Sejam de amizade, amor, maternais, paternais,
fraternais, as relações necessitam de ajustes, de reconquistas, de novos
desafios, de “provas de amor”, de confirmações de confiança. Aprofundar uma
relação exige não ter medo de se ficar a nu, a cru, com tudo de bom e tudo de
mau que nos vão descobrindo, sem máscaras, sem jogos, com coragem de se ser o
que se é num palco cheio de holofotes. Mesmo que haja a consciência de que há
épocas obscuras em que nos encontramos perdidos, enlouquecidos ou enraivecidos, de que alguma
parte de nós apodreceu ou queimou-se, de que temos características que se
tornaram vincadas pelo tempo, de que o impacto do sofrimento nos deixou tristes
ou ressentidos...
Mesmo assim...
Não podemos continuar a viver num relacionamento
somente porque fizemos coisas belas no passado, nem naquilo que fomos, porque o
que foi já se foi, o que fomos já não somos e o que temos são estes momentos
vivos de hoje que determinam a qualidade da relação. E qualidade, pressupõe-se
melhoramento, crescimento, e já agora, felicidade na partilha.
Senão não vale a pena!
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