Dizem os Romanos In vino, veritas . É uma das poucas “verdades”
deste povo que partilho. Bebo e soltam-se as amarras, as amarras das convenções
e sou eu, meia tonta, mas genuína, a sorrir, a dançar, a distribuir beijos e
abraços. Há aqueles que têm maus vinhos, que pena, coitados, os seus monstros
soltam-se e expressam-se medonhos, decadentes.
Que se danem os conturbados. Eu sou linda, sóbria mesmo
embriagada, cheia de alegria e fé. Não há vinho que me derrube. Mesmo que
adormeça, acordo num novo dia imaculado, umas vezes com dores de cabeça, outras de lábios roxos, mas
nunca corrompida.
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