06 julho 2008

Mar e livros de poesia, refúgio do deslocado

Estou nas Azenhas do Mar, a casa é bonita, o riso vem da sala, enquanto a lareira e o álcool os aquece. Sinto-me, outra vez, excluído, não por eles, mas por todos os círculos da sociedade. Não me consigo integrar. Vi televisão a noite toda, as desgraças filmadas do mundo, um filme de terror que até me deixou com medo não sei de quê e um de sexo explícito que comeu o meu tesão. Encontrei um livro de poesia grosso na prateleira cheia de pó, vou ler para tentar “fugir” ou “encarar” a minha existência neste mundo. Não gosto de como o mundo anda, mas gosto do mundo, do seu potencial, da sua beleza. Não gosto de estar neste mundo, mas adoro viver. O jazz salva o ar…. “um sinal de eternidade espalhado nos corações rápidos” gostei desta frase. Pelo menos, tenho o mar e livros de poesia. 1994

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