10 maio 2009

Impossível escolher um filme favorito

Estava a pensar o que responderia se me perguntassem qual o meu filme favorito? - Um? podem ser dois ou três? Tenho uns eleitos. Filmes diferentes, realizados e vistos em épocas diferentes. O mais antigo que me lembro é o Planeta dos Macacos. Um filme de ficção científica dos finais dos anos 60 que assinalou a passagem da minha visão de criança para a advertência do potencial futuro da humanidade. Outro que marcou a minha tenra juventude foi Os cavalos também se abatem, com a Jane Fonda. Um filme denso que retratava a época da grande depressão dos anos 30 nos EUA. Estávamos no século XX do calendário Ocidental. Diversas vezes, com idades diferentes, vi o filme, ou pedaços dele, em que a Elizabeth Taylor e o Paul Newman contracenavam em Cat on a Hot Tin Roof e se me perguntarem sobre o argumento, ou até mesmo as personagens, de nada me recordo, só dos olhos azuis dos protagonistas. Marcou por isso. Não deixei de me vidrar com a Faye Dunaway em Bonnie & Clyde. Chorei de todas as vezes que o vi. Brutal! O único filme sobre a vida de Jesus que não me fez chorar, foi o musical ópera rock dos anos 70, Jesus Christ Superstar, sabia as músicas todas enquanto criança e em fase adulta “pescava” alusões irónicas sobre política. Por falar em política e choro, um filme dos anos 2000 sobre um diplomata inglês no Quénia. O retrato de uma política constrangedora em O Fiel Jardineiro. Não é um dos eleitos, mas um que não passou despercebido. Já que passei por África, e ainda no Quénia, não posso deixar de sinalizar o África Minha, com a Meryl Streep e o Robert Redford. A banda sonora, a fotografia, o elenco, a história de amor… maravilhosamente forte. Agora que aponto os filmes eleitos da minha vida, dou-me conta que até agora, são filmes que não têm finais felizes, tirando o da “Gata em telhado de zinco quente” que não me lembro. Mas há um filme dos eleitos, que tem um final feliz, é o Trainspotting de 1996, foi um dos poucos que vi no cinema logo que foi lançado. Esse filme coincidiu com a época em que me apaixonei pela primeira vez e, por ironia do destino, por alguém que tomava heroína. Fiquei sempre com a esperança que esse alguém tivesse tido o mesmo destino que o protagonista do filme teve. Os filmes às vezes entrelaçam-se com os filmes das nossas vidas. Realidade e fantasia, o que é uma e a outra? Coincidências? Cenas e cenários. Sinais? Um filme livre de categorias de final feliz ou menos feliz e completamente “out of the box” é o Pulp Fiction, talvez penda para o feliz pelo facto do realizador Tarantino ter feito renascer das cinzas o actor John Travolta, que bem merecia uma oportunidade para se livrar da sua imagem tenebrosamente pirosa e limitadora (não lhe tirando os dotes de dançarino). E continuando com o Travolta, gostei dum filme em que fazia de anjo, não me lembro do nome. Ocorre-me outro filme com um anjo, o Asas do Desejo de Win Wenders. Um bocado parado, o suficiente para nos pôr a pensar. Adoro filmes de “suspense”, o “trincante” Shining (1980), com a actuação suprema de Jack Nicholson e o The Others (2001), embora a prestação da Nicole Kidman tenha ficado um pouco aquém da sua beleza. Há filmes de acção também. O Snach – Pigs and Dimonds é um dos eleitos. Os de cowboys, há uns muita bons, gosto dum com o Clint Eastwood , não me recordo do nome, para variar. O único filme que vi 3 vezes no cinema, foi o Delicatessen, um francês de 1991, não me perguntem porquê, mas é certo que gostei, fez-me rir. E é outro com final feliz. Por falar em rir pus-me a pensar nos filmes que não me lembro bem dos nomes, mas que não posso deixar de mencionar, como os dos Monty Python, os memoráveis do Charlot. Ena, tantos!!! É melhor parar por aqui…

05 maio 2009

"E depois do adeus"

Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.
Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder.
Tu viste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci.
E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor
Que aprendi.
De novo vieste em flor
Te desfolhei...
E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós.

Letra: José Niza
Interpretação: Paulo de Carvalho

Tecnolosfera

Vivemos na época da Tecnologia de Informatização, conhecida pela era da comunicação. O que apreendo no geral, é que todos podem falar, e há tanta coisa a dizer, e tanto lixo…os meios de comunicação são bons, as atitudes e objectivos daqueles que a usam, nem sempre os melhores. Sites, blogs, revistas e jornais on-line, grupos… um mundo de todo o mundo e arredores. Mas há o lado positivo! O lado positivo é a dádiva de um espaço onde se pode passar a mensagem, seja ela qual for. É a oportunidade para vários cidadãos do mundo se envolverem activamente na “luta” por um mundo melhor. É um instrumento que permite ter papel activo na promoção da Justiça Social, na defesa dos Direitos Humanos, dos Animais e do Planeta e na prática da Fraternidade entre os Povos. Utilizo as vantagens da tecnologia para o fazer. Só um lindo exemplo: http://immagazine.sapo.pt/aniversario/ Pelo menos temos voz, duas mãos e um coração!