Então porque andamos nós a tentar possuir o efémero e a
desejar aquilo que acaba, se podemos simplesmente amar a essência do outro?
19 junho 2012
A lançar sementes sem nunca colher os frutos
Aquilo que se ama nas pessoas é a alma e não a beleza, o
dinheiro ou as honrarias. Pelo menos, penso que deveria ser assim. Se se permanecer na busca das emoções que nascem de
um objecto físico, não se ultrapassa a esfera do desejo e da paixão, e assim
jamais se conhece o amor, porque o mundo físico é efémero – a beleza, a juventude, a riqueza, a
honra – transforma-se, mas a alma - a essência do ser - é sempre a mesma. A
paixão é o ímpeto da semente lançada à terra cheia de esperança e de desejo de
realização de um sonho. O amor começa com a dor do pequeno, frágil mas
determinado rebento que rasga a terra em busca de luz.
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