08 julho 2009
Ser Determinista
A minha avó tem 90 anos e é determinista. Ela é de opinião que tudo o que acontece tem que acontecer independentemente da nossa vontade. O nosso caminho já é traçado á nascença.
Por exemplo, conta ela que vivia em Paris e teve que vir para Portugal por causa da 2ª guerra mundial, França tinha sido invadida pelos alemães. E nestas circunstâncias, alheias á sua vontade, apaixonou-se por um português, última coisa a passar-lhe pela cabeça. Para além deste, conta outros factos que são explicados á luz da mesma teoria.
E teve, tem, uma vida que admiro, posso dizer, uma vida fantástica! E ela é linda!
Ao contrário dela, sou de opinião de que temos o poder de escolher um caminho. Uma combinação de determinismo soft, existem realmente vários caminhos meio pré-destinados, com a possibilidade de podermos escolher entre esses caminhos. Temos em nós o poder criativo.
Mas ser determinista, começa a parecer-me atraente do ponto de vista em que existe espaço para a aceitação. Aceitar sem resistência o que a vida traz, pode trazer a paz. Sim, se houver aceitação não há sofrimento. Aceitamos o devir e não sofremos com o desgosto e a frustração resultante das supostas más escolhas.
Apanhamos o barco e vamos a contemplar e a usufruir as coisas da vida.
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