26 fevereiro 2020

O primeiro passeio cyber do ano


Tenho uma tendência para navegar fora do mainstream, é por isso que este meu blogue é quase invisível, e isso é que é interessante, na era da comunicação, é tanta a informação que ficamos perdidos na net, e aqueles que não são apanhados na rede, ficam assim por aí sem ataques nem fugas, a observar sem serem observados.

É como estar aqui a escrever para mim, onde tudo é possível, umas vezes ejaculo de alegria, outras vomito de dor, e quando rebolo na lama da parvoíce? Ou deleito na alcofa da ironia?

Ninguém me vê.

Este reduto cibernético público ínvisível é um recanto acolhedor das minhas divagações, marcos, memórias e reflexões, não fosse este lugar um diário do Romeiro, aquele que regista a caminhada pelos tempos, lentos e rápidos, do passado, do futuro, das ilusões e das criações mirabulantes da mente.

A lama, a água cristalina, a montanha e o vento, o sabor do café que não consigo deixar de tomar todas as manhãs.

A fuga do real, qual real? O que é real?

O dia a dia que os humanos inventaram, máquinas de produção.
E porque não fazemos máquinas e passamos a ter tempo para usufruir do nós dispersos no tempo, sem a pressão dos ponteiros da competição e o tic-tac da produtividade.
Lentamente, também.
E depois depressa, mas ter tempo para parar, ir parando devagar.

É o que a Natureza me tem mostrado. Há tempos calmos, com noites longas e frio que convida a ficar dentro, e noites curtas e dias quentes que empurram para as águas, a noite e as viagens.

A Primavera está a começar.

Nem tinha reparado que é o primeiro post  que escrevo, neste ano do Rato Metal.

Um ano de inícios.


Adoro inícios!

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