25 setembro 2016
21 setembro 2016
E se eu fosse insensível e egoísta?
Hoje é o dia internacional para “comemorar” a paz.
É densa a sensação de viver num mundo atormentado, sem paz.
Roçam os cabelos de cavalo nas cordas de metal que esguicham um som fino e choroso.
Padres, jornalistas, conquistadores do poder e dos tesouros e damas perdidas
a mexerem em coisas de Deus.
Languidez mórbida a arrastar-se em máquinas velozes, de saltos e solas sujas.
Que maçada, e eu tão feliz, quero estar perto e estou cada vez mais longe.
Que saudade de dançar um slow a dois.
É densa a sensação de viver num mundo atormentado, sem paz.
Roçam os cabelos de cavalo nas cordas de metal que esguicham um som fino e choroso.
Padres, jornalistas, conquistadores do poder e dos tesouros e damas perdidas
a mexerem em coisas de Deus.
Languidez mórbida a arrastar-se em máquinas velozes, de saltos e solas sujas.
Que maçada, e eu tão feliz, quero estar perto e estou cada vez mais longe.
Que saudade de dançar um slow a dois.
19 setembro 2016
Trabalho em progresso
A minha profissão é contribuir servindo as pessoas, levando-lhes esperança e ferramentas para o seu desenvolvimento pessoal e bem-estar. Daí me ter formado num curso que se chama Serviço Social que não cheguei a exercer muito tempo, pois servir num contexto institucional burocrático não é servir, mas assistir.
Criei então o meu próprio estilo de servir numa profissão que exige exposição pública na era do online e do novo espaço público emergente e em franco desenvolvimento e crescimento.
Mas deparei-me com um grande dilema, para ter influência e impacto neste mundo é preciso jogar as regras do jogo, o jogo do imediatismo e mediatismo das plataformas sociais e órgãos de comunicação, dos influenciadores experts em psicologia do marketing, dos gurus, dos ídolos.
A futilidade aborrece-me, a fama mediática constrange-me e eu não quero ser um guru!
Ora, como posso jogar sem seguir as regras?
Estou a trabalhar nisso.
Criei então o meu próprio estilo de servir numa profissão que exige exposição pública na era do online e do novo espaço público emergente e em franco desenvolvimento e crescimento.
Mas deparei-me com um grande dilema, para ter influência e impacto neste mundo é preciso jogar as regras do jogo, o jogo do imediatismo e mediatismo das plataformas sociais e órgãos de comunicação, dos influenciadores experts em psicologia do marketing, dos gurus, dos ídolos.
A futilidade aborrece-me, a fama mediática constrange-me e eu não quero ser um guru!
Ora, como posso jogar sem seguir as regras?
Estou a trabalhar nisso.
17 setembro 2016
Maus fígados!
Maus fígados é o que dizem os portugueses quando uma pessoa está mal-humorada, com uma língua de fel. Enjoa-se facilmente com o mundo. Fica-se sem forças.
Pois é, tive uma recaída, o meu fígado está a dar sinal outra vez. Conheço os sinais, conheci-os em tenra idade quando uma epidemia de hepatite deflagrou nas escolas primárias do país ao ponto de muitas fecharem.
Vomito palavrões e os olhos ficam com veias inflamadas de raiva. Já não vejo ao perto.
Esta merda que me rodeia cheira mal e é feia, daí os enjoos, daí a cegueira.
O cansaço de investir as minhas energias a orar e a servir o próximo e tanto de mim é tão pouco para este mundo doente.
A doença do mundo é para mim como um vírus ou uma bactéria que ás vezes me contamina, os intestinos inflamam, o coração fica aflito, porque é idealista.
Convento, casulo, caverna, cubículo, cabana na colina, cantinho no campo. Ou voltar ao caminho a pé, reviver a dor nos joelhos para me vergar perante a utopia humana. De joelhos a ranger e a sangrar á moda Católica, só para dramatizar e voltar a emergir na dor colectiva.
Quero cair. Deixem-me ficar por uns tempinhos, já volto!
Quando voltar à saúde trarei um novo talento.
Pois é, tive uma recaída, o meu fígado está a dar sinal outra vez. Conheço os sinais, conheci-os em tenra idade quando uma epidemia de hepatite deflagrou nas escolas primárias do país ao ponto de muitas fecharem.
Vomito palavrões e os olhos ficam com veias inflamadas de raiva. Já não vejo ao perto.
Esta merda que me rodeia cheira mal e é feia, daí os enjoos, daí a cegueira.
O cansaço de investir as minhas energias a orar e a servir o próximo e tanto de mim é tão pouco para este mundo doente.
A doença do mundo é para mim como um vírus ou uma bactéria que ás vezes me contamina, os intestinos inflamam, o coração fica aflito, porque é idealista.
Convento, casulo, caverna, cubículo, cabana na colina, cantinho no campo. Ou voltar ao caminho a pé, reviver a dor nos joelhos para me vergar perante a utopia humana. De joelhos a ranger e a sangrar á moda Católica, só para dramatizar e voltar a emergir na dor colectiva.
Quero cair. Deixem-me ficar por uns tempinhos, já volto!
Quando voltar à saúde trarei um novo talento.
Eremita
Construí um mundo belo. O meu coração vibra de alegria. Sou feliz.
Mas os meus vizinhos estão na merda. Sempre que abro as janelas para o mundo é só feiura, ódio, medo, podridão, fedor, hipocrisia, mentira e morte. Saio porta fora e é um mar de lágrimas onde nadam pessoas alucinadas e aflitas à procura de uma tábua de salvação.
Misticismo, fundamentalismo, antidepressivos, drogas variadas, ídolos.
Tenho andado aqui a fingir que não é nada comigo, realmente já não se me azeda o sangue com os venenos da humanidade, mas os olhos estão abertos a observar a loucura colectiva e ás vezes compadeço-me. Não consigo deixar de sentir compaixão pela miséria deste mundo.
As feministas que defendem o aborto e destroem o romance e a família, os machistas que usam as feministas para descarregar as suas fúrias resultantes de falta de amor, os fanáticos racistas e xenófobos que andam a tremer de medo, os gananciosos que produzem venenos para vender aos drogados do açúcar, os tarados e as escolas que fustigam e corrompem as crianças, os políticos fracos de espírito que julgam ser pequenos reis, a ilusão da liberdade de escolha e da Democracia.
Caramba, cambada de almas perdidas. Raios partam este projecto falhado, a civilização.
Oh Saturno, vê lá se paras de nos proteger e deixas passar um pedragulho para rebentar com esta merda toda.
Mas os meus vizinhos estão na merda. Sempre que abro as janelas para o mundo é só feiura, ódio, medo, podridão, fedor, hipocrisia, mentira e morte. Saio porta fora e é um mar de lágrimas onde nadam pessoas alucinadas e aflitas à procura de uma tábua de salvação.
Misticismo, fundamentalismo, antidepressivos, drogas variadas, ídolos.
Tenho andado aqui a fingir que não é nada comigo, realmente já não se me azeda o sangue com os venenos da humanidade, mas os olhos estão abertos a observar a loucura colectiva e ás vezes compadeço-me. Não consigo deixar de sentir compaixão pela miséria deste mundo.
As feministas que defendem o aborto e destroem o romance e a família, os machistas que usam as feministas para descarregar as suas fúrias resultantes de falta de amor, os fanáticos racistas e xenófobos que andam a tremer de medo, os gananciosos que produzem venenos para vender aos drogados do açúcar, os tarados e as escolas que fustigam e corrompem as crianças, os políticos fracos de espírito que julgam ser pequenos reis, a ilusão da liberdade de escolha e da Democracia.
Caramba, cambada de almas perdidas. Raios partam este projecto falhado, a civilização.
Oh Saturno, vê lá se paras de nos proteger e deixas passar um pedragulho para rebentar com esta merda toda.
09 setembro 2016
Faith No More - Midlife Crisis
Estou a viver a minha midlife. E não estou em crise.
Acho que a minha midlife crisis foi lá por volta dos 20
Vida num mundo pejado de impulsos de morte
Há coisas tão simples que me dão tanta alegria e satisfação,
como estes simples momentos a comer uma doce, fresca e suculenta fatia de melancia
enquanto ouço o concerto de piano no.2 op.18 de Rachmaninoff.
São estes momentos que me enchem de energia de vida.
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