06 maio 2010

Ah, mas são falsas II

Reflicto sobre as expectativas e logo a seguir encontro um texto sobre expectativas e é interessante verificar o poder das palavras e a forma como são aplicadas e interpretadas, a mesma palavra ter tanto um sentido negativo, como positivo. A expectativa vista como esperança que alimenta um sonho, por um lado, e a expectativa limitada à projecção dos nossos desejos egoístas e deturpados, por outro.
“Eu (Ana Teresa Silva), por exemplo, acho que pode ser por demais importante termos expectativas, já que elas nos dão impulso para a acção; tê-las pode ser até essencial, desde não fiquemos fechados ao ponto de não apreciar tudo o resto que aparece. Se as portas tiverem sempre abertas à mudança (aceitação da não correspondência ao inicialmente esperado), elas serão um estímulo ao caminho. Como o sonho. Sonhar alto é como querer voar, se para nós o mais importante for a viagem, e não o destino, se a felicidade for sentida pelo simples facto de termos sonhos, desejos com horizontes amplos, a viagem que iniciamos na tentativa de sua concretização pode ser muito mais importante e plena de sentido do que a chegada em si. Aliás, até podemos nunca concretizá-los... Lembra aquela citação do Douglas Adams: “I may not have gone where I intended to go, but I think I have ended up where I needed to be.”

Então questiono-me: será que toda a expectativa é falsa?

Pois bem, se estivermos abertos à mudança, então não existe grande problema termos expectativas desde que haja “aceitação da não correspondência ao inicialmente esperado”. Portanto, o problema não recai sobre se as expectativas são falsas ou não, mas sim na nossa capacidade de aceitação. E aqui voltamos ao reforço da minha “crença” em relação ao amor incondicional. O amor que está aberto à mudança, o amor da aceitação.

E atrevo-me a concluir que todas as expectativas são falsas e só passam a ser verdadeiras quando os resultados são aqueles que esperávamos. O que raramente acontece…

1 comentário:

Anónimo disse...

Interessantes artigos sobre expectativas! Eu arriscaria dizer o que me vai na alma a propósito das “minhas” expectativas e o que me sai imediatamente é "amar sem expectativas!", sim, sem dúvida!
Amar o outro tal como ele é e não como eu gostaria que ele fosse! Isto para mim é de uma grandeza ENORME! Que salto qualitativo! Não sei se conseguirei, mas garanto que tento todos os dias!
Mas sim, como tudo na vida também a EXPECTATIVA tem um lado bom e um lado mau e, é tão bom, quando temos a expectativa que nos leva mais além, que nos transporta no veículo do sonho até ao... infinito!
Ops, ficaram baralhados? Vou resumir o que sinto quanto à EXPECTATIVA, amar, respeitar, não ajuizar e continuar a sonhar!
;-) Um grande beijinho de admiração meu querido Romeiro