa, só é bem sucedida quando as acções conjuntas de dois seres apaixonados estão em harmonia com o universo e tudo corre a seu tempo, dentro do seu tempo. Mas parece que não é o caso aqui com a minha amiga de infância.
Aos 12 anos uns amigos dos seus pais foram passar férias na sua casa durante 2 meses. Ele tinha quinze anos e era atleta. Os primeiros beijos por longas tardes de verão, debaixo dos lençóis, na serra da Velha ao vento ou no tanque da milhariça. Ele quis ser o primeiro, mas ela fugiu para outro país.
Ligou-se novamente aos 17, por um alto e belo jovem de que nem sabia o nome. Amor platónico. Quando soube o seu nome, passou a enviar-lhe poemas de Alberto Caeiro. O Clubinho estava cheio no sábado à noite e os seus olhos cruzavam-se e ela sentia que ele gostava dela. Mas ele tinha uma namorada e elas conheceram-se. Quando ele quis estar com ela, já era tarde, tinha escolhido a namorada. Continuam grandes amigas.
Aos 18 foi aquele guitarrista, também muito alto com longos cabelos negros e olhos verdes. Quando a viu no Cabaré Mineiro, lugar de boa música, os seus olhos soltaram faísca. Conversou com ela. Um ano depois, numa noite quente de verão estavam todos na esplanada do tal mítico lugar. Os seus olhares cruzaram-se novamente e só os separaram o oceano Atlântico. Pois é, ela tinha sonhos e teve mesmo que mudar de país para os poder realizar.
Novos costumes e climas, mas o carrossel continua a rodar. Estava só e não conhecia ninguém, quando apareceu um rapaz com cara de mau e olhos doces num citroen dois cavalos vermelho. Tinha 22 anos e ainda não tinha experimentado sexo daquele calibre. Mas ele olhava-a com faíscas e ela não o quis magoar e fugiu.
Caiu despercebidamente nos braços do estudante de artes de trabalhar as madeiras, com caracóis, aqueles caracóis onde gostava de mergulhar os seus dedos, a contemplar o rio pelos miradouros de Alfama. Tornaram-se tão amigos que já não podiam ser amantes. Foram 6 anos belos, quase perfeitos, não fosse ela ter conhecido pelo meio, um inglês de olhos azuis que gostava de Iggy Pop. Foi nessa altura que ela me disse que tinha encontrado o seu primeiro amor, com 26 anos. Pois, mas o namorado não a podia deixar ir, e para piorar o cenário, o inglês tinha uma noiva na Turquia, um hábito estranho e foi trabalhar para a Tailândia. Ela esteve à morte, ficámos deveras preocupados com os seus 45 kg.
Mas lá se recuperou e aos 29, deixou-se embalar pelo som do técnico de som, um gajo 5 estrelas, o sexy boy com quem, pela primeira vez, teve o tal sexo mágico de que só ouvira falar. Era mesmo uma química, dizia ela. E quis ser sua namorada, mas ele… não se sabia o que queria.
Reencontrou o atleta que passou a campeão em subir montes e escarpas. Numa escalada na serra de Sintra desejou-a de tal forma que ela teve que fugir.
Aos 30, chegou um Flamengo com sardas e voz de trovão, amante da acção e do dia. Foi quase um rapto. Deixou-se ficar. Ele fazia-a rir e ela deu-lhe a perspectiva de um projecto de vida. Trabalhavam juntos e levavam uma vida interessante.
Visitando o país onde o guitarrista ficou, reencontram-se e ele disse que ainda a amava. Choque brutal para ela, triste para ele. Impossível voltar.
Até que um dia ela engravida, pretexto para o Flamengo a pedir em casamento. Ela não queria. Já era a 3ª vez que dizia não a um pedido de casamento. Francamente, já tinha 33 anos. Acabou por casar… não quis admitir que estava insegura naquele passo e investiu no projecto de família. Dois anos depois engravidou outra vez.
Numa noite, grávida linda e luminosa, reencontra por acaso, aquele com cara de mau e olhos doces. Os olhos dele soltaram faíscas e ela fingiu que não tinha percebido. Nessa mesma noite, reencontra o técnico de som e ele também tinha faíscas nos seus olhos. Que noite!
As coisas no seu casamento começaram a correr mal. Num dia frio de Janeiro, com os olhos turvos de lágrimas, decidiu que se ia divorciar. Critiquei-a quando não aproveitou um flirt do marido para justificar o seu intento. Mas ela achava que isso era um golpe baixo e falta de solidariedade para com alguém que estava a passar uma crise emocional e financeira.
E o carrossel começa a acelerar. Ela reconheceu o sentimento de amor, aquele que só havia sentido uma vez pelo Inglês. Desta vez, por um jovem político e escritor promissor, - Lindo e com os melhores beijos do mundo e arredores, dizia ela com um sorriso de teenager – confesso que pensei – Está fudida! Para sorte dela, o jovem não estava na mesma onda e com muita relutância lá vai ela “matando” aquele sentimento.
O tal com cara de mau e olhar doce tem vindo aproximar-se, até que um dia confessou amá-la de verdade. Tanto amor desperdiçado…
Como se não bastasse, ironia do destino, ela reencontra o Inglês. A princípio não se apercebeu, mas depois de desabafar como estava difícil acabar com o seu casamento é que se deu conta; convidou-a, e aos seus filhos, a ir viver com ele em Inglaterra. Esta descoberta de que ele a tinha amado e que quer estar com ela novamente, foi como uma bomba! Há muito que não a via tão transtornada. Confesso que até eu estou estupefacto e confuso com estes acontecimentos.
Isto já não é um carrossel, é uma montanha russa! Ela acaba de fazer os 39 anos, uma década de reencontros com ex. que ainda a amam, um marido que não a deixa ir e um amor não correspondido.
Que cena! Uma vida de encontros desencontrados. Esta rapariga dá-me que pensar.
O que explica todos estes retornados do passado? Será que ela não tem o seu amor porque tem que pagar pelo amor desperdiçado? A lei do retorno costuma funcionar assim. Será? Ela é responsável pelos seus sentimentos e acções. Mas será responsável pelos sentimentos dos outros que sentem e não sentem por ela? Será ela responsável pelos timings dos encontros ou existe uma cruel fatalidade do destino? Poderá ela controlar os timings? Para mim permanece um mistério.
Mas mesmo depois destes tornados de emoções ricas e dolorosas, ela continua a acreditar que valeu/vale a pena passar por tudo isto e diz que para a próxima vai correr tudo bem. Admiro a sua esperança. A sua coragem. Tão ingénua! Tão doce e tão bruta. Tão complexa e instável ao mesmo tempo simples e segura. Ora submissa, ora independente. Tão mal-humorada ao acordar e sorridente ao longo do dia. Tão genuína e trapalhona com as palavras. Não é uma beleza, mas é bela e apetecível aos olhos daqueles que a amam. Vive intensamente cada momento, cada sentimento, seja de alegria ou de dor. Tem uma capacidade extraordinária para recuperar das desgraças e dissabores e, cómico, leva-as na bagagem como experiências enriquecedoras. É a rainha da resiliência. Tem fama de sonhadora, é-o de uma forma inexplicavelmente impecável, de uma vontade inabalável para ultrapassar o medíocre, o corriqueiro e o socialmente aceitável e sem receio de continuar a arriscar até encontrar o seu amor.
É natural que aceite mais uma dança.
Adoro-te amiga, estou contigo.
Aos 12 anos uns amigos dos seus pais foram passar férias na sua casa durante 2 meses. Ele tinha quinze anos e era atleta. Os primeiros beijos por longas tardes de verão, debaixo dos lençóis, na serra da Velha ao vento ou no tanque da milhariça. Ele quis ser o primeiro, mas ela fugiu para outro país.
Ligou-se novamente aos 17, por um alto e belo jovem de que nem sabia o nome. Amor platónico. Quando soube o seu nome, passou a enviar-lhe poemas de Alberto Caeiro. O Clubinho estava cheio no sábado à noite e os seus olhos cruzavam-se e ela sentia que ele gostava dela. Mas ele tinha uma namorada e elas conheceram-se. Quando ele quis estar com ela, já era tarde, tinha escolhido a namorada. Continuam grandes amigas.
Aos 18 foi aquele guitarrista, também muito alto com longos cabelos negros e olhos verdes. Quando a viu no Cabaré Mineiro, lugar de boa música, os seus olhos soltaram faísca. Conversou com ela. Um ano depois, numa noite quente de verão estavam todos na esplanada do tal mítico lugar. Os seus olhares cruzaram-se novamente e só os separaram o oceano Atlântico. Pois é, ela tinha sonhos e teve mesmo que mudar de país para os poder realizar.
Novos costumes e climas, mas o carrossel continua a rodar. Estava só e não conhecia ninguém, quando apareceu um rapaz com cara de mau e olhos doces num citroen dois cavalos vermelho. Tinha 22 anos e ainda não tinha experimentado sexo daquele calibre. Mas ele olhava-a com faíscas e ela não o quis magoar e fugiu.
Caiu despercebidamente nos braços do estudante de artes de trabalhar as madeiras, com caracóis, aqueles caracóis onde gostava de mergulhar os seus dedos, a contemplar o rio pelos miradouros de Alfama. Tornaram-se tão amigos que já não podiam ser amantes. Foram 6 anos belos, quase perfeitos, não fosse ela ter conhecido pelo meio, um inglês de olhos azuis que gostava de Iggy Pop. Foi nessa altura que ela me disse que tinha encontrado o seu primeiro amor, com 26 anos. Pois, mas o namorado não a podia deixar ir, e para piorar o cenário, o inglês tinha uma noiva na Turquia, um hábito estranho e foi trabalhar para a Tailândia. Ela esteve à morte, ficámos deveras preocupados com os seus 45 kg.
Mas lá se recuperou e aos 29, deixou-se embalar pelo som do técnico de som, um gajo 5 estrelas, o sexy boy com quem, pela primeira vez, teve o tal sexo mágico de que só ouvira falar. Era mesmo uma química, dizia ela. E quis ser sua namorada, mas ele… não se sabia o que queria.
Reencontrou o atleta que passou a campeão em subir montes e escarpas. Numa escalada na serra de Sintra desejou-a de tal forma que ela teve que fugir.
Aos 30, chegou um Flamengo com sardas e voz de trovão, amante da acção e do dia. Foi quase um rapto. Deixou-se ficar. Ele fazia-a rir e ela deu-lhe a perspectiva de um projecto de vida. Trabalhavam juntos e levavam uma vida interessante.
Visitando o país onde o guitarrista ficou, reencontram-se e ele disse que ainda a amava. Choque brutal para ela, triste para ele. Impossível voltar.
Até que um dia ela engravida, pretexto para o Flamengo a pedir em casamento. Ela não queria. Já era a 3ª vez que dizia não a um pedido de casamento. Francamente, já tinha 33 anos. Acabou por casar… não quis admitir que estava insegura naquele passo e investiu no projecto de família. Dois anos depois engravidou outra vez.
Numa noite, grávida linda e luminosa, reencontra por acaso, aquele com cara de mau e olhos doces. Os olhos dele soltaram faíscas e ela fingiu que não tinha percebido. Nessa mesma noite, reencontra o técnico de som e ele também tinha faíscas nos seus olhos. Que noite!
As coisas no seu casamento começaram a correr mal. Num dia frio de Janeiro, com os olhos turvos de lágrimas, decidiu que se ia divorciar. Critiquei-a quando não aproveitou um flirt do marido para justificar o seu intento. Mas ela achava que isso era um golpe baixo e falta de solidariedade para com alguém que estava a passar uma crise emocional e financeira.
E o carrossel começa a acelerar. Ela reconheceu o sentimento de amor, aquele que só havia sentido uma vez pelo Inglês. Desta vez, por um jovem político e escritor promissor, - Lindo e com os melhores beijos do mundo e arredores, dizia ela com um sorriso de teenager – confesso que pensei – Está fudida! Para sorte dela, o jovem não estava na mesma onda e com muita relutância lá vai ela “matando” aquele sentimento.
O tal com cara de mau e olhar doce tem vindo aproximar-se, até que um dia confessou amá-la de verdade. Tanto amor desperdiçado…
Como se não bastasse, ironia do destino, ela reencontra o Inglês. A princípio não se apercebeu, mas depois de desabafar como estava difícil acabar com o seu casamento é que se deu conta; convidou-a, e aos seus filhos, a ir viver com ele em Inglaterra. Esta descoberta de que ele a tinha amado e que quer estar com ela novamente, foi como uma bomba! Há muito que não a via tão transtornada. Confesso que até eu estou estupefacto e confuso com estes acontecimentos.
Isto já não é um carrossel, é uma montanha russa! Ela acaba de fazer os 39 anos, uma década de reencontros com ex. que ainda a amam, um marido que não a deixa ir e um amor não correspondido.
Que cena! Uma vida de encontros desencontrados. Esta rapariga dá-me que pensar.
O que explica todos estes retornados do passado? Será que ela não tem o seu amor porque tem que pagar pelo amor desperdiçado? A lei do retorno costuma funcionar assim. Será? Ela é responsável pelos seus sentimentos e acções. Mas será responsável pelos sentimentos dos outros que sentem e não sentem por ela? Será ela responsável pelos timings dos encontros ou existe uma cruel fatalidade do destino? Poderá ela controlar os timings? Para mim permanece um mistério.
Mas mesmo depois destes tornados de emoções ricas e dolorosas, ela continua a acreditar que valeu/vale a pena passar por tudo isto e diz que para a próxima vai correr tudo bem. Admiro a sua esperança. A sua coragem. Tão ingénua! Tão doce e tão bruta. Tão complexa e instável ao mesmo tempo simples e segura. Ora submissa, ora independente. Tão mal-humorada ao acordar e sorridente ao longo do dia. Tão genuína e trapalhona com as palavras. Não é uma beleza, mas é bela e apetecível aos olhos daqueles que a amam. Vive intensamente cada momento, cada sentimento, seja de alegria ou de dor. Tem uma capacidade extraordinária para recuperar das desgraças e dissabores e, cómico, leva-as na bagagem como experiências enriquecedoras. É a rainha da resiliência. Tem fama de sonhadora, é-o de uma forma inexplicavelmente impecável, de uma vontade inabalável para ultrapassar o medíocre, o corriqueiro e o socialmente aceitável e sem receio de continuar a arriscar até encontrar o seu amor.
É natural que aceite mais uma dança.
Adoro-te amiga, estou contigo.
21 outubro 2009
Água do rio Bengo
Acabei de chegar de Angola e volto diferente, algo mágico aconteceu, a minha razão não consegue explicar, mas há qualquer coisa no ar de Angola, ou de África, que me chama, uma chama dentro de mim.
O país dos brandos costumes já pouco me diz, tenho vontade de fugir desta mediocridade, onde permitem que condenados continuem a governar. Para corruptos, já bastam os dos países subdesenvolvidos, mas pelo menos lá não vivem com o discurso demagogo da democracia, da justiça e da verdade, como o fazem aqui na Europa “desenvolvida”.
Por cá, têm o descaramento de dizer que os pretos são atrasados. Nós, os espertos dos brancos, andámos séculos a saquear os tesouros de África e o que deixámos? Uma herança de ganância e de corrupção. Se os brancos são tão superiores, porque fazem o mesmo que os pretos fazem?
Lá em África há corrupção, mas também há uma missão, um objectivo, uma necessidade. E há tanto para fazer, ao contrário daqui…
Cá, terra dos sorrisos amarelos e corações com medo, lá, terra de sorrisos brancos e corações a transbordar de esperança.
Não sei o que dizer, o que pensar, só sinto que quero voltar…bebi a água do rio Bengo.
30 setembro 2009
Tás aqui e não ali.
Afinal estive sempre em paz e não me tinha dado conta, esteve dentro de mim o tempo todo. Descobri que tenho paz interior, estou em harmonia com o universo e em sintonia com o milagre da vida. Agora percebo porque sou tão feliz. Agora compreendo porque tudo me parece tão claro. É algo intrínseco. O tormento que sinto é mundano, nada tem a ver com a minha essência espiritual. A paz que procuro para além de mim é a paz que não vejo à minha volta, é a paz que quero partilhar, como um acto solidário, como um acto de amor. O meu desassossego não é meu, é a empatia com o próximo que não tem a paz que eu tenho. E compadeço-me, sofro, quando vejo que à minha volta não há paz. A fome, a crueldade, a injustiça, a guerra, a corrupção, existem realmente. Continuaria egoistamente em paz com o meu umbigo enquanto mais de meio mundo sofre? Para viver em paz não é necessário fechar-me numa redoma, ou tornar-me monge, viver plenamente envolve o relacionamento com o mundo, o mundo da dor, dos desencontros, dos mal-entendidos, dos caminhos escuros. Como Pessoa diz: “É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma”. Partilhar a minha paz é efectivamente o meu desejo. O meu desafio é aprender a relacionar-me com as pessoas sem paz, sem superioridade, nem arrogância. A minha missão é levar-lhes a paz (ainda não descobri como, mas se continuar a seguir a estrela de certo descobrirei, enquanto isso, vou praticando).
Oh, estrela! Eu bem sentia que tinhas uma mensagem para mim. Sim, continuarei a seguir-te, tens muitas mais…
Oh, estrela! Eu bem sentia que tinhas uma mensagem para mim. Sim, continuarei a seguir-te, tens muitas mais…
27 setembro 2009
Viva o SpongeBob!
Uma menina de 6 anos, que por acaso é a minha linda filha, veio ter comigo com um grande sorriso e perguntou-me: - qual é o segredo do hambúrguer suculento?
Respondi: - não sei, qual?
- O Amor!
Caixinha de bálsamo.
Sofrer é mau, muito mau.
Mas sofrer por amor,
É o melhor de todos os sofrimentos.
Democracia, ilusão do povo!
Hoje foi um dia marcante, não por causa das eleições e do rumo político que possa daí advir, mas porque foi a primeira vez, em toda a minha vida de eleitor, que votei num partido de oposição ao meu partido. Traição? Não. É só para expressar o meu desagrado em relação ao líder actual do nosso país.
O meu voto vai fazer a diferença? Nem por isso, mas pelo menos fico com a tranquilidade de não compactuar com o que não concordo. Afinal, o meu voto em branco não demonstraria a minha indignação.
E assim se vai exercendo a democracia, granda tanga!
14 setembro 2009
"Os Poetas são mais altos que os homens" II
"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma .
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
FERNANDO PESSOA
02 setembro 2009
Integridade
"Os anos passam. Os tempos mudam. A única coisa que sobrevive e transcende este processo inevitável, aquilo que brilha mais claramente com cada nova era, é o registo de um grande espírito humano que suportou o insuportável e permaneceu verdadeiro para com as suas mais profundas convicções até ao fim."
Daisaku Ikeda
25 agosto 2009
Tecnolosfera – O Reverso
Às vezes penso que é estúpido continuar a levar avante este blog, suposta continuidade do meu diário que antes, era em formato de papel. Mas no papel não o partilhava e através de um blog passo a partilhá-lo. Aqui é que jaz a questão, porque no fundo não acho que os conteúdos deste diário possam ser interessantes para outras pessoas. Já desejei partilhá-lo com os meus amigos, mas coitados, não têm que gramar com os devaneios de um Romeiro. Para isso, sentamo-nos a conversar.
Depois entram os grupos, ok, estamos a sociabilizar, mas há tanta futilidade que, sinceramente, tenho vontade de apagar todos os meus perfis do Facebook, Orkut, h5, Link In, Ecademy e outros grupos.
Até eu caí na teia. E vicia, a blogosfera, os grupos, o youtube, na teia.
Mas em toda a teia vive uma aranha.
24 agosto 2009
“Depois da tempestade vem a bonança”
Por aqui ainda não há bonança,
O furacão acabou de passar,
Há destroços, amontoados de telhados desfeitos,
Os corações doridos
E a resignação.
A vida continua,
E temos que continuar,
E o que nos resta senão reconstruir?
O furacão acabou de passar,
Há destroços, amontoados de telhados desfeitos,
Os corações doridos
E a resignação.
A vida continua,
E temos que continuar,
E o que nos resta senão reconstruir?
Piedade é para os fracos
Ela é bela por dentro,
Cordeiro de sacrifício,
Vai leve para o altar,
Existe uma missão,
Depois de o sangue jorrar
Estarão todos abençoados
E ela será livre, finalmente.
Cordeiro de sacrifício,
Vai leve para o altar,
Existe uma missão,
Depois de o sangue jorrar
Estarão todos abençoados
E ela será livre, finalmente.
14 julho 2009
O que é que o trabalhor-estudante tem a ver com isto?
Nunca fui a um concerto sozinha, disse-me uma vez uma amiga. É claro que prefiro ir com companhia, mas nada me faria perder um concerto só por não ter companhia.
Há uns bons anos tive a etiqueta de trabalhor-estudante. A sociedade tem que organizar a sua população e dá nome às caixinhas, podia eu lá fugir ao sistema! Ganhava acima da média nacional, mas mesmo assim o dinheiro quase só dava para as contas. Isto para dizer que sobrava pouco dinheiro para os ditos “produto supérfluos”, porque a arte, em Portugal, é só para alguns.
Mas deixando a política social portuguesa. Lá juntei os escudos para o concerto dos Morphine, com os Body Count na primeira parte e um dia antes do concerto tinha o dinheiro para o bilhete. Pensava eu que o tinha. Afinal não, no último local onde sobravam 3 bilhetes, estava mais caro. -Sr, deixo-lhe aqui o meu BI que eu volto mais tarde. – Não reservamos bilhetes – disse o Sr absorto á importância que aquele bilhete poderia significar para alguém. Ainda por cima com uma fila de 4 ou 5 pessoas atrás. Vou ficar sem bilhete, pensei. Foi quando aquele que estava logo a seguir disse: - Quanto é que precisa?
Que admirável sentimento de gratidão senti naquele momento!... Não era um milagre, mas o sentimento foi como se tivesse sido. E aquela pessoa de certo ficou feliz por ter feito outro feliz.
A rua das Portas de Sto Antão da cidade de Lisboa estava cheia, iluminada e quente na noite do dia seguinte. As portas do coliseu abertas á celebração da música.
Ao cimo das escadas encontro o primo de um amigo que me apresenta àquele que era autor do acto de generosidade. Os mais cépticos podem dizer que foi coincidência, eu digo que foi lindo! E ainda a música não havia começado.
As luzes apagaram-se, o som começou a abrir. Rubro total com os Body Count!
Depois de arrebatados, entram os Morphine, “a cure for pain”, e envolvem-nos naquela mágica atmosfera, ao mesmo tempo intensa e anestesiante com fumos coloridos a condizer. Arrepios, lágrimas de sorrisos, emoção, amor…música.
Depois de 7 músicas de ancore saí do coliseu com a certeza que tinha acabado de passar por uma das melhores sequências de momentos especiais da minha vida.
A minha amiga gostou desta história quando lhe contei. Espero que no futuro não deixe de ir a um concerto, só porque não tem companhia. Não vá ela perder uma potencial oportunidade de viver momentos maravilhosos.
PS: a alusão ao trabalhador-estudante é só para suportar a opinião de que existe o lado positivo de não se ter dinheiro suficiente para fazer tudo o que queremos fazer.
09 julho 2009
Vamos plantar sementes de paz?
"Mahatma Gandhi disse, “O bem viaja ao passo de um caracol.” O movimento pela paz não pode alcançar as coisas de forma radical e de uma só vez. Muitas vezes, este só consegue avançar através de meios graduais e demorados. Esta forma gradual, contudo, não implica um compromisso negativo ou a mera passagem do tempo. Significa reformar verdadeiramente a nossa época plantando sementes de paz nas mentes individuais através do diálogo sincero e, desta forma, cultivando o consenso."
Ikeda
08 julho 2009
Ser Determinista
A minha avó tem 90 anos e é determinista. Ela é de opinião que tudo o que acontece tem que acontecer independentemente da nossa vontade. O nosso caminho já é traçado á nascença.
Por exemplo, conta ela que vivia em Paris e teve que vir para Portugal por causa da 2ª guerra mundial, França tinha sido invadida pelos alemães. E nestas circunstâncias, alheias á sua vontade, apaixonou-se por um português, última coisa a passar-lhe pela cabeça. Para além deste, conta outros factos que são explicados á luz da mesma teoria.
E teve, tem, uma vida que admiro, posso dizer, uma vida fantástica! E ela é linda!
Ao contrário dela, sou de opinião de que temos o poder de escolher um caminho. Uma combinação de determinismo soft, existem realmente vários caminhos meio pré-destinados, com a possibilidade de podermos escolher entre esses caminhos. Temos em nós o poder criativo.
Mas ser determinista, começa a parecer-me atraente do ponto de vista em que existe espaço para a aceitação. Aceitar sem resistência o que a vida traz, pode trazer a paz. Sim, se houver aceitação não há sofrimento. Aceitamos o devir e não sofremos com o desgosto e a frustração resultante das supostas más escolhas.
Apanhamos o barco e vamos a contemplar e a usufruir as coisas da vida.
25 junho 2009
O Livro do Chá
“Relatam os Taoístas que, no grande começo do Não-Começo, o Espírito e Matéria se encontraram em combate mortal. Por fim, o Imperador Amarelo, o Sol do Céu, triunfou sobre Shuhyung, o demónio da escuridão e da terra. O Titã, na sua agonia de morte, bateu com a cabeça contra a abóbada solar e despedaçou em fragmentos a cúpula azul de jade. As estrelas perderam os seus ninhos, a lua errou sem destino por entre os abismos agrestes da noite.
Desesperado, o Imperador Amarelo procurou por onde pôde pelo consertador dos céus. Não teve de procurar em vão. Do mar oriental ergueu-se uma rainha, a divina Niuka, de cornos coroada e cauda de dragão, resplandecente na sua armadura de fogo. Foi ela quem soldou o arco-íris de cinco cores no seu caldeirão mágico e reconstruí o céu chinês.
Mas também se conta que Niuka se esqueceu de preencher duas pequenas fendas no firmamento azul. Assim principiou o dualismo do amor – duas almas rolando pelo espaço e nunca em sossego até se unirem para completar o universo. Cada um tem de construir de novo o seu céu de esperança e de paz.”
Deliciosamente poético.
Mas isso era dantes…
Em tempos modernos (e o autor ainda nem sabia que iam rebentar duas guerras mundiais):
“O céu da humanidade moderna está de facto despedaçado na luta ciclópica pela riqueza e pelo poder. O mundo anda às cegas na sombra do egoísmo e da vulgaridade. O conhecimento compra-se com uma má consciência, a benevolência pratica-se por amor à utilidade. O Oriente e o Ocidente, como dois dragões lançados num mar fermentoso, esforçam-se em vão por voltar a merecer a jóia da vida. Precisamos novamente de uma Niuka que conserte a grandiosa devastação; aguardamos um Avatar.
Entretanto, tomemos um gole de chá. … Sonhemos com a evanescência, e demoremo-nos na bela tolice das coisas.”
O Livro do Chá
Kakuzo Okakura
(1906)
18 junho 2009
A semente
Uma semente fertilizada pelo ímpeto da paixão, cavalo de fogo.
Largada, acabou perdida nas folhas do Outono melancólico ao pôr-do-sol.
Depois chegou a geada de Inverno. Um Inverno chuvoso, nebuloso, nevoso e frio.
A semente aconchegou-se no ventre da mãe terra. A Primavera chegou, águas mil.
Transformou-se num rebento verde, tenro, vulnerável. Vento…muito vento…o fustigou.
Final de estação, a flor chega, linda! Sobreviveu á intempérie! Daqui a 3 dias é o solstício de Verão! O fruto chega verde.
Haja sol para o aquecer e torna-lo doce!
09 junho 2009
Idiot Prayer
They're taking me down, my friend
And as they usher me off to my end
Will I bid you adieu?
Or will I be seeing you soon?
If what they say around here is true
Then we'll meet again
Me and you
My time is at hand, my dove
They're gunna pass me to that house above
Is Heaven just for victims, dear?
Where only those in pain go?
Well it takes two to tango
We will meet again, my love I know
If you're in Heaven then you'll forgive me, dear
Because that's what they do up there
If you're in Hell, then what can I say
You probably deserved in anyway
I guess I'm gunna find out any day
For we'll meet again
And there'll be
Hell to pay
Your face comes to me from the depths, dear
Your silent mouth mouths, 'Yes", dear
Dark red and big with blood
They're gunna shut me down, my love
They're gunna launch me into the stars
Well, all things come to pass Glory hallelujah
This prayer is for you, my love
Sent on the wings of a dove
An idiot prayer of empty words
Love, dear, is strictly for the birds
We each get what we deserve
My little snow white dove
Rest assured
Nick cave
And as they usher me off to my end
Will I bid you adieu?
Or will I be seeing you soon?
If what they say around here is true
Then we'll meet again
Me and you
My time is at hand, my dove
They're gunna pass me to that house above
Is Heaven just for victims, dear?
Where only those in pain go?
Well it takes two to tango
We will meet again, my love I know
If you're in Heaven then you'll forgive me, dear
Because that's what they do up there
If you're in Hell, then what can I say
You probably deserved in anyway
I guess I'm gunna find out any day
For we'll meet again
And there'll be
Hell to pay
Your face comes to me from the depths, dear
Your silent mouth mouths, 'Yes", dear
Dark red and big with blood
They're gunna shut me down, my love
They're gunna launch me into the stars
Well, all things come to pass Glory hallelujah
This prayer is for you, my love
Sent on the wings of a dove
An idiot prayer of empty words
Love, dear, is strictly for the birds
We each get what we deserve
My little snow white dove
Rest assured
Nick cave
Encontrar na Simplicidade a Felicidade
"Uma pessoa superficial apenas terá relações superficiais. O verdadeiro amor não é uma pessoa agarrar-se a outra; este somente pode ser construído entre duas pessoas fortes, seguras da sua individualidade. Antoine de Saint- Exupery, autor de O Principezinho, escreveu num livro intitulado Vento, Areia e Estrelas: “O amor não é duas pessoas a olharem uma para a outra, mas sim duas pessoas a olharem juntas, em frente, na mesma direcção”.
"A vida é para todos uma batalha contra os sofrimentos do nascimento, da velhice, da doença e da morte. A felicidade não é a ausência de problemas ou preocupações; é, antes, não se ser derrotado, independentemente dos problemas ou preocupações que possamos confrontar. E esta felicidade não está focada apenas em nós próprios. Verdadeiramente felizes são aqueles que podem ajudar os outros a tornarem-se felizes."
Daisaku Ikeda
10 maio 2009
Impossível escolher um filme favorito
Estava a pensar o que responderia se me perguntassem qual o meu filme favorito?
- Um? podem ser dois ou três? Tenho uns eleitos. Filmes diferentes, realizados e vistos em épocas diferentes. O mais antigo que me lembro é o Planeta dos Macacos. Um filme de ficção científica dos finais dos anos 60 que assinalou a passagem da minha visão de criança para a advertência do potencial futuro da humanidade.
Outro que marcou a minha tenra juventude foi Os cavalos também se abatem, com a Jane Fonda. Um filme denso que retratava a época da grande depressão dos anos 30 nos EUA. Estávamos no século XX do calendário Ocidental.
Diversas vezes, com idades diferentes, vi o filme, ou pedaços dele, em que a Elizabeth Taylor e o Paul Newman contracenavam em Cat on a Hot Tin Roof e se me perguntarem sobre o argumento, ou até mesmo as personagens, de nada me recordo, só dos olhos azuis dos protagonistas. Marcou por isso.
Não deixei de me vidrar com a Faye Dunaway em Bonnie & Clyde. Chorei de todas as vezes que o vi. Brutal!
O único filme sobre a vida de Jesus que não me fez chorar, foi o musical ópera rock dos anos 70, Jesus Christ Superstar, sabia as músicas todas enquanto criança e em fase adulta “pescava” alusões irónicas sobre política.
Por falar em política e choro, um filme dos anos 2000 sobre um diplomata inglês no Quénia. O retrato de uma política constrangedora em O Fiel Jardineiro. Não é um dos eleitos, mas um que não passou despercebido.
Já que passei por África, e ainda no Quénia, não posso deixar de sinalizar o África Minha, com a Meryl Streep e o Robert Redford. A banda sonora, a fotografia, o elenco, a história de amor… maravilhosamente forte.
Agora que aponto os filmes eleitos da minha vida, dou-me conta que até agora, são filmes que não têm finais felizes, tirando o da “Gata em telhado de zinco quente” que não me lembro.
Mas há um filme dos eleitos, que tem um final feliz, é o Trainspotting de 1996, foi um dos poucos que vi no cinema logo que foi lançado. Esse filme coincidiu com a época em que me apaixonei pela primeira vez e, por ironia do destino, por alguém que tomava heroína. Fiquei sempre com a esperança que esse alguém tivesse tido o mesmo destino que o protagonista do filme teve.
Os filmes às vezes entrelaçam-se com os filmes das nossas vidas. Realidade e fantasia, o que é uma e a outra? Coincidências? Cenas e cenários. Sinais?
Um filme livre de categorias de final feliz ou menos feliz e completamente “out of the box” é o Pulp Fiction, talvez penda para o feliz pelo facto do realizador Tarantino ter feito renascer das cinzas o actor John Travolta, que bem merecia uma oportunidade para se livrar da sua imagem tenebrosamente pirosa e limitadora (não lhe tirando os dotes de dançarino). E continuando com o Travolta, gostei dum filme em que fazia de anjo, não me lembro do nome. Ocorre-me outro filme com um anjo, o Asas do Desejo de Win Wenders. Um bocado parado, o suficiente para nos pôr a pensar.
Adoro filmes de “suspense”, o “trincante” Shining (1980), com a actuação suprema de Jack Nicholson e o The Others (2001), embora a prestação da Nicole Kidman tenha ficado um pouco aquém da sua beleza.
Há filmes de acção também. O Snach – Pigs and Dimonds é um dos eleitos. Os de cowboys, há uns muita bons, gosto dum com o Clint Eastwood , não me recordo do nome, para variar.
O único filme que vi 3 vezes no cinema, foi o Delicatessen, um francês de 1991, não me perguntem porquê, mas é certo que gostei, fez-me rir. E é outro com final feliz.
Por falar em rir pus-me a pensar nos filmes que não me lembro bem dos nomes, mas que não posso deixar de mencionar, como os dos Monty Python, os memoráveis do Charlot.
Ena, tantos!!! É melhor parar por aqui…
05 maio 2009
"E depois do adeus"
Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.
Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder.
Tu viste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci.
E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor
Que aprendi.
De novo vieste em flor
Te desfolhei...
E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós.
Letra: José Niza
Interpretação: Paulo de Carvalho
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.
Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder.
Tu viste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci.
E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor
Que aprendi.
De novo vieste em flor
Te desfolhei...
E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós.
Letra: José Niza
Interpretação: Paulo de Carvalho
Tecnolosfera
Vivemos na época da Tecnologia de Informatização, conhecida pela era da comunicação.
O que apreendo no geral, é que todos podem falar, e há tanta coisa a dizer, e tanto lixo…os meios de comunicação são bons, as atitudes e objectivos daqueles que a usam, nem sempre os melhores.
Sites, blogs, revistas e jornais on-line, grupos… um mundo de todo o mundo e arredores.
Mas há o lado positivo! O lado positivo é a dádiva de um espaço onde se pode passar a mensagem, seja ela qual for. É a oportunidade para vários cidadãos do mundo se envolverem activamente na “luta” por um mundo melhor. É um instrumento que permite ter papel activo na promoção da Justiça Social, na defesa dos Direitos Humanos, dos Animais e do Planeta e na prática da Fraternidade entre os Povos.
Utilizo as vantagens da tecnologia para o fazer.
Só um lindo exemplo: http://immagazine.sapo.pt/aniversario/
Pelo menos temos voz, duas mãos e um coração!
24 abril 2009
Fase das perguntas
Todos nós passamos por fases. O Picasso teve várias fases. Natureza, escritores, músicos, pessoas comuns.
Estou agora a passar a fase da 2ª adolescência, um despertar para uma nova era pessoal e pelo que apreendi, são as fases em que fazemos mais perguntas. E tantas perguntas!!!
Porque as faço, se maior parte delas não tem resposta? Estarei eu a fazer as perguntas erradas? E quem diz que são erradas ou certas? E o que interessa que sejam certas ou erradas? O que interessa é não deixar de questionar, porque ao deixar de questionar sobre as coisas… não sei o que acontece, nunca experimentei.
Será que encontraremos a paz quando deixarmos de ter necessidade de fazer perguntas?
Encontros virtuais
Seria reconfortante se os enamorados, aqueles que não podem usufruir da companhia física um do outro, pudessem saber que estabelecem encontros “virtuais”.
Será que a nossa mente consegue encontrar-se com outra mente quando se está longe do corpo?
Há mães que sentem que os seus filhos estão em perigo, mesmo estando a um continente de distância.
Quando se está a pensar em alguém e ela telefona? Acontece com frequência.
Será que os enamorados conseguem sentir-se um ao outro?
Já vi em filmes que sim, ou será só um filme da minha imaginação?
22 abril 2009
Citação/poema que adoro!
"NÃO SOU NADA.
NUNCA SEREI NADA.
NÃO POSSO QUERER SER NADA.
À PARTE ISSO, TENHO EM MIM TODOS OS SONHOS DO MUNDO."
Álvaro de Campos
19 abril 2009
“Control”
Ontem á noite estive a ver um filme sobre a vida de Ian Curtis, dos Joy Division.
O filme tava fixe, mas não pude deixar de me identificar com alguns aspectos da vida do Ian Curtis e sentir como ele, um peso…
A vida parece complicada, como um arruaceiro que pixa paredes, uma digressão de desencontros e um existir que pesa, pesa tanto a dor como a felicidade, ambos sentimentos densos…
Sentir demais é demais? Pensar demais é demais? Querer demais é demais? Será demais ou é á minha medida? Á medida de cada um…cada um sabe da sua. Será?
No final das contas pergunto-me, será a vida aquela que queremos ter? Ou temos que passar pelas experiências que temos que passar? Será assim tão determinista? E o livre arbítrio? Estará ele ao serviço do nosso querer, querer esse, que nos leva a ter a vida que temos. Sim, porque as nossas escolhas e falta delas é que gizam a nossa vivência.
Controle, o que controlamos? Autocontrole? Descontrole?
Deixando de divagações, “Control” o filme.
13 abril 2009
Eu é que sou o louco
De que me vale a honestidade, se o mundo é dos corruptos?
De que me vale a esperança, se a morte me sorri?
De que me vale a fé, se mataram o divino?
De que me vale o amor, se é o medo que comanda os corações?
Caminho pelo vale da morte com os pés a sangrar e as pernas cheias de varizes.
Que existência paradoxal, viver num belo lugar povoado por seres com tripas cheias de merda e os miolos entupidos de presunções absurdas…
Tantas questões sem resposta, tantas razões para me juntar ao rebanho dos moribundos, e no entanto, continuo nesta romaria a seguir a estrela.
De que me vale a esperança, se a morte me sorri?
De que me vale a fé, se mataram o divino?
De que me vale o amor, se é o medo que comanda os corações?
Caminho pelo vale da morte com os pés a sangrar e as pernas cheias de varizes.
Que existência paradoxal, viver num belo lugar povoado por seres com tripas cheias de merda e os miolos entupidos de presunções absurdas…
Tantas questões sem resposta, tantas razões para me juntar ao rebanho dos moribundos, e no entanto, continuo nesta romaria a seguir a estrela.
10 abril 2009
Desisti
É fácil perseguir sonhos, gosto particularmente daqueles que á partida parecem ser impossíveis, porque para mim, o sonho é o combustível que me dá pujança, é aliciante, é estimulante, é adrenalizante, e sim, tenho um objectivo, um desafio, oportunidades para aprender, superar e surpreender-me, explorar novos trilhos, e a vida faz sentido… e é bela.
Desistir… parece ser fácil, mas para quem está habituado a perseguir os seus sonhos é a decisão mais árdua de se tomar, mesmo quando o bom senso indica que é a coisa certa, mesmo quando há provas irrefutáveis de que não vale a pena seguir em frente.
Um bom sonhador é aquele que também sabe desistir, que tem a coragem para desistir…assim me parece…assim quero que seja.
Desisti ….
Desisti de regar uma semente…
Desisti deste sonho…
Músicas para guardar no baú
Banda sonora do sonho abandonado
Tonigth
"You're an impossible dream
So when I go to bed
That's all I'm doing I'm just sleeping
Cocktails in the ESP
Think about you to think about me I wonder --
I wanna see you tonight I wanna see you, I wanna see you,
I wanna see you smiling back at me in the starlight
Shining on the streets downtown
I was looking for you
Looking for me, again God,
I wanna taste your mouth
Back you are up against the wall behind a subway station
I wanna see your smile I wanna see, I wanna see, I wanna see you tonight
Meet me on the corner -- 44th and Broadway
Did it rain, oh, God You could be happy in love
You can be happy in love with me
That's is you want to for just a little while
No promises no guarantees tonight
Meet me in the hall
Meet me in the hallI'm terrorizing so
You bet' Cause I wanna see you tonight I wanna see, I wanna see, I wanna see you tonight
Meet me on the corner -- 44th and Broadway
Did it rain, God You could be happy in love
You could be happy in love with me Forever, forever, forever"
Ryan Adams
Into my arms
“I don’t believe in an interventionist god
But I know, darling, that you do
But if I did I would kneel down and ask him
Not to intervene when it came to you
Not to touch a hair on your head
To leave you as you are
And if he felt he had to direct you
Then direct you into my arms Into my arms, o lord Into my arms, o lord
Into my arms, o lord Into my arms
And I don’t believe in the existence of angels
But looking at you I wonder if that’s true
But if I did I would summon them together
And ask them to watch over you
To each burn a candle for you
To make bright and clear your path
And to walk, like Christ, in grace and love
And guide you into my arms Into my arms, o lord Into my arms, o lord Into my arms, o lord Into my arms And I believe in love
And I know that you do too
And I believe in some kind of path
That we can walk down, me and you
So keep your candle burning And make her journey bright and pure
That she will keep returning
Always and evermore
Into my arms, o lord Into my arms, o lord Into my arms, o lord
Into my arms”
Nick Cave and the Bad Seeds
Tonigth
"You're an impossible dream
So when I go to bed
That's all I'm doing I'm just sleeping
Cocktails in the ESP
Think about you to think about me I wonder --
I wanna see you tonight I wanna see you, I wanna see you,
I wanna see you smiling back at me in the starlight
Shining on the streets downtown
I was looking for you
Looking for me, again God,
I wanna taste your mouth
Back you are up against the wall behind a subway station
I wanna see your smile I wanna see, I wanna see, I wanna see you tonight
Meet me on the corner -- 44th and Broadway
Did it rain, oh, God You could be happy in love
You can be happy in love with me
That's is you want to for just a little while
No promises no guarantees tonight
Meet me in the hall
Meet me in the hallI'm terrorizing so
You bet' Cause I wanna see you tonight I wanna see, I wanna see, I wanna see you tonight
Meet me on the corner -- 44th and Broadway
Did it rain, God You could be happy in love
You could be happy in love with me Forever, forever, forever"
Ryan Adams
Into my arms
“I don’t believe in an interventionist god
But I know, darling, that you do
But if I did I would kneel down and ask him
Not to intervene when it came to you
Not to touch a hair on your head
To leave you as you are
And if he felt he had to direct you
Then direct you into my arms Into my arms, o lord Into my arms, o lord
Into my arms, o lord Into my arms
And I don’t believe in the existence of angels
But looking at you I wonder if that’s true
But if I did I would summon them together
And ask them to watch over you
To each burn a candle for you
To make bright and clear your path
And to walk, like Christ, in grace and love
And guide you into my arms Into my arms, o lord Into my arms, o lord Into my arms, o lord Into my arms And I believe in love
And I know that you do too
And I believe in some kind of path
That we can walk down, me and you
So keep your candle burning And make her journey bright and pure
That she will keep returning
Always and evermore
Into my arms, o lord Into my arms, o lord Into my arms, o lord
Into my arms”
Nick Cave and the Bad Seeds
27 março 2009
Os Poetas são mais altos que os homens
"A tristeza às vezes é uma alegria que nasce sob o acaso de um disfarce, e é isso que a vida é."
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa
16 março 2009
Relatividade do tempo
“Elvira tinha 15 anos e estava cheia de sonhos. Naquelas tardes quentes, fugia para o fresco da padaria desactivada e fazia os trabalhos da escola enquanto ouvia música vinda de um rádio velho, com uma antena cheia de palha d’aço para melhor sintonizar uma estação alternativa, que acompanhava com entusiasmo desde o seu surgimento como rádio pirata. Corriam os meados dos anos 80 do século XX e o movimento musical europeu tinha pouca expressão no mercado influenciado pelas tendências Norte-Americanas. Ela vivia na América do Sul, mas era de origem europeia, e tirando os U2, banda universal, e os The Cure, tinha pouco contacto com os movimentos musicais a Nordeste , a não ser através daquela rádio. …
…Joy Division era uma das bandas preferidas, mas principalmente por causa de uma música. A tal. Quando a ouvia era invadida por uma onda de melancolia juntamente com uma dor inexplicável no peito. Às vezes chegava a chorar… sabia que era um sentimento de amor, um amor partido, mas não sabia porquê e por quem chorava. Naquela altura, mal sabia o que isso era, isso do amor. Imaginava que quando viesse a namorar seria romântico andar de mãos dadas e beijar com ternura, como vira alguns beijos em filmes e esse imaginar fazia com que o amor lhe parecesse bom. Então, não percebia porque sofria tanto quando ouvia aquela música dos Joy Division.
Anos passaram-se, anos sem ouvir a tal música, mudou de casa, de continente e raramente a ouviu. Eram outros tempos, outras tendências, outras músicas. E um século findou e um novo milénio começou, tempos áureos cheios de perspectivas de mudança! O passado parece longínquo. Vinte e cinco anos são quase meia vida.
Um dia, conheceu alguém. E aquela música volta a tocar aos seus ouvidos, assim espontaneamente, sem ela a procurar ou pedir para a ouvir, e o que sentiu volta a sentir, outrora de forma inconsciente, agora já sabe porquê e por quem chora”.
Há realmente factos inexplicáveis e extraordinários resultantes das relações do ser com o tempo. O exemplo da história de Elvira é um claro indicador de que o tempo não existe, é uma convenção inventada pelo Homem para dar a sensação de segurança, a construção de muros e barreiras, para não andar perdido no vácuo da infinitude. Afinal, esqueceu-se que é eterno…
…mas o tempo não é o tempo que perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem, não, o tempo é ser-se. Ser-se de todo, para traz e para a frente e entre, entre outrora, agora e depois. Ser-se na viagem sem fronteiras temporais.
11 março 2009
02 março 2009
Some recent shared quotes
"The difference in winning and losing is most often... not quitting
Behind me is infinite power. Before me is endless possibility. Around me is boundless opportunity. Why should I fear?
A dream becomes a goal when action is taken toward its achievement.
There is no way to Happiness. Happiness is the way."
Fonte desconhecida
16 fevereiro 2009
Os comboios não esperam
"Olá! Sempre apanhaste o tal comboio?
Eu já perdi dois ou três
Entre o ócio e as esquinas
Ganhei o vício da estrada
Nesta outra encruzilhada
Talvez agora a coisa dê
O passado foi à história
Cá estamos nós outra vez"
Jorge Palma
Eu já perdi dois ou três
Entre o ócio e as esquinas
Ganhei o vício da estrada
Nesta outra encruzilhada
Talvez agora a coisa dê
O passado foi à história
Cá estamos nós outra vez"
Jorge Palma
Marx Profeta?!?
"Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que se torne insuportável. O débito não pago levará os bancos à falência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado"
Karl Marx, in Das Kapital, 1867
30 janeiro 2009
A musa
Impressionante como determinada música pode traduzir os nossos sentimentos. Tocante quando chega no exacto momento, o momento em que a "essência" dessa música coincide com o nosso estado de espírito. Intensa a ligação que se estabelece entre o sentir e as notas no ar, provocando torrentes de emoções que parecem imortalizar a nossa efémera existência.
Música, minha doce e cruel companheira nesta romaria, minha fiel confidente, quero arder de dor na tua companhia!
22 janeiro 2009
Medo é o contrário de Amor
Pobres daqueles que têm medo de amar,
Prisioneiros na sua zona de conforto, a ansiar.
E mesmo se o amor por ali passar,
Fazem-se despercebidos pois
Tudo está controlado por artimanhas da consciência,
E vão deixando para depois.
Esperam equivocados por aquele sinal,
Que só vem, afinal
Sem medo do mergulho
Mergulho de cabeça no ímpeto primordial
Do amor universal.
Prisioneiros na sua zona de conforto, a ansiar.
E mesmo se o amor por ali passar,
Fazem-se despercebidos pois
Tudo está controlado por artimanhas da consciência,
E vão deixando para depois.
Esperam equivocados por aquele sinal,
Que só vem, afinal
Sem medo do mergulho
Mergulho de cabeça no ímpeto primordial
Do amor universal.
13 janeiro 2009
Citação
"To succeed, it is necessary to accept the world as it is -- and rise above it." --
Michael Korda, Publisher
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