09 junho 2010

Febre

Muitas vezes sinto-me um cão. Um cão que pressente o perigo e tem a missão para dar o sinal de alerta. Mas no mundo do dragão o meu latir é levado pelas labaredas. Sou um cão que perdeu a capacidade de comer fogo e de guardar o portão. Sou um cão burguês para acariciar e fazer companhia. Ser agradável e não usar as mandíbulas. O cão, outrora protector, agora o cão protegido. Sou um cão sem missão.

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