21 julho 2012

Carta a um soldado

Para mais uma guerra vais tu, a deixar-me novamente só, na saudade, na agonia se te volto a ver, beijar, ter-te em mim. Será por um tempo? Será para sempre? Sei que tens que lutar pela liberdade e conquistar a paz, mas porque tem que ser assim? Na lonjura, na incerteza, no sobressalto e na dor? Será que vais sobreviver e voltar para mim? Voltar para mim, irás voltar sempre, mesmo cheio de balas no teu coração, mas não quero esperar por outra vida para te reencontrar. Espero-te nesta vida, espero-te sempre, não sei se quando voltares ainda me restará beleza, mas o meu amor é tão mais belo que qualquer rosto jovem. E espero-te, espero que voltes para ires comigo ver as andorinhas que voltam sempre na primavera.

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