21 julho 2016

O que o Seal e os Iron Maiden têm em comum?

Estava aqui a pensar que ainda hoje acordei numa rua que não aparece em alguns GP’s, com uma soberba vista sobre o Vale do Douro, bebi café saboroso e comi batata-doce e tomate aos cubinhos, polvilhados com cebolinho e regados com azeite num pequeno-almoço tardio.
Comi um gelado de frutos vermelhos e morango depois de subir e descer as escadarias de Nossa Senhora dos Remédios em Lamego.
Percorri chão de betão e alcatrão por entre montanhas e eucaliptos por autoestradas e uma IP muito estreita e lenta, vi o Rio Mondego.
Lanchei uma empada em Santarém.
Bebi só um gole de cerveja fresca em casa e fui para um concerto em Oeiras.
E agora já passa da meia-noite e não tenho sono.
Na passada semana foi parecido.
Acordei num colchão maravilhoso em Roma e tomei um pouco de café horrível com um pão de plástico.
Bebi litros de água nas corridas de turista juntamente com dezenas de milhares de turistas e refresquei-me na Fontana di Trevi.
Afastei-me dos roteiros e tive um daqueles almoços fantásticos em que se tem a sorte de encontrar um restaurante de bairro com nativos, pasta, salada e polvo frito com molho de basílico.
Apanhei um comboio rápido para o aeroporto, aterrei em Lisboa e fui logo para um concerto.
Voltei para casa de comboio, desci na paragem S. João do Estoril e fiquei tal e qual como hoje, pela noite a pensar que é extraordinária esta dimensão de largura, das coisas que se podem fazer num dia.
Sei lá, são aquelas reflexões que não levam a lado nenhum.

Há dias assim…

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