29 outubro 2011

"Capitão romance"

"Não vou procurar quem espero
Se o que eu quero é navegar
Pelo tamanho das ondas
Conto não voltar

Parto rumo à Primavera
Que em meu fundo se escondeu
Esqueço tudo do que eu sou capaz
Hoje o mar sou eu

Esperam-me ondas que persistem
Nunca param de bater
Esperam-me homens que resistem
Antes de morrer

Por querer mais do que a vida
Sou a sombra do que eu sou
E ao fim não toquei nem nada
Do que em mim tocou

Eu vi,mas não agarrei
Eu vi,mas não agarrei

Parto rumo à maravilha
Rumo à dor que houver p'ra vir
Se eu encontrar uma ilha
Paro p'ra sentir

E dar sentido à viagem
A sentir que eu sou capaz
Se o meu peito diz "Coragem!"
Volto a partir em paz

Eu vi,mas não agarrei
Eu vi,mas não agarrei"


Ornatos Violeta

25 outubro 2011

E quando é que se sabe?

"Metade dos nossos erros na vida nascem do facto de sentirmos quando deviamos pensar e pensar quando devíamos sentir"


J. Collins

24 outubro 2011

Nada se perde, tudo se transforma!

Acabo de perder algo especial, um tesouro que guardava com muito zelo. Normalmente não é agradável perder o que amamos, mas sinto uma tranquilidade inexplicável. Que estranho!

23 outubro 2011

Parcelas de ignorância

"O caminho é perfeito e completo como um espaço sem fronteiras; nada falta, nada é redundante, mas, porque a mente continua a fazer distinções, a sua percepção fica obscurecida."

Mestre Seng-T'San
Ano 606 d.C.

A morte do desejo

O desejo é a fonte de todo o sofrimento. É uma das máximas do Budismo. Pensei sempre que esta postura era limitadora, pois eliminando o desejo tornaria a vivência insípida. De certa forma considerava esta filosofia um tanto covarde, como se estivessem a fugir da vida na sua plenitude. Sempre quis sentir o coração acelerado, ter emoções fortes. Os humanos comprovam que são viciados em realizar desejos e em emoções fortes, como estar loucamente apaixonado, muito “high” com drogas, álcool e festa, assistir a um jogo de futebol ou ver um filme de sexo explícito ou cheio de efeitos especiais, possuir status e honrarias, ter um carro veloz, saltar de pára-quedas ou enfrentar um touro, ser agente do FBI ou um soldado numa guerra, estas e muitas mais emoções fortes são uma constante desejável.

Mas começo a chegar à conclusão que não há emoção forte que supere a tranquilidade e a paz de espírito. O reverso dos desejos não satisfeitos, como a angústia, a frustração, a ansiedade, a insatisfação, a desilusão, o acidente, a dor não compensa. O tormento não compensa. Esta procura incessante não nos leva a lado nenhum.

Chego a uma etapa em que o que menos quero sentir são emoções fortes, quero viver cada dia como se fosse o último, não numa fobia em ser feliz agora e de acções inconsequentes, mas com a atitude de aceitação, sintonia com o fluxo do universo e confiança (isto já é um desejo). Será isto possível, abandonar o desejo? Será que deixarei de ser humano? Tornar-me-ei num ser transcendente, longe das agonias dos sofredores?

19 outubro 2011

Mudança

 "Quando mudas a forma como olhas para as coisas, as coisas para as quais olhas começam a mudar."

Lao Tse

10 outubro 2011

3º Aviso

Estimados leitores, este blog é um espaço de reflexão muito pessoal. Não vos impeço, pois são livres de o ler, mas posso avisar-vos: - pensem bem antes de gastar o vosso precioso tempo.

Glória, glória, aleluia!

Só se chega à glória através do sacrifício.

Nas sociedades modernas já não sabem bem o que isto é, fogem de qualquer sacrifício como o diabo da cruz. Vive-se na era da vida fácil, do menor esforço. É por isso que é uma sociedade medíocre, medrosa, egocêntrica e insatisfeita, a qualquer dificuldade desistem e perdem a oportunidade de experimentar a glória.

Sou um ser em extinção, capaz de sacrificar o meu ego, privar-me da minha liberdade por um bem comum ou um bem maior. Capaz de ouvir a critica e o julgamento daqueles que pouco ou nada se sacrificam. Capaz de continuar a seguir o coração - felling, fé, amor, aceitação, compaixão - para salvaguardar a minha integridade.
Se é fácil? Não, não é nada fácil, mas vale a pena.

Ah! Como sabe bem, depois do sacrifício, viver a glória!

05 outubro 2011

Maçã de Adão

Embora a racionalidade seja a consciência da existência, ainda ou jamais conseguirá explicar, “provar”, formular os desígnios de Deus.

Mas o que o coração sente, ah! o que o coração sente… a dita fé irracional.

Dizemos coração porque é algo que bate, bate e não deixa em paz a mente que insiste em ser sapiente, mas que não reconforta, nem nos guia a casa.

Coração, concretização da vontade, materialização do amor, que bate a um ritmo instintivo, de forma misteriosa, em harmonia com a música do universo. Coração fogo, fogo clarividência, o centro do nosso sistema, dentro do sistema solar, incorporando o divino.

O nosso coração está ligado a Deus.

A racionalidade também, mas peca pela soberba. E por isso, é mais pequena.

Deus dá-nos o que precisamos e não o que queremos.

Pérolas

Posso dar-te muita coisa, menos a beleza da juventude.