Sempre notei em mim algo de especial, não sabia
explicar o que era, mas agora já sei.
Depois de anos em busca do conhecimento
do eu, do ele, do nós, da terra e do céu chegou a hora da clarificação. Foi um processo
longo de escuta, a ouvir a música das esferas, a ouvir vozes, violinos,
tambores e guitarras, a ouvir as ondas e os trovões, a ouvir o meu coração, a
sentir, a dor e o prazer, o vento, o frio e o calor, a provar o picante e o
doce, a mastigar... A estudar os livros de ciências, a sistematizar, partilhar, refutar, a sintetizar, a unir, a
intuir... chego a um estado estranho, mas reconfortante, entre o que sou e o
que vou sendo através da eternidade. Como posso eu ter memórias dos tempos de
Akhenaton? E porque tenho um chamamento do Chile? E porque me foi tudo tão
familiar no Japão? E como sinto que voltei a Portugal? Disso não sei, nem
procuro saber, sei que sou eterno e ser-se sabendo o que se é, é simplesmente
muito bom!
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