Mas os meus vizinhos estão na merda. Sempre que abro as janelas para o mundo é só feiura, ódio, medo, podridão, fedor, hipocrisia, mentira e morte. Saio porta fora e é um mar de lágrimas onde nadam pessoas alucinadas e aflitas à procura de uma tábua de salvação.
Misticismo, fundamentalismo, antidepressivos, drogas variadas, ídolos.
Tenho andado aqui a fingir que não é nada comigo, realmente já não se me azeda o sangue com os venenos da humanidade, mas os olhos estão abertos a observar a loucura colectiva e ás vezes compadeço-me. Não consigo deixar de sentir compaixão pela miséria deste mundo.
As feministas que defendem o aborto e destroem o romance e a família, os machistas que usam as feministas para descarregar as suas fúrias resultantes de falta de amor, os fanáticos racistas e xenófobos que andam a tremer de medo, os gananciosos que produzem venenos para vender aos drogados do açúcar, os tarados e as escolas que fustigam e corrompem as crianças, os políticos fracos de espírito que julgam ser pequenos reis, a ilusão da liberdade de escolha e da Democracia.
Caramba, cambada de almas perdidas. Raios partam este projecto falhado, a civilização.
Oh Saturno, vê lá se paras de nos proteger e deixas passar um pedragulho para rebentar com esta merda toda.
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