15 novembro 2012

Coelho! Não troques os passos!

Incomoda-me quando tenho razão sobre coisas más, eu que busco praticar a virtude preferia ter razão em relação a coisas boas.

Neste caso, recordo-me do dia em que o ainda candidato a Primeiro-Ministro, e depois de ter convocando novas eleições, apareceu no ecrã com a sua cara de sonso e a sua doce mulher ao lado. Deu-me um aperto terrível no estômago. Pensei - que erro estratégico brutal! Um homem com capacidade para se tornar num bom líder e antecipa o seu destino, que pena, que desperdício!

Foi ingénuo, pois claro está, deveria ter esperado que a Troika viesse negociar a dívida com os outros que a criaram.

E agora, que é de ti, homem! Quais as alternativas que te restam?

A meu ver tens dois caminhos, ou pegas em toda a coragem e força de vontade, que tens em potencial na tua essência, e desmantelas as redes dos compadrios e fechas as torneiras aos que usurpam o erário público, reestruturas o plano fiscal, laboral e económico, transferes sensatamente o estado social para os privados e comunidade civil, crias um plano nacional de investimento nos tesouros de Portugal (cérebros, agricultura, pescas, turismo e cultura) e estabeleces parcerias estratégicas (não vender os nossos recursos) com os países amigos (Brasil, Angola e China), ou pegas na tua pasta de Ministro e vais à tua vida, porque assim como estás, não podes continuar. Não há homem que aguente! Diz ao teu povo  que estás rodeado de homens, uns medíocres, outros gananciosos e outros que tantos com medo e que sozinho,  não tens capacidade para gerir este país.
 
Não te quero ver na travessa como coelho à caçador!
 

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