Devo ser uma pessoa muito forte para conseguir carregar a minha cruz!
14 maio 2011
Porra que é pesada!
Conhecem aquela história da cruz? Aquela em que alguém reclama do peso da sua cruz e que no fim chega a conclusão que afinal era a cruz que conseguia carregar?
13 maio 2011
Percepções
Uns dizem que sou pessimista, outros acham-me optimista. Engraçado como as opiniões divergem. Esta divergência de juízos levou-me a pensar sobre o assunto, afinal o que sou? Depois de reflectir sobre o tema, chego à conclusão que não sou nem optimista nem pessimista. Embora a realidade seja subjectiva e fruto das percepções, penso que posso considerar-me realista.
Um realista com consciência da miséria e limitações humanas, mas com determinação, uma pitada de loucura (sonho) e muita esperança.
Mas esta é a minha percepção, pode estar tão certa ou errada como as outras.
11 maio 2011
Perversidade das prisões humanas
A dicotomia entre o tempo e o dinheiro, mas intricada e perversamente ligados. Quando combinados desequilibradamente são responsáveis pela escravidão disfarçada de liberdade.
Os que têm a liberdade para gerir, gastar, usufruir do seu tempo como lhes der na gana, ou nasceram ricos, têm quem os sustente ou são uns miseráveis nas sociedades modernas de consumo. Ter tempo é um privilégio, diria até - O luxo maior, no entanto, para aqueles que são sustentados ou nada possuem, terão sempre um preço a pagar: por falta de dinheiro, diminuem a sua liberdade de escolha ou tornam-se pobres, miseráveis, marginalizados ou mendigos.
Depois há os que estão a investir, gastar o seu tempo a fazer (ou roubar) dinheiro, uns para sobreviver, outros para enriquecer. Têm dinheiro, mas são escravos dos horários e perdem a liberdade de decidir sobre o seu tempo. Pelo dinheiro sacrificam o tempo que poderia ser investido a trabalhar menos e mais eficazmente, usufruído em família, partilhado com o próximo e/ou dedicado a si próprio. Mas por outro lado, ao terem dinheiro, aumentam a sua liberdade de escolha no mundo material.O pior, são todos aqueles que sacrificam o seu tempo para serem escravos do dinheiro ou aqueles que não ganham em proporção ao seu esforço e investimento de tempo, o mínimo de dinheiro para viver dignamente. Têm as suas liberdades sacrificadas.
Viver dignamente, diga-se, é conseguir o equilíbrio entre o tempo e o dinheiro. O que certamente é coisa rara.
08 maio 2011
I don’t have drugs to soul
Medo. Vivemos num mundo de medo. Num mundo medonho. Numa sociedade de terror! E o medo leva-nos a matar, mentir, coagir, ameaçar, destruir, injuriar, judiar…
Os países com as suas fronteiras, exércitos e bombas, as cidades cheias de polícias e bandidos, os governos com resmas de leis. Até a união entre um homem e uma mulher é celebrada com um contacto. Tanto medo.
Trancas à porta! Pode vir aí o lobo mau, a bruxa, o violador, o cobrador de fraque, o ladrão!Só vejo medo à minha volta. Medo de acreditar, de confiar, de amar.
Estamos todos, todos, todos a temer algo que não tem razão de existir. Tenho uma tristeza profunda… tão profunda que invade os meus pulmões e provoca dor ao respirar. Vivo tão fora de contexto! Sou ser tão paradoxal! Ter a alegria de viver e a tristeza de viver nesta terra do medo que escraviza as almas.
Ai Jesus! Será que os teus irmãos têm salvação! Será que um dia vamos viver sem medo?
06 maio 2011
Cruel to be kind!
Uma ceifeira. Mulher cheia de amor de mãe com uma foice.
Emergiria do atlântico e cavalgaria as costas, montes e vales a ceifar o país de maus costumes.
E muitos aprendizes de ceifeiros juntar-se-iam à cruzada. Convictos e invictos na mudança.
O certo é que seria um novo e especial paradigma de liderança.
Emergiria do atlântico e cavalgaria as costas, montes e vales a ceifar o país de maus costumes.
E muitos aprendizes de ceifeiros juntar-se-iam à cruzada. Convictos e invictos na mudança.
O certo é que seria um novo e especial paradigma de liderança.
…para ceifar os filhos degenerados de Portugal …
Gira, salta e grita!
Costumo comprar fichas a dobrar porque sei que vão querer repetir. Todos excitados, os meus meninos, lançam-se para o carrossel à procura de um animal, ou viatura, ou ainda, uma figura dos desenhos animados. Que difícil decidir em qual se vão sentar! A sirene soa e começa rodar o carrossel.
Fico ali a sorrir com a sua felicidade, acenando sempre que um e outro passam por mim, numa sequência repetitiva de afecto.
Acabadas as voltas, meio entorpecidos de prazer, mas mais barulhentos para se fazerem ouvir no meio da parafernália da feira – queremos ir outra vez!
Finjo-me de difícil mas acabo por ceder. Yeah! Saltam e iniciam a procura de outro bicho diferente com quem dar mais umas voltas.
Repete-se o ritual dos olhares, dos sorrisos, dos acenos. Chega a ser tão intenso que parece que estamos numa bolha longe de tudo e de todos.
Hummm...
Um trampolim?
Sim, uma montanha russa!
Fico ali a sorrir com a sua felicidade, acenando sempre que um e outro passam por mim, numa sequência repetitiva de afecto.
Acabadas as voltas, meio entorpecidos de prazer, mas mais barulhentos para se fazerem ouvir no meio da parafernália da feira – queremos ir outra vez!
Finjo-me de difícil mas acabo por ceder. Yeah! Saltam e iniciam a procura de outro bicho diferente com quem dar mais umas voltas.
Repete-se o ritual dos olhares, dos sorrisos, dos acenos. Chega a ser tão intenso que parece que estamos numa bolha longe de tudo e de todos.
Não me lembro de andar de carrossel quando era criança…
Se houvesse carrosséis para adultos, talvez fosse possível reencontrar a criança que há em nós.Hummm...
Um trampolim?
Sim, uma montanha russa!
04 maio 2011
A Sidade e as Cerras
“Na cidade (como notou Jacinto) nunca se olham, nem lembram os astros – por causa dos candeeiros de gás ou dos globos de electricidade que os ofuscam. Por isso (como eu notei) nunca se entra numa comunhão com o Universo que é a única glória e única consolação da vida. Mas a serra sem prédios disformes de 6 andares, (…) – um Jacinto, um Zé Fernandes, livres, bem jantados, fumando nos poiais duma janela, olham para os astros e os astros olham para eles.”
Eça de Queirós, A Cidade e as Serras
03 maio 2011
...
“I’m Jack Johnson, I’ black.
They will never let me forget it!
I’m black alright
I will never let them forget it!”
John Arthur Johnson (Galveston, 31 de Março de 1878 - Raleigh, 10 de Junho de 1946), primeiro pugilista negro campeão mundial de pesos-pesados.
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