28 abril 2013

- São flores, Senhor!

Acabo de chegar do interior bem interiorizado do Alentejo, a avistar as planícies e montes pitalgados de lindas flores. Facto bastante simbólico sobre as terras Lusas, abandonadas, que só quase servem para dar flor 2 meses por ano, tal como as suas gentes de mente criativa mas efêmera, sem visão para além da próxima Primavera em que poderão florescer novamente, sem esforço, espontaneamente, sem ter que construír, tipo pinheiro que leva 50 anos a ficar “maduro”.

Ai, se pelo menos nos tornássemos grandes produtores de mel especial, e doces e rebuçados de mel e, porque não também, de licor de mel; era só lá pôr as colmeias, pois as abelhas não cobram salários e a Primavera oferece a matéria-prima.

Mas não, nem isso, nem cortiça, nem presunto de porco preto, nem licor de bolota, nem queijo de ovelha, nem lã, nem tapetes de Arraiolos, nem óleos essenciais de alfazema, nem azeitonas com oregãos, nem cavalos Lusitanos, nem cães Podengos, nada, um pouco de oliveiras – azeite - (quiçá dos espanhóis), um pouco de vinhas - vinho sem trademark, umas vaquitas, as habitués turistas – cegonhas e andorinhas - de resto... só muitas flores.

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