Shakespeare acreditava que éramos os senhores do nosso destino. Também eu pensava assim. Mas seria arrogância pensar-se que estamos desvinculados dos desígnios da natureza e do céu. O certo é que temos o poder de escolher e por isso, somos responsáveis pelas nossas escolhas. O que não é tão certo são as consequências das nossas escolhas. Todas as nossas escolhas têm consequências, mas nem sempre aquelas que julgávamos ter. A vida é pautada por decisões, pequenas e grandes, e que na altura em que as tomamos fazemos o melhor para que sejam decisões acertadas. No entanto, as consequências dessas decisões muitas vezes são um mistério. O certo é que há sempre um “preço a pagar” e somente quando as consequências dessas escolhas se revelam é que podemos aferir se foram boas ou más decisões. Uma decisão tem sempre um risco inerente, e é esse risco que não temos o poder de controlar. Temos o poder de decidir dentro de um frame determinado, condicionado por diversas variáveis, algumas delas ultrapassando a esfera do poder humano.
Uma enfermeira decidiu registar as lamentações mais comuns dos pacientes que estão à beira da morte, sendo sentimento inerente a todas as lamentações, a noção de que se soubessem o que sabem naquele momento teriam feito diferentes escolhas durante a vida.
Dêem um pontapé no planeta Terra para qualquer canto negro e frio do universo que quero ver os humanos a decidir o seu destino.
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