Estive a trabalhar o fim-de-semana inteiro
e hoje almocei na varanda ao sol e o rosé subiu depressa
pudera, uma garrafa foi-se assim como quem não quer a coisa
e estive a refletir com as ondas de álcool e do sol à mistura
sobre a vacina , depois de ter visto, sem álcool,
um vídeo que explicava o impacto da mesma
ou seja, nenhum, para aquilo que deveria servir
ou melhor, o único impacto será na conta bancária de quem a produziu ´
o fakebook, com seus soldadinhos da pide cibernética ou algorométrica
bloquearam o meu vídeo
claro, têm que proteger as almas de quem não sabe pensar por si
e os interesses dos que pregam que estão a proteger os coitados que não sabem pensar, nem tomar conta de si
e, depois disso, após ir passear a minha cadela, vejo Deus em cada esquina, flores, nuvens, harmonia,
que só posso fazer mais uma oração a pedir protecção e compaixão por todos aqueles que se acham donos da verdade
a verdade velada aos ignorantes, dos quais faço parte.
Mas mesmo não conhecendo a verdade, o meu coração sem mente
dá sinal
principalmente quando a mente que mente está toldada pelo álcool
iludida, embriagada, salta-lhe a verdade escondida
tão louca, como uma mulher condenada à bruxaria que foge ao fogo da inquisição
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