Yin e Yang, Preto e Branco, Negativo e Positivo, Mulher e Homem, Noite e Dia, Medo e Amor.
E a saúde advém do equilíbrio entre estas duas forças presentes em todos os fenómenos que conhecemos.
Então, concretamente em relação aos opostos Medo e o Amor, não se pode viver sem contemplar a existência dos dois como forças antagónicas, mas complementares. Assim como a noite não é, nem pode ser, necessariamente má, o medo também pode ser algo vivido sem que afecte a expressão do amor, assim como todos os dias o sol nasce e faz-se dia, sem prejuízo da noite, assim se poderia viver o medo, como um prelúdio de uma nova aurora, sem prejuízo do amor.
Interessa aprender a viver o medo como complemento do amor deixando de ser o oposto destruidor. O problema está no desequilíbrio, vive-se muito no medo e pouco no amor. Este amor de que falamos até parece algo transcendente, para além de nós, algo quase impossível de alcançar.
Fala-se tanto de amor, nos livros, nas músicas, nos filmes, nos blogs, nas redes sociais, mas os actos não estão em sintonia com o que “pregamos”.
Li algo no blog pensamentosdesblogueados que diz o mesmo “Proclama-se o que não se tem e discute-se o que não se compreende. Uma prova de tal afirmação será, por exemplo, o facto de todos respirarmos e não passarmos o dia a discutir quantas vezes inspiramos ou deixamos de inspirar. Os valores são o alicerce da interacção humana; não há leis que os substituam, não há palavras que os protejam, apenas actos, apenas a experiência dos valores como o arauto da confiança humana.” O tema não é o mesmo, mas a lógica é. Ou seja, se tivéssemos o amor presente nas nossas vidas como experiência, como algo intrínseco, não seria tão importante e necessário falar sobre o amor, não seria necessário Jesus Cristo dar e sua vida e continuar a sangrar na cruz pelo amor.
As fagulhas de amor que aparecem são frequentemente contaminadas pela doença (desequilíbrio) do medo, impedindo a sua expressão plena, como o dia que é pleno de luz.
Afinal, dorme-se á noite e vive-se de dia. Dormir é tão importante como comer, recarrega a energia dos nossos corpos. Não poderia o medo ser a bateria do amor?
Bem, o diagnóstico está feito, falta encontrar a cura.
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