15 maio 2012

Arco-íris



Em viagens de negócios na Alemanha só iam a um restaurante português. Uma húngara emigrou para Portugal e acabou por casar com um húngaro. Veio do Brasil para viver em Inglaterra e só tem amigos brasileiros e até hoje não fala inglês. Tiravam férias nas Caraíbas e comiam bacon e ovos ao pequeno-almoço como fazem todos os dias na sua América.

Nunca os compreendi, porque será que procuram o que lhes é familiar? Porque é que procuram algo semelhante ou parecido com aquilo que já conhecem?

Quando fui à Alemanha quis experimentar comida alemã. Quando emigrei para o Brasil namorei e tive amigos brasileiros. Quando fui às Caraíbas tomei pequenos-almoços diferentes daquele que costumo tomar no meu país, quando estudei em Inglaterra evitava os portugueses. E só me apaixonei por pessoas bem diferentes de mim.

Porquê?

Porque é na diferença que se pode realmente praticar a tolerância, porque é nas diferentes experiências que saímos das nossas zonas de conforto, que nos enriquecemos e temos a oportunidade de nos transformarmos e “crescer”, porque é na diferença que nasce a cultura!

Para familiar bastam-me a minha família e o meu país.

E não me venhas dizer que somos diferentes, porque isso eu já sei e é precisamente por causa disso que te amo.

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