14 outubro 2008
A essência de Deus
Ele disse que Ele era esse, o outro disse que Ele é o outro, mas aquele tem a dizer que Ele não é Aquele outro, nem Esse, nem Aqueloutro, mas sim Este, mais tarde Aquele será contestado por outrem e neste andamento cíclico, as guerras instituem-se, depois a misericórdia, depois a guerra, depois a reconstrução, a guerra, a paz, a guerra e assim continuam á procura onde não está, pois aqui não é e ali é melhor.
E há aqueles que não procuram porque procurar cansa, dá desassossego e ansiedade, é melhor acreditar que não acreditar é que é.
Passar a não ter um caminho para a verdade, melhor, a procura desta, que implica respostas para a existência, Deus. Levar ao tal niilismo de que Nietzsche fala, a filosofia a perder o estatuto abstracto da procura da verdade e passar a ser a filosofia da consciência do sentir. Daí o salto, o início da descoberta, o desafio do reencontro com a essência, a consciência do todo como tudo, seja esse todo finito ou infinito.
Génesis: “então disse o Senhor Deus: eis que o homem se tornou um de nós, conhecedor do bem e do mal”.
E porque está guardada a árvore da vida? Será essa a procura que o homem se empenhou e empenha para alcançar a eternidade? Ou será a árvore da vida a procura que o homem nunca se empenhou?
…o homem minimiza-se ao ponto de se tornar um angustiado, num imoral joguete que a ele próprio se impôs. Não será Ele um álibi para nos desviar da árvore da vida?
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