23 setembro 2012

Natureza humana ou índole de um povo?

Irritou-me profundamente quando, na maior manifestação popular da história de Portugal, vi um jovem vestido de presidiário, aquele às riscas com boné e tudo, com correntes e algemas e a cara do nosso actual Primeiro Ministro. Não deveriam ser os outros presos? Aqueles que geriram mal o país, e que também obtiveram vantagens económicas no exercício dos seus cargos políticos? O que é que o actual Primeiro Ministro tem a ver com isso? O homem não é um mágico, muito menos um Deus capaz de realizar milagres e transformar Portugal em 7 dias.

O povo português tem memória curta e vive iludido. Talvez pela ignorância ou pelo total desprezo pela vida política e económica, portanto, mal informado e não esclarecido. Dêem-lhe pão e circo!

Mas pior que a memória curta é ficarem com os olhitos arregalados pelo brilho do ouro. Será herança da velha memória do colonialismo?  Mas “nem tudo que brilha é ouro” e “as aparências enganam” e já não há colónias, e o povo ofuscado pelo brilho dos carros prateados, deixou-se iludir pelas manhas do falso progresso. Assim foi ele a rejubilar com os mestres da lábia, os tais falsos profetas.

Porque se fosses agerrido e determinado como o touro ou como um galo, símbolo da tua nação, mesmo vaidoso e barulhento, lutarias até à morte por um ideal, o da causa nacional - a conquista da democracia e de maior justiça social. 

Mas não és... e por isso é que tens tido os governos que mereces e agora estás na falência, consequência da perda de dignidade!

1 comentário:

Anónimo disse...

Bem que a gente aqui no Brasil acha o português burro!