Vivo num país lindo de natureza, embora com a sua
flora e fauna meio destruída e abandonada pela irracionalidade de decisões
insanas. Por exemplo, o eucalipto, árvore estrangeira óptima para fazer
celulose e igualmente óptima para secar os riachos e os lençóis freáticos e destruir
a fauna que ficou sem alimento, e lá se foram os pássaros, os lobos, as lebres,
os corços, os linces e mais uns outros bichos menos famosos.
Sou de nacionalidade portuguesa, mas tenho
vergonha de o ser, a ver o meu país amado, pisado e sugado por uma maioria
medíocre e outros, que tantos, desprezíveis.
No presente vivem-se tempos difíceis? “Quem
semeia ventos colhe tempestades”, andastes a semear vento, sementes ocas, a
viver à sombra da glória passada e a sonhar com a galinha dos ovos d’ouro.
Conheço pais geniais com filhos absolutamente ignóbeis.
Povo degenerado, governado por um estado obeso,
com o sangue cheio de colesterol, pouco oxigénio no cérebro e com os vícios da
gula e da soberda.
Por tudo isto e muito mais, por odiar estas
gentes de trombas nas rua cheias de pegadas de lama, por odiar os seus cultos e práticas, é que
decidi que vou ficar. Porque, no fundo, até gosto de não ser como eles, mas
principalmente porque tenho a oportunidade para dar ainda mais de mim ao país
que me pariu.
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