Tenho uma tendência para navegar fora do
mainstream, é por isso que este meu blogue é quase invisível, e
isso é que é interessante, na era da comunicação, é tanta a informação que
ficamos perdidos na net, e aqueles que não são apanhados na rede, ficam assim
por aí sem ataques nem fugas, a observar
sem serem observados.
É como estar aqui a escrever para mim, onde tudo é possível, umas vezes ejaculo de alegria, outras vomito de dor, e quando rebolo na lama da parvoíce? Ou deleito na alcofa da ironia?
Ninguém me vê.
Este reduto cibernético público ínvisível é um recanto acolhedor das minhas divagações, marcos, memórias e reflexões, não fosse este lugar um diário do Romeiro, aquele que regista a caminhada pelos tempos, lentos e rápidos, do passado, do futuro, das ilusões e das criações mirabulantes da mente.
A lama, a água cristalina, a montanha e o
vento, o sabor do café que não consigo deixar de tomar todas as manhãs.
A fuga do real, qual real? O que é real?
O dia a dia que os humanos inventaram,
máquinas de produção.
E porque não fazemos máquinas e passamos a ter
tempo para usufruir do nós dispersos no tempo, sem a pressão dos ponteiros da
competição e o tic-tac da produtividade.
Lentamente, também.
E depois depressa, mas ter tempo para parar,
ir parando devagar.
É o que a Natureza me tem mostrado. Há tempos
calmos, com noites longas e frio que convida a ficar dentro, e noites curtas e
dias quentes que empurram para as águas, a noite e as viagens.
A Primavera está a começar.
Nem tinha reparado que é o primeiro post que
escrevo, neste ano do Rato Metal.
Um ano de inícios.
Adoro inícios!