Se falo e penso tanto nele, se me preocupo, deve ser porque o amo.
E eu que julgava que não era patriota!?
30 março 2012
29 março 2012
Era uma casa muito engraçada, mas tinha tecto e quase tudo
Estava a fazer uma analogia da minha vida com as fases de construção de uma casa. Nasceu um projecto de arquitectura para um terreno, um bebé para a vida. Até aos 6 anos, a terraplenagem, cofragem e armações de ferro, os alicerces, o início na companhia da burguesia iluminada de Portugal.
Dos 6 aos 12 as paredes e lajes, a etapa mais tosca da obra, com a mistura da areia, água e cimento, o pó, o constante exercício de nivelar os tijolos para que as paredes não ficassem tortas, a integração de uma burguesa com pais hippies num meio rural ainda a viver na idade média em finais do século XX.
Dos 12 aos 21 os projectos de águas e esgotos e electricidade. O sistema nervoso da casa, uma experiência tropical de altitude, nas montanhas de café e cascatas de Minas Gerais, estrangeira neta, sobrinha e filha dos portugueses artistas prósperos.
Dos 21 aos 30, o início dos acabamentos, o chão, o acabamento das paredes, os tectos, as janelas e as portas. Época de indefinição, tão difícil, havia tantos mosaicos e soalhos diferentes para escolher… Tantas portas, de cerejeira, pinho, carvalho, contraplacado… tantos vendedores com promoções, a sorridente trabalhadora estudante de volta à terrinha, o Portugal dos pequeninos vestidos com roupas escuras e de poucos sorrisos.
Dos 31 aos 41 o fim dos acabamentos, os rodapés, as loiças das casas de banho, os armários, bancadas e electrodomésticos da cozinha, os armários embutidos dos quartos, as pinturas e as limpezas. Tempos de concretização, família e trabalho pelos 4 cantos do mundo.
Finalmente, a casa está pronta a ser decorada. Ainda com cheiro a tinta, sento-me num colchão sem cama e olho em meu redor, uma casa vazia e com eco, preparada para receber as mobílias, as loiças, copos e talheres, os candeeiros e abajures, os tapetes e cortinas, as roupas de cama, mesa e banho, as minhas roupas, os quadros, discos e livros…
Com um entusiasmo inusitado pergunto-me: por onde vou começar?
Dos 6 aos 12 as paredes e lajes, a etapa mais tosca da obra, com a mistura da areia, água e cimento, o pó, o constante exercício de nivelar os tijolos para que as paredes não ficassem tortas, a integração de uma burguesa com pais hippies num meio rural ainda a viver na idade média em finais do século XX.
Dos 12 aos 21 os projectos de águas e esgotos e electricidade. O sistema nervoso da casa, uma experiência tropical de altitude, nas montanhas de café e cascatas de Minas Gerais, estrangeira neta, sobrinha e filha dos portugueses artistas prósperos.
Dos 21 aos 30, o início dos acabamentos, o chão, o acabamento das paredes, os tectos, as janelas e as portas. Época de indefinição, tão difícil, havia tantos mosaicos e soalhos diferentes para escolher… Tantas portas, de cerejeira, pinho, carvalho, contraplacado… tantos vendedores com promoções, a sorridente trabalhadora estudante de volta à terrinha, o Portugal dos pequeninos vestidos com roupas escuras e de poucos sorrisos.
Dos 31 aos 41 o fim dos acabamentos, os rodapés, as loiças das casas de banho, os armários, bancadas e electrodomésticos da cozinha, os armários embutidos dos quartos, as pinturas e as limpezas. Tempos de concretização, família e trabalho pelos 4 cantos do mundo.
Finalmente, a casa está pronta a ser decorada. Ainda com cheiro a tinta, sento-me num colchão sem cama e olho em meu redor, uma casa vazia e com eco, preparada para receber as mobílias, as loiças, copos e talheres, os candeeiros e abajures, os tapetes e cortinas, as roupas de cama, mesa e banho, as minhas roupas, os quadros, discos e livros…
Com um entusiasmo inusitado pergunto-me: por onde vou começar?
27 março 2012
My love is a lasting treasure
Este é o meu primeiro amor genuíno, o amor que nasceu espontaneamente, despido das convenções da racionalidade e das correntes do medo. E mesmo que não tenha sido vivido a dois, é belo e sereno e por isso, deixo-o viver em mim.
Questionar os porquês e as razões para, já não me interessa, esse exercício inútil trata-se da praxe corriqueira da vida, o frenético exercício de colocar as coisas em caixinhas na tentativa de se explicar tudo e assim, controlar a existência. Não tenho que perceber tudo.
O que me importa é que esta experiência mágica traz-me precisamente a libertação daquilo que me acorrenta à dimensão concreta, pragmática, pesada e cheia de barreiras que me impediam de voar mais alto e ser mais feliz nesta misteriosa passagem pelo planeta Terra.
Questionar os porquês e as razões para, já não me interessa, esse exercício inútil trata-se da praxe corriqueira da vida, o frenético exercício de colocar as coisas em caixinhas na tentativa de se explicar tudo e assim, controlar a existência. Não tenho que perceber tudo.
O que me importa é que esta experiência mágica traz-me precisamente a libertação daquilo que me acorrenta à dimensão concreta, pragmática, pesada e cheia de barreiras que me impediam de voar mais alto e ser mais feliz nesta misteriosa passagem pelo planeta Terra.
26 março 2012
"Take Courage"
"Night's falling, so take courage
that you're not alone, no you're not alone.
Night's falling, so take courage
that you're not alone, no you're not alone
Then these words begin to crumble like the sidewalks
all around this crumby neighborhood.
And from the chalky Cliffs of Dover, I'd come over,
I'd start over if I could.
From the tropic of Cancer, to Capricorn,
you're so far from you're so far along.
Now you spin dirty laundry
You dream of the kind of love you knew the day you're born
Night's falling, so take courage
that you're not alone, no you're not alone.
Night's falling, so take courage
that you're not alone, no you're not alone.
Night's falling, night's falling,
but you're not alone, no you're not alone.
You swallow far from home
It's how you find your room
Though my words begin to crumble like the sidewalks
all around this crumby neighborhood.
And from these chalky Cliffs of Dover, I'd come over
I'd start over if I could."
Track from Andrew Bird's album Noble Beast (2009).
that you're not alone, no you're not alone.
Night's falling, so take courage
that you're not alone, no you're not alone
Then these words begin to crumble like the sidewalks
all around this crumby neighborhood.
And from the chalky Cliffs of Dover, I'd come over,
I'd start over if I could.
From the tropic of Cancer, to Capricorn,
you're so far from you're so far along.
Now you spin dirty laundry
You dream of the kind of love you knew the day you're born
Night's falling, so take courage
that you're not alone, no you're not alone.
Night's falling, so take courage
that you're not alone, no you're not alone.
Night's falling, night's falling,
but you're not alone, no you're not alone.
You swallow far from home
It's how you find your room
Though my words begin to crumble like the sidewalks
all around this crumby neighborhood.
And from these chalky Cliffs of Dover, I'd come over
I'd start over if I could."
Track from Andrew Bird's album Noble Beast (2009).
25 março 2012
Eles jamais poderão compreender
Qual é a mãe que, perante situações adversas, não escolhe ficar junto dos seus filhos?
Não dá para perceber os caminhos insondáveis do amor de mãe… os sacrifícios que o coração materno é capaz de fazer…
Algo que aqueles que nunca tiveram filhos jamais poderão compreender.
Não dá para perceber os caminhos insondáveis do amor de mãe… os sacrifícios que o coração materno é capaz de fazer…
Algo que aqueles que nunca tiveram filhos jamais poderão compreender.
21 março 2012
O dinâmico serviço público português
Há um terreno baldio ao lado da minha casa que infelizmente é usado para deitar lixo e onde os cães das redondezas vão fazer as suas necessidades. Acontece que para além do mau aspecto, perigos e odores, vivemos num local cheio de crianças que costumam brincar na rua. Não é raro uma bola ir lá parar. Depois de ter limpo o terreno ene vezes, pedido aos donos para recolherem as fezes dos seus cães, continua tudo no mesmo ciclo vicioso do limpa e suja. O seu proprietário não vive em Portugal, por isso não se pode contar com ele.
Decidi contactar as autoridades, comecei pela Junta de Freguesia expondo a situação, encaminharam-me para a Câmara Municipal, expus novamente a situação, encaminharam-me para a Polícia Municipal, expus mais uma vez a mesma história, encaminharam-me para a Loja do Cidadão:
Sr.ª da Lj do cidadão - não é aqui, quem limpa os terrenos é a X empresa, tem que ligar para lá.
Eu – mas mesmo que essa empresa venha limpar o terreno a situação não fica resolvida, não seria melhor providenciarem uma placa, por exemplo? É que isto é uma questão de saúde e segurança pública.
Sr.ª - como não se trata de um espaço público, não cabe ao município zelar pela manutenção desse espaço privado.
Conclusão, o problema não será resolvido pelas entidades públicas. E para não parecer mal encaminham-me para uma empresa PPP para remediar. Acontece que, depois de solicitar a limpeza do terreno, essa empresa informa-me que não limpa espaços privados, só públicos.
Mais uma vez constata-se o dinamismo do serviço público e a sua ineficiência.
Nem sempre é claro definir o que é de responsabilidade civil ou de responsabilidade pública. O público imiscuir-se no privado, cobrando impostos, mas quando o privado necessita do retorno do público, aí já é outra história.
Terei eu, cidadão consciente e responsável, que fazer uma placa para o efeito e zelar pela limpeza de um terreno que não é meu para o bem comum das crianças da rua e dos seus pais.
Bem, pelo menos, dei dinheiro à operadora telefónica e trabalho a 4 colaboradores de entidades públicas e a outro da empresa PPP X, contribuindo assim, para o desenvolvimento da economia nacional.
Que sorte que a Nação tem em poder contar com o apoio de cidadãos tão exemplares como eu.
Decidi contactar as autoridades, comecei pela Junta de Freguesia expondo a situação, encaminharam-me para a Câmara Municipal, expus novamente a situação, encaminharam-me para a Polícia Municipal, expus mais uma vez a mesma história, encaminharam-me para a Loja do Cidadão:
Sr.ª da Lj do cidadão - não é aqui, quem limpa os terrenos é a X empresa, tem que ligar para lá.
Eu – mas mesmo que essa empresa venha limpar o terreno a situação não fica resolvida, não seria melhor providenciarem uma placa, por exemplo? É que isto é uma questão de saúde e segurança pública.
Sr.ª - como não se trata de um espaço público, não cabe ao município zelar pela manutenção desse espaço privado.
Conclusão, o problema não será resolvido pelas entidades públicas. E para não parecer mal encaminham-me para uma empresa PPP para remediar. Acontece que, depois de solicitar a limpeza do terreno, essa empresa informa-me que não limpa espaços privados, só públicos.
Mais uma vez constata-se o dinamismo do serviço público e a sua ineficiência.
Nem sempre é claro definir o que é de responsabilidade civil ou de responsabilidade pública. O público imiscuir-se no privado, cobrando impostos, mas quando o privado necessita do retorno do público, aí já é outra história.
Terei eu, cidadão consciente e responsável, que fazer uma placa para o efeito e zelar pela limpeza de um terreno que não é meu para o bem comum das crianças da rua e dos seus pais.
Bem, pelo menos, dei dinheiro à operadora telefónica e trabalho a 4 colaboradores de entidades públicas e a outro da empresa PPP X, contribuindo assim, para o desenvolvimento da economia nacional.
Que sorte que a Nação tem em poder contar com o apoio de cidadãos tão exemplares como eu.
16 março 2012
Cântico negro
"... "Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!"
José Régio
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!"
José Régio
13 março 2012
12 março 2012
Os enamorados
- Porque me amas?
- Sei lá!
- Não sabes porque me amas?
- Eu não. Amo-te porque te amo.
- Mas isso não é uma razão?
- Então é o quê?
- Tem que haver uma razão qualquer.
- Queres que te diga o que aprecio em ti?
- Por exemplo.
- Mas isso de pouco te vale, porque eu não amo somente aquilo que me agrada, amo-te todo. Se amasse somente o que me agrada, como conviveria com o teu lado que menos me agrada?
- O que não te agrada em mim?
- Não é esse o ponto da conversa.
- Não queres dizer?
- Estás a ser parvo.
- Não vais dizer?
- Já disse, não me agrada quando te armas em parvo.
- Ah! Assim está melhor, afinal já dizes o que não te agrada.
- Estás a desviar a conversa. Onde queres chegar?
- Adoro ver-te com esse ar sério. Ficas tão engraçada!
- Ai é? Já para a cama! Vais levar uma ensaboadela por esta estúpida conversa!!!
- Na cama? Não é melhor na banheira?
- Parvo.
- Amo-te.
- Sei lá!
- Não sabes porque me amas?
- Eu não. Amo-te porque te amo.
- Mas isso não é uma razão?
- Então é o quê?
- Tem que haver uma razão qualquer.
- Queres que te diga o que aprecio em ti?
- Por exemplo.
- Mas isso de pouco te vale, porque eu não amo somente aquilo que me agrada, amo-te todo. Se amasse somente o que me agrada, como conviveria com o teu lado que menos me agrada?
- O que não te agrada em mim?
- Não é esse o ponto da conversa.
- Não queres dizer?
- Estás a ser parvo.
- Não vais dizer?
- Já disse, não me agrada quando te armas em parvo.
- Ah! Assim está melhor, afinal já dizes o que não te agrada.
- Estás a desviar a conversa. Onde queres chegar?
- Adoro ver-te com esse ar sério. Ficas tão engraçada!
- Ai é? Já para a cama! Vais levar uma ensaboadela por esta estúpida conversa!!!
- Na cama? Não é melhor na banheira?
- Parvo.
- Amo-te.
11 março 2012
10 março 2012
Teoria da conspiração
Não serão as deliberações das entidades de rating e Cia (de origem americana), uma estratégia oportuna - altura de governos europeus endividados, logo fragilizados - para destruir o Euro?
Ideia absurda?
Ideia absurda?
09 março 2012
História negra de Portugal
Portugal foi-se construindo em campos de batalha a matar e a expulsar Mouros. Depois umas guerrazitas para defesa de fronteiras, como era costume da época, um príncipe que se voltou contra o pai, um rei imaturo que quase pôs em causa o futuro do país, e começam as descobertas (impulsionadas pela geração educada por uma rainha Inglesa). Sim, de louvar a coragem dos navegadores por mares e terras desconhecidas, homens temerários em cascas de nozes pela imensidão dum mundo novo. Mas essa coragem deu-lhes força para pilhar continentes, escravizar e destruir povos e culturas. Anos e anos a explorar as ricas colónias. Oh época gloriosa, de fartura, os donos do mundo da altura. Os donos merceeiros ou mercenários, mas não autores das grandes Revoluções, Industrial e Iluminista. Como se pode considerar um povo que teve tudo e não construiu quase nada? Ou o suficiente para ser actualmente um país rico, como a Inglaterra, os seus grandes compinchas que bem souberam aproveitar-se da aliança mais antiga da história. Mas a verdadeira degradação começa quando assassinam o rei, acto vil inspirado nos franceses que fizeram o mesmo 300 anos antes. E o sangue e intrigas que construíram a República, uma República trôpega, frágil que acabou nas mãos da ditadura. Época dos ditadores, estavam na moda, mas o português foi aquele que mais tempo se manteve a governar um povo na miséria, isolado da época mais gloriosa do mundo moderno, um povo poupado de uma guerra para ser atirado para outras mais longas, as inúteis guerras coloniais. Perderam o império da pior forma possível. Depois veio a Revolução dos Cravos, que de revolução nada tem, foi simplesmente a classe militar, farta de guerras que deu a oportunidade ao povo ignorante, sem preparação para liderar um país e com ideais comunistas, movimento esse, já em decadência noutros cantos do mundo.
Acho bem que haja gente que ame o seu país e se orgulhe da sua história, mas as condições em que nos encontramos hoje só prova que a nossa história não é tão gloriosa quanto parece, ou o ouro das colónias não estaria em Inglaterra, só para dar um simples exemplo.
Somos uns líricos, isso é que somos, a prova disso são os nossos extraordinários poetas. E para um lírico ser feliz, basta o sonho e uns copitos de vinho.
Acho bem que haja gente que ame o seu país e se orgulhe da sua história, mas as condições em que nos encontramos hoje só prova que a nossa história não é tão gloriosa quanto parece, ou o ouro das colónias não estaria em Inglaterra, só para dar um simples exemplo.
Somos uns líricos, isso é que somos, a prova disso são os nossos extraordinários poetas. E para um lírico ser feliz, basta o sonho e uns copitos de vinho.
05 março 2012
01 março 2012
Aprender a dizer NÃO
Admiro as pessoas que têm a capacidade de dizer NÃO, são raras e muitas vezes mal vistas pelo excesso de franqueza. É perigoso ser-se franco porque a afirmação pessoal passa pela aceitação do outro e as pessoas, como medo de não serem amadas, dizem sim, mesmo que desejem dizer não. Este mau hábito de dizer sim quando se quer dizer não dificulta as relações, corrói a confiança e traz desilusões.
Aprendai a dizer NÃO, porque um NÃO verdadeiro é bem melhor que um SIM falso.
Aprendai a dizer NÃO, porque um NÃO verdadeiro é bem melhor que um SIM falso.
Sobre os impunes
Se eu tivesse outro tipo de inteligência e o dom da retórica, teria tirado o curso de Direito e ganharia a vida a trabalhar por conta própria a defender casos que ninguém se lembra ou apercebe, levando a tribunal todos aqueles que estão fora da lei. E segundo as normas técnicas de acessibilidade encontradas no Decreto Lei nº 123/97 de Maio, o primeiro a processar seria o Metro de Lisboa.
Mas como não segui esse caminho e sou simplesmente um cidadão participativo e atento, tenho que me controlar para que a irritação não me expluda pela pele quando, depois de ter feito 2 reclamações justificadas (uma tive que ajudar a levar uma rapariga numa cadeira de rodas pelas escadas acima e outra a testemunhar uns turistas com dificuldade em carregar as suas malas) e de me terem enviado respostas para inglês ver, pois o problema das acessibilidades mantinha-se, tiveram o desplante de me telefonar a perguntar se a resposta do Metro me satisfazia?
Francamente!!!
Mas como não segui esse caminho e sou simplesmente um cidadão participativo e atento, tenho que me controlar para que a irritação não me expluda pela pele quando, depois de ter feito 2 reclamações justificadas (uma tive que ajudar a levar uma rapariga numa cadeira de rodas pelas escadas acima e outra a testemunhar uns turistas com dificuldade em carregar as suas malas) e de me terem enviado respostas para inglês ver, pois o problema das acessibilidades mantinha-se, tiveram o desplante de me telefonar a perguntar se a resposta do Metro me satisfazia?
Francamente!!!
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