01 fevereiro 2012

É preciso morrer para voltar a nascer

Não acredito na reencarnação no sentido alegórico que as culturas humanas lhe atribuem. Mas acredito num “tipo de reencarnação” se analisar o processo da vida (e morte) na perspectiva das leis da física e da química. Portanto, se a matéria não se perde mas transforma-se e volta à terra, o espírito, ou a energia que anima a matéria, deve seguir a mesma lógica, transformando-se e voltando à energia que anima o universo.

A eternidade manifesta-se através do ciclo de vida e morte. E o nascimento e a morte nada mais são que processos de transformação. E se esse processo de transformação é eterno, então, tanto a morte como a vida são parte da eternidade. Logo, cada “encarnação” é uma parcela de eternidade a manifestar-se.

Não sou simplesmente o Romeiro que vai morrer um dia e deixar de existir (como Romeiro), sou uma criatura resultante de transformações através da eternidade. Sou um ser eterno em manifestação finita, porque o que é finito é a forma, não o conteúdo.

Seria horrível se tivéssemos que viver para sempre numa só forma, sem o privilégio de morrermos para renascer em novas manifestações de vida eterna.

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